Neste domingo (10) festejamos o meu aniversário, que transcorreu em 28 de junho, pela segunda vez e os 55 do meu grande amigo Reginaldo com um delicioso almoço aqui em casa, no bairro Sandra Regina, em Ubatuba, São Francisco do Sul. Todos gostaram do cardápio, que teve como pratos principais pernil e picanha suínos. Foi a primeira vez que uma "porcaria" deu certo. Desculpem o trocadilho (rs).
Os convidados, que cantaram parabéns, com direito a bolo e quatro velinhas, totalizando mais de 100 anos (60 e 55), foram a esposa Clair, as filhas Angeline e Victoria, o genro Luciano, e as netas Gabriela e a Lívia. O filho Everton, que está em São Paulo e a sogra Tereza (Canoas - RS), foram lembrados com carinho e saudades.
Sempre que alguém compartilha e me ajuda a realizar sonhos, fico pensando que nunca poderei pagar-lhe. Quanto custa a realização de um sonho? Fazer esta avaliação é uma missão impossível. E como pagar-lhe? Missão Impossível 2. Os meus queridos amigos aqui citados acreditaram em mim e no meu sonho de voltar para Santa Catarina, depois de morar 4 anos na minha cidade natal em São Leopoldo, RS. Mas a minha viagem de volta e mudança para cá em fevereiro deste ano são duas histórias e tanto, que voltarei a contar.
Meu objetivo hoje é homeagear o aniversariante, que está comemorando desde 5 de julho. Ao falar nele, estendo a homenagem aos convidados e também à Raquel, ao Rogério e ao Juliano, que não puderam comparecer.
É difícil me referir aos amigos da ilha, a quem considero como uma das minhas famílias, sem me emocionar.
Prá contar a história, tenho que abrir o baú e voltar há alguns anos. No dia em que nos conhecemos, a situação foi muito engraçada. Eu morava em Joinville e vim visitá-los aqui na ilha. Cheguei morrendo de medo que eles não gostassem de mim. Eles, principalmente elas pensaram a mesma coisa. Foi a insegurança natural dos primeiros encontros.
A ansiedade começou em Joinville com a tradicional pergunta: "com que roupa eu vou" ? As mulheres e o autor da música do mesmo nome, Noel Rosa, com certeza vão me entender melhor e saberão o quanto pesa esta pergunta. Como era verão e vínhamos para a praia, resolvi usar o bom senso e vim de short, camiseta e sandália sem salto, já que eu estava dirigindo. Neste quesito, acertei.
Cheguei na casa deles e fui recebida pela Raquel, pelo Rogério e seus filhos Cassiano e Juliano. A Clair, o Reginaldo e os filhos tinham ido prá praia. A Raquel me olhava desconfiada e eu também. Eu não sabia que assunto puxar. A conversa não saía. Tive até um branco, mas finalmente começamos a falar sobre praia mesmo, calor, a beleza da ilha e das praias, a saudade do RS, já que somos gaúchos, etc etc etc. Quando a conversa estava engrenando chegaram os demais moradores. Com devidas apresentações, o gelo que já estava se quebrando, tomou conta do ambiente de novo. E toca a pensar: que assunto vamos falar agora?
Felizmente alguém teve a feliz idéia de ir até uma das peixarias mas próximas e preparar uma deliciosíssima peixada embrulhada em folha de bananeira e assada num aconchegante fogão a lenha. Enfim consegimos superar nossos medos e inseguranças e sobrevivemos.
Nenhum de nós poderia imaginar que estava se iniciando uma grande e imorredoura amizade, que a cada dia fica mais forte, sólida e sincera.
O Reginaldo e eu temos o mesmo signo de Câncer e nascemos nos anos 50. A década de 1950, ou simplesmente década de 50 ou ainda anos 50 foi o período entre os anos 1950 e 1959, que se chamou Anos dourados. É considerada uma época de transição entre o período de guerras da primeira metade do século XX e o período das revoluções comportamentais e tecnológicas da segunda metade, quando teve início a chegada da televisão em Portugal e no Brasil. Esta época também foi considerada a "idade de ouro" do cinema e também foi a época de importantes descobertas científicas como o ADN (Ácido Desoxirribonucleico, ou DNA).
O campeão da Copa do Mundo em 1950 foi, pela segunda vez, o Uruguai. Em 1954 a Alemanha Ocidental conquistou o Mundo pela primeira vez. Em 1958, a Seleção Brasileira de Futebol faturou também o seu primeiro título mundial.
Na Mídia The Twilight Zone foi a primeira série de ficção científica premiada. A Ciência e Filosofia tiveram destaque nos Anos Dourados: Bruce C. Heezen descobriu a Dorsal meso-atlântica. A dorsal meso-atlântica ou crista oceânica do Atlântico é uma cordilheira submarina que se estende sob o Oceano Atlântico e o Oceano Ártico, desde a latitude 87ºN até à ilha sub-antártica de Bouvet, à latitude 54ºS. Os pontos mais elevados desta cordilheira emergem em vários locais, formando ilhas.
A primeira vacina de poliomelite, desenvolvida por Jonas Salk, foi introduzida para o público em 1955. O primeiro transplante de órgão foi feito em Boston e Paris em 1954. O lançamento do Sputinik em 1952 marcou a Tecnologia.
No Cinema se destacaram vários filmes: Alice in Wonderland (1951); Cinderella (1950); Lady and the Tramp (1955); Peter Pan (1953); Sleeping Beauty (1959); Sinzeen Lain Fair (1957).
Na música surgiu o Rock 'n Roll. O Rockabilly, um dos primeiros sub-gêneros do rock and roll surgiu no começo da década de 1950. O termo "rockabilly" é um portmanteau de rock e hillbilly, este último uma referência à música country (que costumava ser chamada de música hillbilly nos anos 40 e 50), que contribuiu enormemente ao desenvolvimento do gênero. Outras influências importantes foram o western swing, o boogie woogie e o rhythm and blues. A influência e a notoriedade do estilo desvaneceram-se nos anos 60, mas durante o final dos anos 70 e começo dos 80 o rockabilly passou por uma recuperação em sua popularidade que permanece até os dias de hoje, frequentemente vinculada a uma subcultura própria.
Na Moda, os carros, os eletrodomésticos, as janelas de madeira, os móveis e os medicamentos tornaram-se populares. Segundo Cláudia Garcia, do Banco de Dados Folha, para a mulher, foi a Época da Feminilidade. Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.
Para ser quem é e como é, o Reginaldo só podia mesmo ter nascido nos anos 50, quando a verdade tinha mais peso que a mentira, a honestidade era reconhecida e praticada, um fio de bigode valia pela palavra dada, o que quer dizer que as pessoas honravam e cumpriam o que prometiam, ao mesmo tempo em que a juventude começava a exigir mudanças de comportamento e a sua rebeldia não buscava drogas, nem volência contra os pais e professores, mas encontrava na música a sua válvula de escape, com a criação do Rock´n Roll, fonte de inspiração para os Beatles e tantas outras bandas que nasceram nos Anos 60.
Para ser quem é e como é, o Reginaldo só podia mesmo ter nascido nos anos 50, quando a verdade tinha mais peso que a mentira, a honestidade era reconhecida e praticada, um fio de bigode valia pela palavra dada, o que quer dizer que as pessoas honravam e cumpriam o que prometiam, ao mesmo tempo em que a juventude começava a exigir mudanças de comportamento e a sua rebeldia não buscava drogas, nem volência contra os pais e professores, mas encontrava na música a sua válvula de escape, com a criação do Rock´n Roll, fonte de inspiração para os Beatles e tantas outras bandas que nasceram nos Anos 60.
Além de todos os conhecimentos que a História registra nos anos 50, nós que temos o privilégio de conviver com o Reginaldo e de sermos seus amigos, consideramos este um dos acontecimentos mais importantes da década. E desejamos que ele permaneça entre nós por mais 50 anos, com a sua generosidade, honestidade, sinceridade e lealdade. Sem contar com o ombro, o conselho amigos e os braços sempre abertos para acolher quem ele considera como amigo. Muitos querem entrar neste círculo e não conseguem. Eu sou uma das privilegiadas e me sinto muito feliz por isso.
Véra Regina Friederichs
Véra Regina Friederichs
Pesquisa: Wikipedia e Banco de Dados da Folha de São Paulo
Vera querida , continuo levando vantagem, tive a sorte de viver também a década de 60,os famosos "Anos Dourados" que abriu as portas para a maravilha que foram os anos 70 e 80 !!!! Só isto me basta para dizer que sou uma pessoa feliz. BJKkkk
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