quinta-feira, 23 de julho de 2020

Um Espírito Amigo

 
       "Um Espírito Amigo".
      Desta forma  são assinadas duas mensagens em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", no capítulo IX, item 7 ("A Paciência") e capítulo XVIII item 15 ("Dar-se-á àquele que tem").
     Convidada pelos espíritos superiores a integrar a equipe do Espírito de Verdade, que traria à Terra a Terceira Revelação, em verdade, iniciou sua trajetória cristã nos tempos primeiros da Boa Nova.
     Chamava-se então Joana, esposa de Cusa, intendente de Ântipas. Ouvindo Jesus, encanta-se pela mensagem, especialmente por ser uma mulher que sofria, conforme nos relata pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, o espírito Humberto de Campos, pela indiferença do marido.
     Vestindo-se de forma simples, para não ser percebida, embora não deixasse de o ser, Joana de Cusa, em meio ao povo, nas pregações do lago, ouvia atentamente o meigo Rabi. Absorve-lhes os ensinos e os segue.
     Após a morte do esposo, necessita prover a sua e à subsistência do filho. Torna-se serva em casa de família abastada que mais tarde se transferiria para Roma, levando ambos. Foi ali em uma tarde de agosto do ano de 68 d.C., que Joana de Cusa foi martirizada com seu filho e mais de 500 cristãos, que tiveram seus corpos queimados de tal forma que as chamas iluminaram a cidade.
     Quando, no século XII, o Sol de Assis brilhou entre os homens, Joana retornou à Terra tomando vestes femininas outra vez e servindo uma das ordens fundadas por Clara de Assis.
     No século XVII ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem. Renasce em 1651, em uma cidadezinha a 81 km da Cidade do México, San Miguel Nepantia e recebe o nome de Juana de Asbaje y Ramirez de Sandilana.
     Aos três anos, aprende a ler. Aos cinco, faz versos. Aos treze anos, está na corte mexicana, tão pomposa e brilhante quanto a corte europeia e ali mostrartia seus dotes literários, escrevendo poemas de amor, ensaios e peças teatrais, que até hoje são citados e representadas em programas de rádio e TV .
     Como sua sede de saber fosse mais forte que a ilusão de brilhar na corte, ingressou no Convento das Carmelitas Descalças e, mais tarde, transferiu-se para a Ordem de São Jerônimo da Conceição, tomando o nome de Sóror Juana Inés de la Cruz. Ficou conhecida como a Monja da Biblioteca, intercambiando conhecimentos e experiências cm intelectuais europeus e do Novo Mundo.
     Estudava, escrevia poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Criou fama como pintora miniaturista, fez-se competente em teologia  moral, dogma, medicina, astronomia e direito canônico.
     Aprendeu o latim e o português.
     Morreu em 1695, aos 44 anos, durante uma epidemia de peste na região, após socorrer durante dias inteiros as suas irmãs religiosas e enfermas.
     Sessenta e seis anos após, ela renasceu  na cidade de Salvador (BA), como Joana Angélica.
     Ingressando no Convento da Lapa, como franciscana, atestando o seu amor de ternura infinita por aquele que é o irmão da natureza, tomou o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus.
     Foi a conselheira que, na calada da noite, deixava sua cela e se dispunha a ouvir e aliviar as dores dos corações sofridos de muitas daquelas mulheres, simplesmente trancadas no convento, por decisão familiar e que traziam a tormenta na alma desejosa de viver de outra forma.
     Em 1815 tornou-se Abadessa do Convento e, no dia 20 de fevereiro de 1822, morreu defendendo corajosamente o Convento, a Casa do Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam, sendo assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil. Tinha 61 anos.
     No dia 5 de dezembro de dezembro de 1945, esse "Espírito Amigo" iniciou a orientar, inspirar e manifestar-se mediunicamente através de Divaldo Pereira Franco.
     Em 1949, iniciaria  seu trabalho de ensaio psicográfico junto ao médium. Várias das suas mensagens figuraram  nas páginas da revista "O Reformador", da Federação Espírita Brasileira, em 1956, todas assinadas por "Um Espírito Amigo". Nesse mesmo ano, ela se revelaria como Joanna e passaria a se assinar Joanna de Ângelis, brindando-nos com sua primeira obra psicografada em 1964, "Messe de Amor". Depois dessa, sua produção tem sido incessante.
     Por sua iniciativa, criou-se na Bahia, uma cópia imperfeita da comunidade onde ela estagia mo Plano Espiritual, dando origem à Mansão do Caminho, iniciada em 1947.
     É esse "Espírito Amigo" que nos exorta na última mensagem da sua obra "Após a Tempestade":  " (...) E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
     Jesus espera.: avancemos."

     



     

   

domingo, 19 de julho de 2020

Homenagem à aniversariante Camila Bernardo da Silva


Entre Amigos

Martha Medeiros


     Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
     Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda  amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.custam a perceber essa aliança,
     Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que esta sendo construído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.
     Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências... Racha a culpa, racha segredos.
     Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
     Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
     Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele e topa conhecer o teu.
     Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o revéillon.
     Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra comigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
     Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
     Duas dúzias  de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

     Querida Camila!

     Para te homenagear neste dia tão especial, escolhi Martha Medeiros que tanto amamos e admiramos. Como ela,  sabemos que as amizades são muito importantes em nossas vidas e contribuem muito para a nossa felicidade.
     Desejo que ao longo da tua existência, encontres amigos de verdade, como os que a Martha Medeiros exemplificou, mesmo prevendo que muitos assim  não vão cruzar o nosso caminho.
     Que sejam, então, poucos, mas verdadeiros, com quem sempre poderemos contar.
     A profissão que escolheste diz muito quem você é. Como Ana Neri, a primeira enfermeira do Brasil. Quem é uma enfermeira? Uma cuidadora do corpo humano, uma ajudante de quem cura. Ser enfermeira é estar tão próxima da vida e da morte, que a escolha desta profissão demonstra um amor incondicional pelo próximo, que coloca a caridade em primeiro lugar na sua vida, como nos recomendam Cristo e o Evangelho redivivo há mais de dois mil anos.
     Querida sobrinha, lembro até hoje do dia em que nasceste. Tão linda e frágil. Tão pequenina. Presente de Deus em nossas vidas.
     Quando nasceste não foram apenas os corações dos teus pais que se encheram de felicidade e alegria. Também o meu conheceu naquele dia uma alegria e emoção especiais.
     Por isso esta data significa tanto para mim. Feliz Aniversário Camila linda! Te amo como se fosse minha filha e desejo tua felicidade acima de tudo. Ainda mais agora. De joelho novo. Aproveita o que a vida te oferece.
     Parabéns querida! Que a vida te traga sempre muito amor, boas e selecionadas amizades, sucesso e muitos sonhos realizados.
Pra ti, para o Anderson, para a Rafaela, para a Rejane e o Bernardo. Todos estamos de parabéns e temos que comemorar esta data. Gratidão a Deus, à Rejane e ao Bernardo, principais responsáveis pela pessoa linda e maravilhosa em que se transformou e que nos dá tanto orgulho.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Homenagem ao aniversariante Felipe Dias


Instantes
Don Herold


     "Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
     Na próxima trataria de cometer mais erros,
     Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
     Seria  mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade,
     Bem poucas coisas levaria tão a sério,
     Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios
     Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha,
     Teria mais problemas reais e menos imaginários.
     Eu fui uma dessas pessoas que viveram sensata e produtivamente
     cada minuto da minha vida; claro que tive momentos de alegria.
     Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
     Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos.
     Não percam o agora.
     Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.
     Daria mais voltas na minha rua,
     Contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
     Se tivesse outra vez uma vida pela frente.
     Mas, como sabem, tenho 85 anos.
     E sei que estou morrendo."


     Querido Felipe,

     Para te homenagear por mais um aniversário, escolhi o poema de um escritor dos Estados Unidos, Don Herold:" Instantes",  um dos mais sensíveis e emocionantes que conheço. Os "Instantes", que ele nos deixou, ganham uma dimensão muito maior no final, quando descobrimos que ao escrever, estava com 85 anos e morrendo.
     Entre nós e ele há uma grande diferença. Na verdade, ninguém sabe quando deixará este planeta para a grande viagem ao mundo espiritual. E aí é que está a graça e a nossa vontade de viver aumenta com este mistério.
     Eu, com 69 anos, ainda posso completar a lista dos "Instantes" de Don Herold.  Alguns, talvez não consiga mais pelas limitações que a nossa idade, à medida que vai avançando, nos cobra.  Na sua lista, hoje talvez não alcançasse o topo das montanhas. Mas, graças a Deus, ao meu gosto por viagens,  por aventuras e pelos desafios de enfrentar meus medos, já  escalei a várias montanhas  nos Andes argentinos e chilenos. Portanto, a minha lista de "Instantes" está completa.
     Agora, aproveito a juventude dos teus 26 anos, que completas hoje e te desafio, enquanto tens tempo, disposição física e vontade de encarar novas aventuras e conquistas, para começar e completar a lista de Don Herold, que passa a ser a tua lista de desejos.
     Estes e outros instantes que vais vencer e realizar, farão com que as pessoas que convivem contigo e te amam, pela pessoa maravilhosa que és, gostem cada vez mais de ti e sintam cada vez mais orgulho também.
     Aí podemos incluir o Miguel, o presente mais lindo que Deus,  a vida e o Universo  te entregaram, como uma pedra bruta, que tu e a Eve vão começar a burilar e transformar numa joia muito  rara e preciosa, como a  "Dona Marly " fez contigo. Parabéns! Que Deus os ilumine, abençoe e proteja.

   
     Prece de Aniversário


Lívia Barros Calado

     Feliz Aniversário! Que o teu Espírito seja inundado pela gratidão e pela paz. Que os espíritos de luz estejam ao teu redor, comemorando contigo mais um ano de vida na Terra, onde vieste para amar, perdoar, evoluir e te transformar no melhor que podes ser.
     Que a tua fé seja renovada, que o amor ao próximo e a ti mesmo seja alimentado e que a caridade seja encarada como um dever espiritual. Que tu consigas te despojar de erros e vícios antigos e aperfeiçoar tuas virtudes, cultivando  sentimentos ainda mais nobres em teu coração. Que tu entendas e aceites a vontade de Deus, compreendendo que tudo acontece por uma razão.
     O futuro te reserva a perfeição através de anos e anos, vidas e vidas! Que mais um ano da tua existência presente seja mais um passo dado na escala evolutiva que te levará ao lado de Deus."

     Abraços

     Véra Regina Friederichs
 


   

    

     

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Homenagem aos Músicos


Pessoas são  Músicas

     Elas entram na vida da gente e deixam sinais. Como a sonoridade do vento ao final da tarde. Como os ataques de guitarras e metais, presentes em cada clarão da manhã. Olhe a pessoa que está ao seu lado e você vai descobrir, olhando no fundo, que há uma melodia brilhando no disco do olhar. Procure escutar.
     Pessoas foram compostas para serem ouvidas, sentidas, compreendidas, interpretadas. Para tocarem suas próprias vidas com toda essa magia de serem músicas. E de poderem alçar todos os vôos, de poderem vibrar com todas as notas, de poderem cumprir, afinal, todo o sentido que a elas foi dado pelo Compositor.
     Pessoas são como você, com quem temos a alegria de conviver. Pessoas são músicas como você, que teremos o prazer de continuar ouvindo. Pessoas têm que fazer o sucesso que lhes desejamos.
     Mesmo que não estejam nas paradas. Mesmo que não toquem  no rádio, apenas no coração.
   Hoje é Dia do Músico. Parabéns aos meus amigos e irmãos músicos. Especialmente ao Felipe Dias, da dupla sertaneja local Cleiton e Felipe, ao Luciano Alves, da banda "The Dogs", de São Leopoldo, RS, e ao Sady, da Pop Band, também meu conterrâneo de São Leopoldo que como eu, se bandeou para Santa Catarina há quarenta anos.
     Que Deus os abençoe, proteja e lhes dê muitos anos de vida para continuarem espalhando a luz e a alegria por onde passam. Feliz Dia do Músico. 
Abraços

Véra Regina Friederichs

Fonte: Pessoas são Músicas

Autor Desconhecido

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Homenagem ao aniversariante Fábio Bernardo da Silva (II)

     Continuando a primeira parte desta homenagem, costumo dizer que algumas pessoas são espíritos de luz, que vieram ao mundo para nos alegrar, que perfuma muitas vidas com as suas alegrias e cores, como as nossas. E o perfume é tão gostoso, tão que continua vivo no coração de tudo e de todos que ela ama.
     E tudo o que nós amarmos vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que se veste de Fabinho para nos falar de amor.
     Viajando pelo túnel do tempo, vamos a São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, casa dos Bernardo da Silva, em 5 de julho de 1975, onde o filho mais velho de três irmãos nasceu e transformou-se nesta pessoa querida, de caráter, sincero, carinhoso, marido, pai, filho, sobrinho, afilhado, trabalhador e amigo exemplar.
     O Fábio e eu temos o mesmo signo de Câncer e ele nasceu na década de 70, que marcou nossas vidas até hoje.
     Nos anos 70,aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos à recessão, ao mesmo tempo que economias de países como o Japão começavam a crescer. Nesta época também surgia a defesa do meio ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo". Eclodiam nesta época os movimentos musicais das discotecas e também do experimentalismo na música erudita.
     Pela televisão, o mundo se tornou infinitamente menos secreto. Richard Nixon, o presidente americano deposto pelo caso Watergate, foi uma "personalidade" típica das telas de televisão dos anos 70. Sua saída do governo foi festejada pela população dos Estados Unidos e o resto do mundo acompanhou todo o escândalo de "perto", através da televisão.
     Neste período, as corridas espacial e armamentista se encerraram, dando lugar a um progresso humanístico, que visava não o interesse individual das potências, mas sim da humanidade, o período da chamada humanidade progressista.
     Em vários estados democráticos, especialmente no Japão, na França e na Suécia, mas também naqueles em que vigiam regimes ditatoriais, Espanha, Grécia e países do Cone Sul, os anos 1970 foram marcados por violência política, luta armada e terrorismo de esquerda e de direita, bem como pelo endurecimento do aparato repressivo estatal.
     Termina a Guerra do Vietname, com a derrota dos Estados Unidos e reunificação do país.
     Leonid Brejnev e Richard Nixon, durante a década de 1970, uma distensão  entre a União Soviética e os Estados Unidos gerou um clima de paz e levou a corrida espacial e armamentista ao seu término.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Homenagem ao aniversariante Fábio Bernardo da Silva

"Fui criado com princípios morais comuns"

    " Fui criado com princípios morais comuns:
     Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios e vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades. Confiávamos nos adultos, porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do nosso bairro ou da nossa cidade... Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror...Hoje  me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para os criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto... Anistia para corruptos e sonegadores... O que aconteceu conosco? Professores mal tratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas das crianças. O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser...
      Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
      Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores!
      Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão!
      Quero a honestidade como motivo de orgulho.
      Quero a vergonha na cara e a solidariedade.
      Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
      Quero a esperança, a alegria, a confiança!
      Quero calar a boca de quem diz: "temos que estar ao nível de...", ao falar de uma pessoa.
      Abaixo o "TER", viva o "SER". E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã!
      E definitivamente bela como cada amanhecer.
      Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases.
      Vamos voltar a ser "gente". Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe? Precisamos tentar... Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem... Nossos filhos merecem e nossos netos certamente agradecerão!"

      Arnaldo Jabor

      Aí está o texto que escolhi escrito por Arnaldo Jabor, que roubou as palavras que eu gostaria de te dizer hoje, Fabinho, prá te homenagear no dia em que estás completando 45 anos. Quando nasceste e ao longo do tempo em que cresceste e te tornaste este homem, que tanto nos orgulha, tudo era muito diferente do que é hoje. E nem sempre todas as mudanças vêm para melhor.
     Arnaldo Jabor nos lembra como éramos e como vivíamos no século passado. Ao voltarmos no tempo, sentimos saudade e gostaríamos que muitas coisas voltassem a ser como eram, principalmente quando pensamos no presente e no futuro, que está reservado a nossos filhos e netos.
      Ao comemorar teu aniversário, lembramos como é bom você ter sido criado com princípios morais comuns e com valores, que queremos resguardar para o mundo onde nossos filhos e netos vão viver.
      Feliz Aniversário.
      Parabéns e felicidades, com saúde e as bênçãos de Deus.
      Abraços de tia e dinda

     Véra
     


      


segunda-feira, 6 de julho de 2020

Homenagem ao Aniversariante Reginaldo Souza dos Santos


Tempos Modernos

      Seria ingênuo  pensar que estamos vivendo uma época  pior do que os tempos passados.
      Muitos idosos saudosistas acham que nós somos menos felizes hoje do que antigamente.
    Alguém se lembra provavelmente há muito pouco tempo, da época em que a gente assistia televisão e colocava um Bombril na antena interna para captar a imagem.
     Vocês se lembram como era  a televisão colorida até 1970?
     Como fazíamos pra enxergar cores na televisão?
     Papel celofane vermelho, azul e verde.
  As televisões eram todas com válvulas grandes e muito ineficientes, por isso dificilmente conseguíamos ver alguma imagem.
     Então as poucas pessoas que tinham condições de ter uma televisão eram aquelas da vizinhança que tinham mais recursos. Quando eram caridosas, convidavam seus vizinhos para assistirem algumas programações que nunca entravam no ar.
     Era o famoso "Tele Vizinho".
     Quando surgiu a TV colorida, ficamos encantados.
     Assistíamos à programação  das redes de televisão brasileiras e lá por 1974 foi que se teve uma Copa do Mundo de futebol, onde conseguimos ver a cor da camiseta da seleção brasileira e distinguí-la das demais.
     Era um acontecimento.
     Mudando de assunto, alguém já namorou por carta ? Não estou falando por email, face ou wattsap. Eu namorei. Morava em São Leopoldo, na Grande Porto Alegre, RS, quando em 1979, formada em Jornalismo, me mudei para Joinville, Norte de SC, para trabalhar no Jornal A Notícia, a mais de 700 quilômetros de distância.
     Deixei na minha terra natal um namorado e não tinha jeito. Namoro só por carta. O tempo e a distância se encarregaram de acabar com o encantamento e a paixão.
     O interessante das cartas é que levavam algum tempo para chegar. E quando a gente recebia alguma, era uma grande emoção. Lia-se frase por frase, parágrafo por parágrafo, devagar, até decorá-la, porque não tinha como chegar outra carta em pouco tempo.
     Depois da chegada da Internet, da comunicação acelerada, hoje nós recebemos um whatsapp e respondemos na mesma hora. Acabou-se a expectativa. A emoção da espera.
     Uma das características da nossa vida moderna é a aceleração.
     Ninguém quer mais comunicar-se por cartas e muito menos usar Bombril pra assisitir televisão. Tenho certeza que esses são aspectos do passado, que não nos interessam  mais.
     O grande problema do progresso está na velocidade com que os acontecimentos e as informações nos chegam.
     Joana de Angelis diz que junto com a globalização, nós desenvolvemos a inquietude, a insegurança e a ansiedade. E dá para entender, porque assim como nós precisamos interromper as nossas atividades na hora do almoço, para nos alimentarmos com uma refeição, precisamos depois de um tempo para a digestão.
     Do ponto de vista mental, nós também necessitamos de um tempo mínimo para absorver e digerir algumas informações.
     Quais os maiores obstáculos do progresso?
     O orgulho e o egoísmo.
     Refiro-me ao progresso moral, porque o progresso intelectual acontece sempre. A nossa grande dificuldade está em conciliarmos os avanços intelectuais com os pacatos e lerdos avanços morais.
     A nossa vida tecnológica e a nossa vida intelectual ganharam um processo de velocidade muito acentuado, mas nós espiritualmente não avançamos na mesma medida. Nós temos uma dificuldade muito grande de avançarmos inteiros nesse processo. Nos apresentamos numa capa de modernidade e de progresso intelectual.
     Vivemos a época da beleza. Vivemos a época da tecnologia, mas vivemos também a época da miséria moral, porque quanto mais se avança intelectualmente, mais se sobressaem  e se destacam as nossas dificuldades do ponto de vista ético e do nosso comportamento.
     Sabemos que é inevitável o nosso crescimento, mas o nosso desafio aumentou, porque nós precisamos desenvolver uma capacidade muito maior de generosidade para termos condições pelo menos de olharmos uns para os outros e darmos um sorriso sincero, para não nos tornarmos superficiais.
     Temos que tomar muito cuidado, porque existe algo que devemos manter entre nós, idosos, o amor genuíno, verdadeiro, de afetividade, de calor humano.
     Precisamos nos tornar pessoas melhores. Não pessoas melhores no discurso, na colocação intelectual, o que também é importante, mas nos tornarmos melhores nos pequenos detalhes do nosso dia a dia. Nos tornarmos melhores, modificando comportamentos interiores, combatendo por exemplo, a nossa inveja e o nosso orgulho. Nos tornarmos melhores, vigiando nossos pensamentos, sentimentos e atitudes.
     Nos tornarmos melhores sabendo envelhecer.
    Não há nenhum problema em envelhecer. As pessoas que sabem envelhecer, sabem também que este é o momento da vida em que as aquisições materiais só podem ganhar sentido, se forem acompanhadas de valores espirituais essenciais mais nobres e mais profundos na nossa caminhada.
     Existe uma diferença entre aceitar a idade e conviver bem com ela. Ou negá-la.
     Na negação, a pessoa tem um comportamento incompatível com a condição de vida em que ela está, já que é muito comum  hoje em dia, as pessoas viverem como se fossem jovens, quando já estão por exemplo, com 60 anos ou mais.
     Elas estão tentando viver uma fase da vida que já passou e não há organismo que resista.
     Para encerrar esta reflexão, escolhi o texto "Viajantes", de Sérgio Lopes, que diz mais ou menos assim:
     "Anda, avança viajante do tempo.
     Não são teus os passos vencidos, sequer os devaneios que se perderam na escuridão.
     E o rio não volta mais à fonte... também a vida não anda para trás.
     Tenho os pés para escalar os montes e asas na alma para sonhar a paz.
     Talvez no passado sofrido, guarda as lágrimas de infortúnios teus.
     Anda, avança viajante do tempo.
     A vida começa agora.
     E logo virão as glórias,  tuas conquistas nos braços de Deus."

Texto: Véra Regina Friederichs
Fontes: Sérgio Lopes
              Mário  Quintana
              Joana de Angelis
              Allan Kardec

     Querido Reginaldo, irmão e amigo de todas as horas,

     Este é um momento especial de renovação para a sua alma e o seu espírito, porque Deus na sua infinita bondade e sabedoria, deu à natureza a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós, a capacidade de recomeçar a cada ano.
     Desejo a você um ano cheio  de amor e alegrias. Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos e conservar os antigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
     Sorrir novos motivos e chorar outros, porque amar ao próximo é dar mais amparo, orar  mais preces e agradecer mais vezes.
     Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus.
     É ser grato, reconhecido, forte, destemido.
     É ser rima, é ser verso, é ver Deus no Universo.
     Parabéns a você nessa data grandiosa.
     Que Deus o abençoe e proteja.

     Ao homenagearmos o nosso querido amigo e irmão há 18 anos, e ao falamos em Tempos Modernos, lembramos de fatos e hábitos antigos do século passado. Alguns mesmo ultrapassados deixaram saudades. De outros, nem queremos lembrar. Costumo dizer que um amigo como o Reginaldo vale mais que um irmão de sangue, porque nós o escolhemos de coração. Vale mais que ouro. Não tem preço. É infinito. O Reginaldo é alguém assim,. Tudo isso é porque não encontro palavras para traduzir a alegria, emoção, prazer e alegria que estou sentindo ao comemorar o 64º  aniversário de Reginaldo.
     Viajando pelo túnel do tempo, vamos a Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul, casa dos Santos, em 5 de julho de 1956, onde o primogênito Reginaldo nasceu e transformou-se neste companheiro querido, de caráter, sincero, ético, honesto, solidário, generoso, caridoso, marido carinhoso e apaixonado, pai e avô presente, trabalhador e amigo exemplar.
     O Reginaldo e eu temos muitas coisas em comum. Somos do signo de Câncer, somos gaúchos, moramos na mesma rua, somos amigos há 18 anos e nascemos na década de 50.
     Como nada é perfeito, ele tem um grande defeito: é gremista. Eu, do Inter, não vou brigar com quem gosto tanto e há tanto tempo só por causa de um detalhe nas cores vermelha e azul. Fazer o quê? É aceitar ou aceitar. Não tem outra opção a não ser perder o amigo. Isso ninguém quer. Então, é levantar a cabeça e ir em frente. É vida que segue.
     A década de 50 foi muito importante e marcou as nossas vidas até hoje.
     A década de 1950, ou simplesmente a década de 50 ou ainda anos 50 foi o período entre os anos de 1950 e 1959, que se chamou  " Anos Dourados". Foi considerada uma época de transição entre o período de guerras da primeira metade do século XX e o período das revoluções comportamentais e tecnológicas da segunda metade do mesmo século, quando teve início a chegada da televisão em Portugal e no Brasil.
     Esta época também foi considerada a "idade de ouro" do cinema e também foi a época de importantes descobertas científicas como o ADN (Ácido Desoxirribonucléico, u DNA). O Campeão da Copa do Mundo em 1950 foi, pela segunda vez, o Uruguai. Em 1954 a Alemanha Ocidental conquistou o Mundo pela primeira vez. Em 1958, a Seleção Brasileira de Futebol faturou também o seu primeiro título mundial.
     Na Mídia "The Twilight Zone" foi a primeira série de ficção científica premiada. A Ciência e Filosofia tiveram destaque nos Anos Dourados: Bruce C. Heezen descobriu a Dorsal Meso-Atlântica. A Dorsal Meso-Atlântica ou Crista Oceânica do Atlântico é uma cordilheira submarina que se estende sob o Oceano Atlântico e e o Oceano Ártico desde a latitude 87ºN até à Ilha  Sub-Antártica de Bouvet, à laatitude 54ºS. Os pontos mais elevados desta cordilheira emergem em vários locais, formando ilhas.
     A primeira vacina de poliomielite, desenvolvida por Jonas Salk, foi introduzida para o público em 1955. Os primeiros transplantes de órgãos foram feitos em Boston e Paris em 1954. O lançamento do Sputinik em 1952 marcou a  Tecnologia.
     Na Moda, os carros, os eletrodomésticos, as janelas de madeira, os móveis e os medicamentos tornaram-se populares. Segundo Claudia Garcia, do Banco de Dados Folha, para a mulher, foi a Época da Feminilidade. Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 tornou-se mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1957. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.
     Na música surgiu o Rock ´n Roll.
   Nos Esportes, Alemanha e Brasil conquistam seus primeiros títulos numa Copa do Mundo de Futebol.
     Para ser quem é como é, o Reginaldo só podia ter nascido mesmo na década de 50, quando a verdade tinha mais peso que a mentira, a honestidade era reconhecida e praticada, um fio de bigode valia pela palavra dada, o que quer dizer que as pessoas honravam e cumpriam o que prometiam, ao mesmo tempo em que a juventude começava a exigir mudanças de comportamento e a sua rebeldia não buscava drogas, nem violência contra os pais e professores, mas encontrava na música e no cinema a sua válvula de escape, com a criação do Rock´n Roll, fonte de inspiração para os Beatles,  a Jovem Guarda e tantas outras bandas e cantores que nasceram nos Anos 60.
     Além de todos os conhecimentos que a História registra nos anos 50, nós temos o privilégio de conviver com o Reginaldo e de sermos seus amigos. Consideramos o seu nascimento um dos acontecimentos mais importantes da década de 50. E desejamos que ele permaneça entre nós por mais 64 anos, para podermos contar com o seu ombro nos momentos de tristezas e dificuldades, seu conselho amigo e os braços e coração sempre abertos e prontos para acolher  quem ele considera seu amigo. Muitos querem entrar neste círculo e não conseguem. É um lugar de difícil acesso e que precisa ser conquistado pouco a pouco. Graças a Deus, eu pertenço a este grupo há 18 anos e quero permanecer por aqui para sempre.
     Sejas feliz Reginaldo. Que Deus te dê todo o bem que mereces.

     Pesquisa Anos 50:  Wikipédia e Banco de Dados da Folha de São Paulo

     Com carinho

     Véra Regina Friederichs
   



   



   

   




     

   
     

     




Homenagem ao aniversariante Reginaldo Souza dos Santos

Tempos Modernos

     Seria ingênuo pensar que estamos vivendo uma época pior que os tempos passados.
     Muitos idosos saudosistas acham que nós somos menos felizes hoje do que antigamente.
     Alguém se lembra, provavelmente há muito pouco tempo, da época em que aa gente assisitia televisão e colocava captar a imagem.  na antena interna um bombril par