sábado, 23 de julho de 2011

Você ja ouviu falar em Psicofisiognomia?

“A maior dor que um homem e uma mulher podem ter aqui na Terra é a dor de consciência.”

Psicofisiognomia foi o asssunto  que o Dr. Rogério Fagundes tratou com a repórter Véra Regina Friederichs, em 14/10/2002. Um dos mais conceituados médicos homeopatas do país, professor universitário da Unisul, professor da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, coordenador do programa “Saúde com as Mãos” e membro da Associação de Fitoterapia Abraphito – São Paulo, explicou o que é Psicofisiognomia e como pode ser utilizada na prática.  O texto é inédito. Confira.

O que é Psicofisiognomia?
Este nome comprido e difícil de ser pronunciado, tem um significado interessante. Psico significa a estrutura psicológica, fisio é a estrutura física, gnomia é o conhecimento anatômico dos  traços faciais e comportamentais, que estão impressos na nossa face. O adágio popular que diz:  “quem vê cara não vê coração” está equivocado. Quem vê cara, vê o coração impresso e vê  as marcas físicas e de caráter no rosto. O nosso rosto fala.

Que técnicas podem ser utilizadas para as marcas dos ancestrais serem avaliadas no rosto das pessoas?
O nosso rosto apresenta três rostos, que se mesclam de acordo com a nossa evolução. Um é o ancestral, relacionado aos nossos antepassados e apresenta não só as enfermidades mórbidas, mas também as marcas atávicas dos antepassados (reaparecimento, em um descendente, de um caráter não presente em seus ascendentes imediatos, mas sim em remotos” – Fonte: Novo dicionário Aurélio) . O segundo rosto é o familiar, que mostra a influência dos nossos pais e avós na nossa vida e as marcas que imprimem. Temos também o rosto individual, o mais difícil, porque é o da responsabilidade. A partir do momento em que o ser humano começa a se desenvolver e esclarecer, ele passa a esculpir esse rosto.

Como esses tipos de rosto podem ser localizados e avaliados?
Os três rostos estão juntos, Por exemplo, você tem o nariz ancestral, o nariz familiar e o nariz individual. O único ser vivo que tem nariz é o humano,  e também é o único indivíduo do Planeta Terra com livre arbítrio. Alguns animais têm lapsos de inteligência. Mas, uma inteligência com livre arbítrio, só o homem. O cavalo tem fossas nasais, o crocodilo tem orifícios, o cachorro, focinho. Se nós analisarmos, este  conhecimento está impresso no inconsciente coletivo. Exemplo: Nós temos o maravilhoso Gepeto, que descreve Pinóquio e as suas mentiras com o crescimento do nariz. O que isto significa? Significa que o nariz está relacionado ao nosso livre arbítrio, à nossa faculdade de mentir ou de dizer a verdade. Isso não quer dizer que toda a pessoa nariguda é mentirosa. Não é neste sentido. Aí tem a arte desta técnica, para que não se faça da Psicofisiognomia uma tábua de julgamento das pessoas, mas que nos utilizemos deste recurso com sabedoria para compreender o ser humano. Quando fizermos as nossas avaliações,  elas devem nos conduzir para a sabedoria, paz, saúde e harmonia.
Quando se desenha uma bruxa, o que a caracteriza? Um nariz grande com uma verruga. O nariz grande significa conhecimento, porque toda a bruxa ou bruxo tem conhecimento, senão ele não seria bruxo.
Aquela verruga representa um trauma, uma situação que aconteceu no passado. Quando ela identificar quando foi, porque foi e como foi , ela deixa de fazer bruxaria e passa a fazer o bem. Às vezes, tem pessoas que acham que a bruxa mora lá longe e nós aqui, estamos distantes e somos maravilhosos. De verdade, dentro de nós tem um bruxo e uma parte boa. O que eu quero é desmistificar o bruxo interno e ficar com o servil verdadeiro. Quero ser uma pessoa equilibrada e que eu possa me comprometer com o bem. Aí muda o nariz. 

A Psicofisiognomia existe há quanto tempo?
Desde Adão e Eva, porque nós estamos tratando de uma ciência ancestral, que não foi descoberta, mas é uma evidência universal. Cada civilização, cada povo desenvolveu estas observações de acordo com as suas possibilidades. Por exemplo, os chineses faziam a sua leitura facial, os egípcios, os incas e também para o mundo ocidental quem desenvolveu esta ciência foi Lavater, mas os gregos já a tinham desenvolvido antes.

Em que época?
Há aproximadamente 200 anos atrás.

Que tipo de bibliografia o senhor recomenda para as pessoas que não conheciam a Psicofisiognomia e que agora querem aprofundar-se mais no seu conteúdo?
Boa pergunta, muito boa mesmo. Na verdade, existe uma colcha de retalhos. Eu não conheço um livro que possa conter os conteúdos da Psicofisiognomia. Até este momento, não conheço.

Não está no hora do senhor lançar este livro?
(Risos)  - É, quem sabe. Boa idéia a sua.

A Psicofisiognomia pode ajudar a minorar a dor de pacientes oncológicos e com outras  doenças caracterizadas por dor crônica?
Com certeza, porque a verdade liberta. Jesus disse: “conheça a verdade e ela  vos libertará”. Eu tenho comigo que a palavra liberta. A palavra é o remédio, na proporção que essa palavra seja a expressão de um conhecimento. Quando a pessoa sabe porque sofre, ela deixa de sofrer. O conforto e o consolo que uma pessoa tem, é a partir do conhecimento. Eu considero que as enfermidades terminais são duras provas para alguns dos nosso irmãos aqui na Terra, mas também quero dizer que existem sofrimentos ocultos, que talvez doam e corroam mais, porque o câncer, por exemplo, embora difícil, marca a matéria e  é objetivo. Mas existem sofrimentos mais subjetivos, como o martírio mental, as crises do coração, o medo, a culpa, o remorso, que muitas vezes corroem muito mais diuturnamente. A maior dor que um homem e uma mulher podem ter na Terra é a dor de consciência: a consciência de que errou e a consciência de que deixou de fazer por omissão. Me parece que esta é a dor maior.

Em que áreas o senhor atua?
Em toda a dor. Eu sou um curador. Atendo qualquer dor: física, real, imaginária, dentro dos recursos que conheço, que são recursos da natureza, eu procuro atender.

O senhor atende em Curitiba?
Sim, muito embora eu seja um cidadão catarinense. Nasci em Joaçaba. Tenho tido meu trabalho basicamente em Curitiba, mas eu viajo pelo Brasil todo, fazendo palestras, cursos e atendimentos.

Véra Regina Friederichs



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