quarta-feira, 31 de julho de 2013

Manhã gelada no Hotel Villa Real

Paulas, São Francisco do Sul, SC




















Fotos: Véra Regina Friederichs e Celestino Lopes Filho

Saudades...


Na Ordem Social

Observa no próprio lar as forças diferentes que se congregam, nutrindo-te a segurança, para que te não furtes ao dever de servir:
O legislador, cujo pensamento garante a harmonia na via pública.
O engenheiro que te traçou o plano da moradia.
O pedreiro que levantou o edifício a que te acolhes.
O pintor que te alegrou o ambiente.
O operário que te trouxe a bênção das águas ao reduto doméstico.
O braço diligente que te garante combustível e força para que te não faltem calor e luz.

Pensa ainda nos missionários outros que te oferecem equilíbrio e tranquilidade:
O médico que te preserva a saúde.
O escritor que te renova às idéias.
O professor que te educa.
O irmão que te estende amizade e reconforto.
O lixeiro que te alivia.
O varredor que cultiva a higiene.
O lavrador que te assegura o alimento.

Não admitas que o dinheiro seja o único poder aquisitivo de semelhantes valores.

O ouro, só por si, num mundo de sedentos e esfomeados, não valeria a gota dágua, nem a migalha de pão.

Refletem na interdependência que nos rege todas as fases da vida e aprende a valorizar teus minutos na extensão do bem.

Auxiliar a todos com espontaneidade e carinho, é agradecer aos outros o auxílio com que nos seguem.

Fugir à crítica e à desaprovação, abraçando a solidariedade e o estímulo fraterno é compreender nossas próprias necessidades, de vez que não caminharemos sem o concurso alheio.

Entendamos a amplitude da colaboração anônima que recolhemos do próximo e, oferecendo ao próximo o melhor de nós mesmos, estaremos com Cristo, nosso Mestre e Senhor, que, no sacrifício supremo, nos ensinou a alcançar a suprema vitória.

pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Nós, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Amar é uma decisão


Um homem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que estava passando por muitas dificuldades em seu casamento. Falou-lhe que já não amava sua mulher e que pensava em separação...

O sábio o escutou, olhou-o nos olhos e disse-lhe: Ame-a!

Mas já não sinto nada por ela! Retrucou o homem.

Ame-a! Disse-lhe novamente o sábio.

Diante do desconcerto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio lhe disse o seguinte:

Amar é uma decisão. É dedicação e entrega. É ação...

Portanto, para amar é preciso apenas tomar uma decisão.

Quando você se decide a cultivar um jardim, você sabe que é necessário preparar o terreno, semear, regar, esperar a germinação e a floração.
Você sabe que haverá pragas, ervas daninhas, tempos de seca ou de excesso de chuva, mas se você está decidido a ter um belo jardim, jamais desistirá, por maiores sejam as dificuldades. Assim também acontece no campo do amor. É preciso dedicação, cuidado, espera. Assim, se quiser cultivar as flores da afeição, dedique-se. Ame seu par, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire-o e compreenda-o... Isso é tudo... Apenas ame! O amor é lei da vida. Se não houvesse amor, nada faria sentido.

Busquemos, então, meditar sobre o que temos e o que não temos, sobre quem somos e sobre quem não e sobre quem não somos, a respeito do que fazemos e do que não fazemos, guardando a convicção de que, sem a presença do amor naquilo que temos, no que fazemos e no que somos, estaremos imensamente pobres, profundamente carentes, desvitalizados.

A inteligência sem amor nos faz perversos.
A justiça sem amor nos faz insensíveis e vingativos.
A diplomacia sem amor nos faz hipócritas.
O êxito sem amor nos faz arrogantes.
A riqueza sem amor nos faz avaros.
A pobreza sem amor nos faz orgulhosos.
A beleza sem amor nos faz ridículos.
A autoridade sem amor nos faz tiranos.
O trabalho sem amor nos faz escravos.
A simplicidade sem amor nos deprecia.
A oração sem amor nos faz calculistas.
A lei sem amor nos escraviza.


A política sem amor nos faz egoístas.
A fé sem amor nos torna fanáticos.
A cruz sem amor se converte em tortura.

A vida sem amor... bem, sem amor a vida não tem sentido...

As flores que espalham aromas nos canteiros são mensageiras do amor de Deus falando nos jardins...

Os passarinhos que pipilam nos prados e cantam nos ramos são a presença do amor de Deus transparecendo nos ninhos...

As ondas gigantescas, que se arrebentam nas praias, mostram o amor de Deus engrandecendo-Se no mar, tanto quanto o filete transparente de águas cantantes, que beija a face da rocha, canta o amor de Deus, jorrando suave pela fenda singela.

A fera que ruge na selva, quanto os astros que giram na amplidão enaltecem o amor Divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas da Casa de Deus.

A criança que sorri, feliz, quanto aquela que chora, no regaço materno ou num leito hospitalar, igualmente, reflete o amor distendendo esperança, conferindo oportunidades aos Espíritos, como dádivas de Deus.

O homem sábio, pelos conhecimentos que lhe robustecem o cérebro, e aquele que se enobrece no trabalho do bem, pela luz que lhe emana do íntimo, apresentam o amor de Deus, alevantando a vida.

Essas e outras facetas do amor é que fazem com que a vida tenha sentido...
As flores que espalham aromas nos canteiros são mensageiras do amor de Deus falando nos jardins...
Os passarinhos que pipilam nos prados e cantam nos ramos são a presença do amor de Deus transparecendo nos ninhos...
As ondas gigantescas, que se arrebentam nas praias, mostram o amor de Deus engrandecendo-Se no mar, tanto quanto o filete transparente de águas cantantes, que beija a face da rocha, canta o amor de Deus, jorrando suave pela fenda singela.
A fera que ruge na selva, quanto os astros que giram na amplidão enaltecem o amor Divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas da Casa de Deus.


A criança que sorri, feliz, quanto aquela que chora, no regaço materno ou num leito hospitalar, igualmente, reflete o amor distendendo esperança, conferindo oportunidades aos Espíritos, como dádivas de Deus.

O homem sábio, pelos conhecimentos que lhe robustecem o cérebro, e aquele que se enobrece no trabalho do bem, pela luz que lhe emana do íntimo, apresentam o amor de Deus, alevantando a vida.

Essas e outras facetas do amor é que fazem com que a vida tenha sentido...


Por Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada e no cap. 22 do livro Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Disponível no livro Momento Espírita, v. 3 e no CD Momento Espírita, v. 7, ed. Federação Espírita do Paraná

8ª Mostra de Dança



















8ª Mostra de Dança da Oficina de Dança do Centro de Convivência do Idoso do Sandra Regina

20/07/203

15 horas

Cine Teatro X de Novembro

Centro Histórico

São Francisco do Sul

sábado, 20 de julho de 2013

Quando crescer, queremos ter 60 anos e dançar ritmos latinos

Ooooooooopa. Chegamos lá. Aos sessenta, setenta, oitenta... Um quebra-molas, o primeiro que notamos. Não nos diga para desacelerarmos. Se mudarmos o caminho, será por decisão nossa. Sexagenários, mas ainda desaforados. Hummmmmmm.  Que outras palavras nos definem e nos inspiram? Se pedíssemos a cada um dos idosos metidos a bailarinos que tiveram a coragem de subir neste palco hoje, como nós, para pensarmos em apenas uma palavra ou inventar uma que descrevesse nossos sentimentos ou ambições para esta fase das nossas vidas, o que será que responderíamos?
Com mais de 60 anos, crescidos, e agora somos... Jovens, subversivos, engraçados, qualificados, velozes, simples, pacientes, tolerantes, divertidos, serenos, espetaculares, satisfeitos, fortes, os mesmos de sempre, altivos, sensuais, puro sentimento, serenos, profetas, espontâneos, teimosos, seletivos, explosivos, robustos, seguros, egoístas, brigões, solteiros, importantes, sóbrios, experientes, suaves, bobos, otimistas e sabemos que um emprego deve ser abandonado quando se torna apenas um emprego: que o dinheiro virá, embora nunca o bastante e a tempo, que muitas coisas são tóxicas para a saúde, ainda que - flores, boa comida, música, dança  e vinho – sejam pura alegria.
Entre nós, os bailarinos amadores do Centro de Convivência do Idoso, encontramos casados com a mesma pessoa há 40 anos; casados várias vezes com várias pessoas, separados ou divorciados; viúvos, solteiros por opção e solteiros dispostos a mudar seu estado civil. O grupo inclui avós e bisavós, homens e mulheres sem filhos, que decidiram dedicar-se mais à carreira profissional, ou que não puderam tê-los mesmo. Os passos de dança que vimos neste palco são de aposentados na maioria, que optaram na idade mais produtiva em trabalhar como operários, no comércio, serviço público, como donas de casa, artistas, artesãos, professor, soldador, cabeleleiro, enfermeiro, assistente social, turismóloga, jornalista e outras profissões liberais.
Nós mulheres, que nos apresentamos hoje, chegamos à maioridade no final da década de 50 e 60 e tivemos um papel importante e inovador na sociedade em que vivemos, conquistando muitos direitos que agora são exercidos pelas nossas filhas, netas e bisnetas, que nossas mães e avós sequer ousaram sonhar. Para chegarmos ao século 21 em postos de trabalho, antes só reservados aos homens lutamos muito. Protestamos nas ruas, fizemos passeatas, vivemos em comunidades, estudamos, nos tornamos independentes.  O movimento feminino nos desafiou, nos ameaçou e nos inspirou. Algumas de nós subiram no carrossel da carreira vestindo ternos azul-marinhos e laços vermelhos no pescoço e fomos à busca de oportunidades de ouro;  outras percorreram o caminho mais tradicional, escapando apenas às vezes para participar de recepções sociais, ou permanecendo em casa. Em ambos os casos cumprimos e muito bem com os nossos papéis e buscamos a felicidade, à nossa maneira.
A virada dos 60 anos traz a homens e mulheres lições de vida e observações que são inteligentes, bem-humoradas, às vezes as duas coisas ao mesmo tempo, e sempre nos fazem refletir.
Quando mais jovens, tínhamos uma lista. Era composta de sonhos e planos sem fim - projetos pessoais e criativos que realizaríamos quando não tivéssemos mais empregos que nos ocupassem das oito às sete horas. Não há mais pressão para apoiar a ambição dos nossos companheiros e os sonhos dos nossos filhos. Nossos pais já morreram.  Não será este o tempo no qual finalmente vamos conseguir correr atrás das nossas próprias ambições, dos nossos próprios sonhos e das nossas próprias necessidades?
A raiz da palavra aposentadoria em inglês- retirement - é “retirar”. Se o assunto for dinheiro, retirar é a nossa palavra preferida. De outra forma, pode esquecer. Já nos retiramos nas reuniões dançantes dos tempos de colégio, quando ficávamos sentadas, tímidas e sozinhas encostadas na parede. Agora vamos dançar, com ou sem alguém nos convidando. A timidez foi superada a tal ponto de enfrentarmos com coragem o palco e o público deste Cine-Teatro, depois de quatro meses de ensaio.
E agora que temos o tempo que não tínhamos na nossa juventude, realizamos mais um dos sonhos interrompidos, dançando ritmos “calientes” latinos, com muito orgulho, raça, sensualidade, garra, leveza, graça, e vigor físico de causar inveja aos mais jovens.
É claro que agora temos limitações que não tínhamos aos 20 anos, mas mesmo assim, graças às adaptações e ao esforço, carinho, dedicação e atenção dos educadores sociais da Oficina de Dança do Centro de Convivência do Idoso do Sandra Regina Edison Salles e Maria Marli Kühl, superamos todas as barreiras, conquistamos o aplauso dos nossos familiares, amigos, comunidade e alimentamos a nossa auto-estima.
Quase todos os ritmos latinos, com exceção da salsa e do tango, nasceram da mistura de danças e ritmos herdados da Europa e da África. Essa história começou na França de Luís 14(1643-1715). Dos animados bailes promovidos por ele no Palácio de Versalhes, a contradança francesa - uma espécie de quadrilha que divertia os nobres da época - foi importada pela corte espanhola e depois rumou para colônias no Caribe, como Cuba, Haiti e República Dominicana. A outra grande influência na criação dos ritmos caribenhos veio dos escravos que os colonizadores traziam da África para a América. Das tribos africanas, dois grandes grupos étnicos foram especialmente explorados como mão-de-obra: os bantos e os iorubás, que habitavam regiões onde ficam hoje Nigéria e Camarões. Além da força de trabalho, os primeiros africanos que chegaram ao Caribe trouxeram seus tambores e danças religiosas.
No século18, escravos da região começaram a unir essas várias heranças culturais, criando a contradanza criolla, que misturava a contradança européia com instrumentos musicais e expressão corporal de origem africana. A partir de meados do século19, uma das colônias que se destacaram pela riqueza dos novos ritmos produzidos foi Cuba, que logo se tornaria a principal exportadora de sons e danças caribenhas. Isso porque, além da variedade rítmica ali desenvolvida, o país também atraiu um grande número de turistas dos Estados Unidos até a primeira metade do século 20. "A cultura popular cubana foi muito divulgada com a ajuda do cinema e dos americanos antes da revolução que levou Fidel Castro ao poder em 1959. E, depois disso, passou a ser muito pesquisada", diz a percussionista Glória Cunha, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A partir daí, os estilos latinos se espalharam.
Temos 60 anos ou mais... A cortina está subindo no terceiro ato e, se ainda não aconteceu muita coisa perdemos a platéia. Sigamos a música. Se não fomos ouvidos, cantemos e dancemos. Se estivermos imóveis, é hora de nos mexer.
Com mais de 60 anos, crescidos, e agora estamos recomeçando. Qual seria a média de quilometragem em anos humanos? Mais ou menos 6 mil e 500 quilômetros por ano? Se for, eu estou com 403 mil quilômetros. Eu faço o rodízio dos pneus, faço regulagens periódicas e, às vezes, troco o pára-brisa. Estou rezando para a bateria durar.
Sessenta e dois anos? Nem pensar. Estou retrocedendo o meu odômetro.
Texto lido na 8ª Mostra de Dança da Oficina de Dança do Centro de Convivência do Idoso do Sandra Regina por Véra Regina Friederichs hoje à tarde no Cine-Teatro x de Novembro, em São Francisco do Sul







sexta-feira, 5 de julho de 2013

Notícias do Sandra Regina

Bom dia, Sared. Amanhã não poderei participar da “Boa Notícia do Ouvinte”, porque irei à Apae, por isso estou antecipando os acontecimentos do Sandra Regina.

 Idosos da Oficina de Dança realizam a 1ª Semana Voluntária
Desde o momento em que tornou realidade, a Oficina de Dança do Centro de Convivência do Idoso vem mostrando as atividades desenvolvidas que contribuem no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social.
Neste sentido, a partir de um desejo pessoal dos idosos da oficina de dança, de fazer mais atividades em benefício de nossa comunidade, resolveu-se realizar do dia 24 a 28 de junho a 1ª Semana Voluntária, levando a Arte da Dança (Quadrilha, Paquera de Caipira e outras danças juninas) e lembrancinhas doadas pelos próprios idosos em alguns espaços de nossa comunidade, como: Lar dos Idosos, APAE, e Centros de Educação Infantil Sonho Feliz, Pedacinho do Céu e Pantera Cor de Rosa.
“Esta semana de voluntariado foi uma experiência espontânea, alegre, prazerosa e gratificante. Os idosos voluntários doam suas energias e criatividade, mas ganham contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprendem coisas novas e têm a satisfação de se sentir úteis. O bem que cada um faz pode contribuir para a felicidade de alguém, o que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil, e assim, esta ação contribui no combate à indiferença, à discriminação e à exclusão social, fortalecendo a solidariedade e a cidadania, reforçando a integração de todos na sociedade”, ressaltam os educadores da oficina, Edison Sales e Maria Marli Kühl.
Dando continuidade a estes eventos, hoje sexta-feira, de manhã três turmas que não foram à APAE, levaram danças populares julinas como A Quadrilha Tradicional, Paquera de Caipira e A Quadrilha das Flores, para que os alunos da manhã também participassem da integração entre idosos e comunidade.
Aniversariantes
Ontem - 14 horas  - houve a comemoração dos aniversariantes do mês de junho, no Centro de Convivência do Idoso e baile animado pelo Dauto. Esta festa foi só para os idosos que freqüentam o Cias.
Barra do Sul
Neste sábado à tarde, iremos a Barra do Sul, apresentar as quadrilhas e outras danças na festa julina que acontecerá na praça central daquele município.
Paróquia Santa Paulina
No domingo, às 14 horas, a Oficina de Dança também levará as quadrilhas àquele evento.
Capela de São Pedro
No último sábado, 29 de junho, fomos muito aplaudidos na Festa da Capela de São Pedro, na Estrada do Forte, onde também apresentamos as quadrilhas.
Rancho Clube
Domingo, a partir das 15 horas, no Rancho Clube, teremos o Baile da 3ª Idade, no Rancho Clube, com Dauto e Juliana, com café e bolo.


Texto enviado ao programa Na Boca do Povo, com Sared Bueri, na Rádio São Francisco, ontem de manhã por Véra Regina Friederichs.

E o semeador saiu a semear...

E O SEMEADOR SAIU A SEMEAR...

No Evangelho de Mateus, capítulo XIII, versículos 1 a 9, encontramos o relato de um belo e profundo ensinamento de Jesus. 
O Apóstolo conta que "Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar... Em torno Dele logo reuniu-se grande multidão. Jesus entrou numa barca e sentou-se, e todo o povo permaneceu na margem. Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim: 'Aquele que semeia saiu a semear...'"
Ficamos, então, a imaginar como seria um semeador. Seria um santo, um profeta, alguém especialmente escolhido? Não. Um semeador é alguém que arregaça as mangas, toma as sementes e sai para o plantio. Feita a sua parte, o semeador confia no solo fértil que favorecerá a germinação, a floração e a frutificação. Ele sabe que muitas sementes poderão se perder, mesmo assim ele semeia.
A história da Humanidade teve muitos semeadores, que espalharam as sementes de idéias nobres. Mas, por descuido, indolência ou má-vontade daqueles que as receberam, muitas não germinaram. Outras, todavia, nasceram e deram bons frutos, possibilitando a muitas
pessoas a oportunidade de receber novas e promissoras sementes.
Descobrimos um desses semeadores nos dias atuais.
Que religião ele professa? A que nível social pertence? Qual é seu grau de escolaridade? Bem, isso tudo não importa.
Ele é apenas um semeador. Entre as sementes que espalha estão o amor ao próximo, a bondade, o perdão, a paciência, a generosidade, a paz,e a alegria.
Seria lícito o silêncio, em nome da humildade, da confiança em Deus, transferindo aos céus a tarefa? Depois de refletir, aprendemos que a proposta do Cristo é desafiadora, não conformista, não hipócrita, com fala mansa para parecer elevado, nem com hipocrisia para
disfarçar inferioridade. Recordando-nos de Jesus, nas praças públicas, temos procurado levar as lições que Ele nos ensinou principalmente aos jovens. Este semeador sabe que a conquista da paz é um desafio que requer urgência e mãos operosas.
E o semeador saiu a semear...
Seu instrumento de trabalho é a sua voz, clara e suave como a brisa da primavera que leva as sementes e as deposita no solo, sem alarde.
Seu alforje é seu coração terno e compassivo, fonte viva  de sementeira inesgotável.
Seu ideal é o amor sem fronteiras... O amor incondicional que, semelhante a um botão de rosa, se abre e exala seu perfume para toda a gente. Seu nome? Ele não faz questão, mas é justo que seja dito: Reginaldo.
Quando você ouvir esse nome, saiba que se trata de um incansável semeador da paz.
E se estamos aqui reunidos hoje é para comemorar muitas sementes que ele lança, há 58 anos. Junto com as sementes que vai lançando em solo fértil, temos o seu exemplo. O seu amor aliado à sua dedicação o transforma em marido correto, em pai e avô presente, dedicado e cuidadoso com os limites e disciplina tão esquecidos e necessários nos dias atuais e em amigo e companheiro sincero, honesto e leal.
Na família, no trabalho, na igreja e entre amigos, onde temos a sorte e o privilégio de tê-lo entre nós, nos transformamos em amigos e irmãos, partindo para a vivência do Evangelho na prática, como Cristo nos ensinou.
O aconchego desta amizade nos alivia, trazendo-nos a sensação de nos sentir valorizados e úteis e elevam a nossa auto-estima. Procuramos seguir à risca as lições do Reginaldo, transfomando-nos em multiplicadores das sementeiras de amor.
Hoje nos reunimos em clima de alegria, respeito e descontração. O espírito de solidariedade continua. É comum vermos um ensinando ao outro o que sabe fazer. Quando temos problemas, sabemos onde encontrar o ombro e o ouvido amigos. Alegrias também são compartilhadas, como a comemoração de aniversário de hoje.
E como ninguém é de ferro também temos os nossos momentos de lazer.  Levamos uma vida boa. Uma vida agradável. Onde temos muito que agradecer ao nosso Pai e tão pouco a pedir.
Lá fora a chuva pode cair, mas aqui dentro sentimos o calor. O calor humano. Aos estranhos, não parece, mas desfrutamos dos sentimentos de uma verdadeira família. Podemos dizer com muito orgulho que vivemos como irmãos e entre irmãos. Com muito respeito, consideração e amor, preenchendo em alguns casos uma lacuna e ajudando a superar carências. Quando a tristeza nos abate, temos o apoio psicológico da amizade, que tudo compensa.
Pode ser que um dia deixemos de nos falar, mas enquanto houver amizade, faremos as pazes. Pode ser que um dia o tempo passe. Mas se a amizade permanecer, um do outro há de se lembrar. Pode ser que um dia nos afastemos. Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará. Pode ser que um dia tudo acabe, mas com amizade reconstruiremos tudo.
Que Deus continue nos iluminando. E que Maria de Nazaré nos cubra com o seu manto. Que este manto cresça até proteger também os nossos familiares e as pessoas que amamos, principalmente o aniversariante e a sua família, por estes 58 anos de união, saúde, amor e paz e por muitos outros que virão. Que assim seja.

Véra Regina Friederichs