quarta-feira, 30 de maio de 2012

Bendito Sejas

Bendito sejas, coração amigo,
Pelo pão que dás, à porta,
Ao companheiro que se desconforta,
na aflição da penúria sem abrigo!...

Deus te faça feliz pela roupa que ofertas
Aos torturados do caminho,
Que tantas vezes se vão ao desalinho
Das feridas que trazem descobertas...

Deus te conceda o premio da ventura
pela ternura sorridente
Com que cevas ao doente
O amparo do remédio e a esperança da cura.

Deus te guarde na fonte da alegria,
Para lenir, no esforço a que te dês,
A orfandade e a viuvez

Que vivem para a dor de cada dia.
Deus, porém, te abençoe, coração brando e pasmo,
Com a mais sublime recompensa,
Quando olvidas a intromissão da ofensa,
O golpe da injustiça e a pedra do sarcasmo.

Deus te exalte no santo esquecimento
Do mal que te golpeia,
Reduzindo a extensão da chaga alheia
Sem cogitar do próprio sofrimento.

Bendito sejas, coração submisso,
Embora sábio entre os mais sábios,
Pela palavra boa de teus lábios,
No exemplo da bondade e do serviço,

Porque o amor transforma a sombra em luz
E o perdão, onde ampare, nunca erra,
Auxiliando a vida em toda a Terra
Para o Reino Divino de Jesus.

 

pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Poetas Redivivos, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Evangelho no Lar

 
O Evangelho no Lar

“O Evangelho no lar é Cristo falando ao coração.”

Bezerra de Menezes

- Leitura do Evangelho no Lar À Luz do Espiritismo – Maria Tonietti Compri, página 60 – O Evangelho Segundo o Espiritismo

Primeiro culto cristão no lar: O Evangelho na Casa de Pedro

Os Ensinamentos Sagrados

Foi no dia do primeiro culto cristão no lar, na casa de Pedro, que Jesus falou:
“ – Onde estiverem duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, eu entre elas estarei” (Mateus, 18: 20).
Falou da Grande Lei do Amor e das leis Morais, aptas a guiarem as pessoas nas realizações do Bem.
Para que o homem avance em sua jornada evolutiva, encontrando a solução dos seus problemas, há que segui-las, pois são leis Naturais e, como tal, se impõem, não havendo outro caminho. Os desvios só trazem dor e sofrimento.
E, como normas preventivas da dor e do sofrimento pregou o otimismo, a serenidade e a confiança na Divina Providência.
Falou do novo Mandamento – “Fazer aos outros o que queríamos que eles nos fizessem”, e estabeleceu como Mandamento Maior:
“ – Amarás o Senhor Teu Deus de todo o te coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.”
E o segundo Mandamento, que é semelhante ao primeiro:
- “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
E nestes dois Mandamentos básicos fez-nos compreender que aí está toda a Lei, sendo que os outros giram em torno deles, pois é impossível amar a Deus sem amar ao próximo, ou amar ao próximo sem amar a Deus.
Ensinou, depois, o “Amai-vos como eu vos amei”, e disse a Pedro: “ – Perdoa, não sete vezes, mas setenta vezes sete.
E Kardec, numa feliz expressão, resume as mesmas afirmações: “Fora da caridade não há salvação”.
“Espiritas, amai-vos e instruí-vos”.

O plano espiritual em nossa casa

Kardec nos mostra, através do ensino dos próprios Espíritos, a influência que eles exercem em nossa vida. Questão 459, Livro dos Espíritos: Os Espíritos influem em nossos pensamentos e ações? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, muitas vezes, são eles que vos dirigem.
É um alerta para que tomemos o rumo do bem para as sugestões que nos cheguem, reprimindo o mal e procurando conservar o equilíbrio e a paz interior em benefício de nós mesmos.
Em relação à casa em que moramos, muitas vezes, antes de pensarmos em fazer a mudança, já havia espíritos residindo nela. Às vezes, já se encontravam no local, antes de a casa ser construída.
Estes irmãos, longe ainda da verdade e da luz, não veem nada além da Terra e, sem idéia de vida eterna, vivem nos lares com famílias, participando de toda a vida normal e diária da casa.
Outras vezes, são espíritos inconformados, assustados, diante da desencarnação, embaraçados, que se apegam à família, fazendo morada no Lar que ainda consideram como seu.
Variadas são as formas, por que os Espíritos se instalam em nossas casas, sem contarmos aqueles a quem chamamos através de nossas atitudes e pensamentos. Assim, as portas de nosso lar estão sempre abertas a estas visitas inesperadas, quando não convivemos, naturalmente, com eles, desde a própria mudança para a casa.
Espíritos inferiores a nós, ou mesmo os da nossa condição, não tendo, ainda, capacidade de penetrar os nossos pensamentos, prestam atenção nas nossas palavras e atitudes, a fim de nos avaliar. Ao iniciarmos o Evangelho em casa, devemos ter em mente que estaremos iluminando também e, principalmente, estes irmãos que, por tantos motivos, nos acompanham. A prece inicial lhes chama a atenção, pois muitos há tempos não ouviam falar o nome de Jesus; em seguida, a leitura deixa-os curiosos, pois sabemos que a maioria desencarna sem querer ao menos ler os escritos sagrados, sem fazer uma prece.

A luz é para todos

Kardec nos mostra, através do ensino dos próprios Espíritos, a influência que eles exercem em nossa vida. Questão 459, Livro dos Espíritos: Os Espíritos influem em nossos pensamentos e ações? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, muitas vezes, são eles que vos dirigem.
É um alerta para que tomemos o rumo do bem para as sugestões que nos cheguem, reprimindo o mal e procurando conservar o equilíbrio e a paz interior em benefício de nós mesmos.
Em relação à casa em que moramos, muitas vezes, antes de pensarmos em fazer a mudança, já havia espíritos residindo nela. Às vezes, já se encontravam no local, antes de a casa ser construída.
Estes irmãos, longe ainda da verdade e da luz, não veem nada além da Terra e, sem idéia de vida eterna, vivem nos lares com famílias, participando de toda a vida normal e diária da casa.
Outras vezes, são espíritos inconformados, assustados, diante da desencarnação, embaraçados, que se apegam à família, fazendo morada no Lar que ainda consideram como seu.
Variadas são as formas, por que os Espíritos se instalam em nossas casas, sem contarmos aqueles a quem chamamos através de nossas atitudes e pensamentos. Assim, as portas de nosso lar estão sempre abertas a estas visitas inesperadas, quando não convivemos, naturalmente, com eles, desde a própria mudança para a casa.
Espíritos inferiores a nós, ou mesmo os da nossa condição, não tendo, ainda, capacidade de penetrar os nossos pensamentos, prestam atenção nas nossas palavras e atitudes, a fim de nos avaliar. Ao iniciarmos o Evangelho em casa, devemos ter em mente que estaremos iluminando também e, principalmente, estes irmãos que, por tantos motivos, nos acompanham. A prece inicial lhes chama a atenção, pois muitos há tempos não ouviam falar o nome de Jesus; em seguida, a leitura deixa-os curiosos, pois sabemos que a maioria desencarna sem querer ao menos ler os escritos sagrados, sem fazer uma prece.
Se lermos só com a vista, isto é, lermos para nós mesmos, eles não saberão do que se trata e em nada mudarão suas disposições íntimas. Há que iniciar-se a leitura em voz clara e moderada, pausada, mesmo que estamos “sós” (sem ninguém encarnado por perto), para que os Espíritos possam participar e receber, também, a luz.
Este é o motivo, entre outros, por que se deve fazer o Evangelho em voz alta.
Tudo o que existe no universo é beleza, harmonia, equilíbrio, misericórdia, justiça, amor, paz, verdade, luz, vida. A ausência da harmonia traz a desarmonia; a ausência do equilíbrio gera o desequilíbrio; a ausência da misericórdia traz a impiedade; a ausência da justiça gera a injustiça; a ausência do amor gera o ódio; a ausência da paz traz a guerra; a ausência da verdade é a mentira, o engano; a ausência da luz é a treva; a ausência da vida traz a morte, a imobilidade.
Não é a luz que se desfaz com as trevas, é a escuridão que se acaba, quando se acende a luz. Dessa forma, tudo o que não é verdadeiro é simplesmente a ausência da verdade. Pensando nisso, comecemos a ler o Evangelho calmos, tranquilos, com a responsabilidade de fazer luz, onde esta havendo somente trevas.
Jamais pediremos a estes espíritos para se retirarem do recinto, mas, antes, convidaremos todos a participarem deste banquete de luz e verdade.
Antigamente, exorcizavam-se os espíritos com a certeza de que eles obedeciam às ordens do exorcista, para desistirem da obsessão, e se falava com firmeza: “Em nome de Deus, retirem-se”.
Com o Espiritismo, fomos esclarecidos de que estes irmãos não fazem o que queremos e, sim, o que querem, quando não encontram autoridade moral para modificá-los; assim, eles podem responder: “Em nome de Deus, eu fico”.
Então, nós conhecedores da realidade espiritual, humildemente, vamos dizer a estes Espíritos em nossas reuniões evangélicas:
- Em nome de Deus, meus irmãos, fiquem! Vamos, juntos, evangelizar-nos e melhorar nosso estado mental e espiritual. Busquemos Jesus e vamos, através de seus Ensinamentos, adquirir a luz necessária para caminharmos com nossos próprios pés, confiantes e felizes.
Com certeza, aqueles que não se afinarem com esta idéia, sairão pela primeira porta que encontrarem, sabendo que aquele lar, a partir de então, estará guardado sob as asas do Evangelho e do Amor, com Jesus.
Esta é a primeira limpeza espiritual que já se processa em nosso lar, assim que iniciamos o Evangelho. Aqueles que ficarem, serão nossos companheiros de iluminação e se tornarão amigos, porque o que lhes faltava era um coração que os ajudasse e os esclarecesse com humildade e amor.
Certamente não estaremos sem amparo; os trabalhadores espirituais do Evangelho no Lar estarão dando toda a sustentação necessária à nossa família encarnada e aos desencarnados que nos acompanham (muitos deles são ou foram, em outras vidas, parentes próximos e afins), fazendo a caridade de levá-los, na primeira oportunidade, para lugares de aprendizado e refazimento, em esferas espirituais adequadas.
No nosso lar só entrarão, a partir desse instante, Espíritos que foram trazidos pelos mentores da casa, com o fim de aprenderem o Evangelho e modificarem suas tendências para melhor.
Por isso, dizemos que o Evangelho no Lar é a escolinha de Jesus em nossa casa. Os alunos somos todos nós, a matéria é o Evangelho e o Mestre é Jesus.

Como fazer o Evangelho no Lar

1.  Marcar um dia e uma hora da semana. Assiduidade e pontualidade.

2. Colocar água para ser fluidificada

1.  Prece Inicial:

Pai-Nosso, Prece de Bezerra de Menezes, Prece de Cáritas, Oração de São Francisco de Assis ou prece simples e espontânea, silenciando dentro de nós, buscando em nossa mente a figura de Jesus, equilibrando nossa aura, valorizando os sentimentos e não as palavras, pedindo a direção divina  para a reunião.

2.  Leitura do Evangelho

a) Fazer a leitura em seqüência de um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, começando na primeira página, incluindo prefácio, introdução e notas, em voz alta, normal, calmamente, para que todos possam entender e comentar. Os ensinamentos atingirão também os desencarnados.
b) Pode-se também o abrir o evangelho em qualquer página e ler um pequeno trecho. Geralmente, ali está a resposta que estamos buscando.
c)  Pode-se ler textos de outros livros espíritas.
d) Marcar com um x onde parou, para continuar na próxima semana
e) Comentários. Breves, simples, esclarecedores e para facilitarem a compreensão dos ensinamentos e sua aplicação no dia-a-dia.

3.  Vibrações

Emitir sentimentos e pensamentos de amor, paz e harmonia pelas intenções e pessoas necessitadas.

Vibrar pela:

-      Paz na Terra
-      Dirigentes de todos os países
-      Brasil
-      Nossos governantes
-      Doentes do corpo e da alma
-      Presidiários
-      Drogados
-      Crianças
-      Pacientes com câncer
-      Idosos
-      Juventude
-      Pelos que se acham em provas dolorosas
-      Pela implantação do Evangelho nos lares
-      Pelo equilíbrio e paz de toda a família
-      Pelo perdão e concórdia  dos que não sintonizam conosco
-      Pela cura e sustentação dos familiares e amigos que estejam doentes ( mencionar os nomes)
-      Pelos presentes (encarnados e desencarnados)
-      Pelo lar onde está sendo feito o Evangelho
-      Pelos vizinhos, amigos e inimigos
-      Pelos nossos colegas de trabalho
-      Pedido particular de cada um etc.
-      Pedir a fluidificação da água

Jesus: “O que quer que seja que pedirdes em oração, credes que obtereis”  (Marcos, XI; 24)

4.  Prece final

Pai-Nosso ou orações sugeridas na abertura, agradecendo e convidando os amigos espirituais para a próxima reunião.

5.  Conservar a Paz

6.  Orientações:

-      Tempo: 15 a 30 minutos
-      Distribuir tarefas no início
-      Não aceitação da família
-      Sem contra-indicações. Benefícios
-      Ambiente vai melhorar
-      Mudança dos familiares
-      À luz do evangelho tudo se esclarece
-      Humildade, Compreensão, Amor, Perseverança no Bem

Conclusão:

Jesus Contigo

“Dedica um dos sete dias da semana ao Culto do Evangelho no lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.
Prepara o coração, abre o Evangelho, distende a Mensagem da Fé, enlaça a família e ora... Jesus virá em Visita!
Quando o lar se converte em Santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando os corações se unem nos liames da Fé, o Equilíbrio oferta Bênçãos de Consolo, Saúde e Paz.
Jesus no Lar... É vida para a família!
Não aguardes que o mundo te leve a certeza do inevitável.
Quando uma família ora em casa, reunida, toda a rua recebe o benefício da Comunhão com o Alto. Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a Prece da Comunhão Fraterna em família, todo o prédio se beneficia.
Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel com aqueles que amas, nas diretrizes do Mestre e, quando possível, debate os problemas que te afligem à luz Clara da Mensagem da Boa Nova. Examina as dificuldades que te perturbam, ante a Inspiração Consoladora do Cristo.
Demora-te no lar para que o Divino Hóspede também possa aí se demorar. E quando as luzes se apagarem, à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, a fim de que em casa, mais uma vez, possas ter Jesus Contigo!”

(Espírito de Joanna de Ângelis)

Bibliografia:

1.  Jesus no Lar – Néio Lúcio
2.  Luz no Lar – Espíritos Diversos
3.  O Evangelho em Casa – Meimei
4.  O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
5.  O Evangelho no Lar à luz do Espiritismo – Maria T. Compri
6.  O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Exposição no Centro de Estudos Espíritas Allan Kardec, no Balneário de Ubatuba, São Francisco do Sul, em 28 de maio de 2012 por Véra Regina Friederichs




segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Coragem de Olhar Para Dentro

 A diferença que o mergulho interno faz na sua vida 
 
Se você tentou conseguir alguma coisa na vida que não deu certo - não importa o que tenha sido, nem quantas vezes tenha tentado - cuidado com os rótulos que utilizar ao se referir a essas experiências.
O fato é que tudo o que fazemos na vida produz resultados, e se algo não saiu do jeito que você esperava, não há porque chamar o resultado obtido de fracasso.
A verdade é que não existem fracassos, apenas resultados.
Os grandes sucessos, em geral, resultam de erros transformados em lições.
Os vencedores são os que perseveram e seguem em frente até conseguirem o que desejam, não importa quantas vezes seja necessário tentar.
Ao representar para você mesmo como uma derrota o que não funcionou antes, o que está fazendo é usar as palavras para se derrubar.
Palavras são chaves que produzem estados emocionais e precisam ser escolhidas com atenção.
Se parar para observar, perceberá que todas as experiências da sua vida trazem um aprendizado.
Ao aprender a lição contida em cada delas você adquire as ferramentas que precisa para fazer diferente.
É preciso coragem para errar e aprender com os próprios erros.

Aprendendo com a experiência


A dor e o sofrimento podem ser transformados em mestres que o impulsionarão a vencer desafios e a descobrir o seu caminho na vida. Para isso, é preciso ter a coragem de olhar para dentro e observar o que está presente dentro de você.
Ao descobrir a lição que se encontra em cada experiência, você adquire força para empreender o trabalho da autotransformação.
Enquanto alguém não aprende a lição que uma experiência traz, o universo continuará apresentando a mesma situação, de formas variadas, como oportunidades para que se faça o aprendizado necessário.
Por isso, tantas pessoas se vêem em situações semelhantes, que parecem reproduzir um sofrimento conhecido. A única forma de se libertar é através do aprendizado.
O poder está em você.
Embora você possa acreditar que a fonte da sua angústia, do sentimento de rejeição, ou da tristeza profunda, esteja na atitude do namorado, do seu chefe, da sua mãe, mulher, ou quem quer que seja a causa da dor que sente está dentro de você.
Por isso, quando a atitude de alguém faz sua energia diminuir e você se sente mal, é no seu interior que encontrará as chaves para compreender o que acontece de fato, e assim, evitar que volte a se repetir.
Para virar o jogo, é preciso reconhecer o que quer que esteja presente dentro de você.
Colocar-se no lugar da vítima e atribuir às outras pessoas a responsabilidade pelo modo como você se sente, ou pelos acontecimentos da sua vida, é continuar a promover o mesmo tipo de situação que se quer evitar.
Se desejar, honestamente, mudar o que não está funcionando, é preciso ter a coragem de olhar para dentro.
Todo mundo tem tudo aquilo que precisa para o trabalho que se dispõe a fazer. Mas a única forma de acessar essas ferramentas é através do mergulho interior.
Faça diferente.
Você pode deixar seu veleiro ao sabor dos ventos e das ondas. Mas não se surpreenda nem se queixe se o barco virar.
Pode também se tornar mestre na arte de manejar as velas e de conduzir o barco diante das tempestades, tornando-se exímio marinheiro. E assim, desenvolver a habilidade de driblar as mudanças de vento para chegar ao porto com segurança, desfrutando da viagem.
O importante é ouvir seu coração e experimentar.
Movimente-se de uma nova maneira através da vida. Sem medo de errar. Como uma criança que aprende a andar e cai, e não tem outra alternativa a não ser tentar novamente, até dominar a capacidade de andar.
Desafie a sua zona de conforto e implemente novas ações diante de velhos impasses. Se tiver que errar, erre com o coração, sabendo que os erros nada mais são do que feedback mostrando que ainda não foi desta vez que chegou lá.
Thomas Edson, ao tentar milhares de vezes, até chegar à invenção da lâmpada elétrica, dizia que cada tentativa mal sucedida o aproximava mais da vitória. Ele descobria novas formas de não inventar a lâmpada elétrica até chegar ao que procurava.
Aquilo que acontece na vida não é bom nem ruim. Vai depender da forma como você utilizar o que acontecer.
Você tem a opção de transformar a dor em força, sabedoria, humildade, determinação, utilizando tudo para a sua felicidade. Comece olhando para dentro. Coragem.
 
Ter a coragem de olhar para dentro é...

..compreender que os julgamentos o mantêm prisioneiro das suas interpretações. Substitua o julgamento pela aceitação e perceberá que cada um faz o melhor possível dentro do seu nível de consciência. Ao aceitar o que não pode ser mudado, você poderá mudar a sua atitude e produzir novos resultados na vida.
..ter clareza sobre o que realmente importa para você, sem se deixar influenciar por falsas necessidades ou expectativas. A compreensão do sentido da vida só é possível quando você vive a partir do coração. Fique com o que permanece e estará investindo no que conta na vida.
..reconhecer que você é um ser único e que a única pessoa com quem pode se comparar é com você mesmo. Observe seu progresso, comemore cada passo adiante, reconheça suas conquistas íntimas. A gratidão abre espaço para receber mais.
..entrar em contato com as emoções negativas sem julgá-las e sem se deixar dominar por elas, descobrindo a mensagem positiva que elas contêm. Ao se dar conta da intenção positiva das emoções negativas você adquire chaves para abrir as portas para uma nova forma de viver a vida.
..procurar ajuda sempre que precisar. Ao reconhecer que não está conseguindo fazer o trabalho sozinho busque recursos e ferramentas que o ajudarão no processo.
..alimentar o pensamento com idéias positivas e otimistas. Da mesma forma que o que você coloca no seu prato se reflete na sua saúde, seus pensamentos se refletem nas circunstâncias da sua vida. Pense o melhor e o melhor virá.
..reservar alguns momentos por dia para estar com você. Faça meditação, yoga, ore. Faça do seu jeito, mas mantenha o compromisso de se voltar para dentro.
..comprar um caderno e passar a anotar seus pensamentos, monitorar seu progresso e escrever lembretes para manter a conexão com o seu interior.
..perguntar-se como pode expressar seu amor por você mesmo. Dê-se algo que precisa internamente. Pode ser uma alegria, um prazer estético, um momento de paz, uma atitude, uma pausa para contemplação. Ouça a sua voz interna e saberá o que se dar.


Joel Klein Coaracy

Enviado por Ivelise Iara Machado - Joinville - SC



domingo, 20 de maio de 2012

Joana de Cuza

Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas pregações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cuza, intendente de Antipas, na cidade onde se conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores.
Joana possuía verdadeira fé; entretanto, não conseguiu forrar-se às amarguras domésticas, porque seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho. Considerando seus dissabores íntimos, a nobre dama procurou o Messias, numa ocasião em que ele descansava em casa de Simão e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos. O esposo não tolerava a doutrina do Mestre. Alto funcionário de Herodes, em perene contato com os representantes do Império, repartia as suas preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora com os deuses romanos, o que lhe permitia viver em tranqüilidade fácil e rendosa. Joana confessou ao Mestre os seus temores, suas lutas e desgostos no ambiente doméstico, expondo suas amarguras em face das divergências religiosas existentes entre ela e o companheiro.
Após ouvir-lhe a longa exposição, Jesus lhe ponderou:
– Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos exteriores. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. Entre o sincero discípulo do Evangelho e os erros milenários do mundo, começa a travar-se o combate sem sangue da redenção espiritual. Agradece ao Pai o haver-te julgado digna do bom trabalho, desde agora. Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. É leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, estarás cumprindo a vontade de Deus. Falas-me de teus receios e de tuas dúvidas. Deves, pelo Evangelho, amá-la ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Além disso, não poderemos colher uvas nos abrolhos, mas podemos amanhar o solo que produziu cardos envenenados, afim de cultivarmos nele mesmo a videira maravilhosa do amor e da vida.
Joana deixava entrever no brilho suave dos olhos a íntima satisfação que aqueles esclarecimentos lhe causavam; mas, patenteando todo o seu estado dalma, interrogou :
– Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto, sinto dificuldade extrema para um entendimento recíproco no ambiente do meu lar. Não julgais acertado que lute por impor os vossos princípios? Agindo assim, não estarei reformando o meu esposo para o céu e para o vosso reino?
O Cristo sorriu serenamente e retrucou :
– Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas, será o que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou aquele que ainda se debate entre as ondas da ignorância ou da desolação, da inconstância ou da indolência do espírito? Quanto à imposição das idéias – continuou Jesus, acentuando a importância de suas palavras – por que motivo Deus não impõe a sua verdade e o seu amor aos tiranos da Terra? Por que não fulmina com um raio o conquistador desalmado que espalha a miséria e a destruição, com as forças sinistras da guerra? A sabedoria celeste não extermina as paixões : transforma-as. Aquele que semeou o mundo de cadáveres desperta, às vezes, para Deus apenas com uma lágrima. O Pai não impõe a reforma a seus filhos: esclarece-os no momento oportuno. Joana, o apostolado do Evangelho é o de colaboração com o céu, nos grandes princípios da redenção. Sê fiel a Deus, amando ao teu companheiro do mundo, como se fora teu filho. Não percas tempo em discutir o que não seja razoável. Deus não trava contendas com as suas criaturas e trabalha em silêncio, por toda a Criação. Vai!... Esforça-te também no silêncio e, quando convocada ao esclarecimento, fala o verbo doce ou enérgico da salvação, segundo as circunstâncias! Volta ao lar e ama ao teu companheiro como o material divino que o céu colocou em tuas mãos para que talhes uma obra de vida, sabedoria e amor!...
Joana do Cuza experimentava um brando alívio no coração. Enviando a Jesus um olhar de carinhoso agradecimento, ainda lhe ouviu as ultimas palavras:
– Vai, filha!... Sê fiel!
Desde esse dia, memorável para a sua existência, a mulher de Cuza experimentou na alma a claridade constante de uma resignação sempre pronta ao bom trabalho e sempre ativa para a compreensão de Deus, como se o ensinamento do Mestre estivesse agora gravado indelevelmente em sua alma, considerou que, antes de ser esposa na Terra, já era filha daquele Pai que, do Céu, lhe conhecia a generosidade e os sacrifícios. Seu espírito divisou em todos os labores uma luz sagrada e oculta.
Procurou esquecer todas as características inferiores do companheiro, para observar somente o que possuía ele de bom, desenvolvendo, nas menores oportunidades, o embrião vacilante de suas virtudes eternas. Mais tarde, o céu lhe enviou um filhinho, que veio duplicar os seus trabalhos; ela porém, sem olvidar as recomendações de fidelidade que Jesus lhe havia feito, transformava suas dores num hino de triunfo silencioso em cada dia.
Os anos passaram e o esforço perseverante lhe multiplicou os bens da fé, na marcha laboriosa do conhecimento e da vida. As perseguições políticas desabaram sobre a existência do seu companheiro. Joana, contudo, se mantinha firme. Torturado pelas idéias odiosas de vingança, pelas dívidas insolváveis, pelas vaidades feridas, pelas moléstias que lhe verminaram o corpo, o ex-intendente de Antipas voltou ao plano espiritual, numa noite de sombras tempestuosas. Sua esposa, todavia, suportou os dissabores mais amargos, fiel aos seus ideais divinos edificados na confiança sincera. Premida pelas necessidades mais duras, a nobre dama de Cafarnaum procurou trabalho para se manter com o filhinho, que Deus lhe confiara! Algumas amigas lhe chamaram a atenção, tomadas de respeito humano. Joana, no entanto, buscou esclarecê-las, alegando que Jesus, igualmente, havia trabalhado, calejando as mãos nos serrotes de uma carpintaria singela e que, submetendo-se ela a uma situação de subalternidade no mundo, se dedicara primeiramente ao Cristo, de quem se havia feito escrava devotada.
Cheia de alegria sincera, a viúva de Cuza esqueceu o conforto da nobreza material, dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais subalternos afazeres domésticos, para que seu filhinho tivesse pão. Mais tarde, quando a neve das experiências do mundo lhe alvejou os primeiros anéis da fronte, uma galera romana a conduzia em seu bojo, na qualidade de serva humilde.
No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado de um homem novo, que era seu filho.
Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações.
– Abjura!... – Exclama um executar das ordens imperiais, de olhar cruel e sombrio. Mas, a antiga discípula ao Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de queixa. Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que exclama, entre lágrimas: – “Repudia a Jesus, minha mãe!...
Não vês que nos perdemos?! Abjura!... por mim que sou teu filho!...”
Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das lágrimas. As rogativas do filho são espadas de angústia que lhe retalham o coração.
– Abjura!... Abjura!
Joana ouve aqueles gritos, recordando a existência inteira. O lar risonho e festivo, as horas de ventura, os desgostos domésticos, as emoções maternais, os fracassos do esposo, sua desesperação e sua morte, a viuvez, a desolação e as necessidades mais duras... Em seguida, ante os apelos desesperados do filhinho, recordou que Maria também fora mãe e, vendo o seu Jesus crucificado no madeiro da infâmia, soubera conformar-se com os desígnios divinos. Acima de todas as recordações, como alegria suprema de sua vida, pareceu-lhe ouvir ainda o Mestre, em casa de Pedro, a lhe dizer: – “Vai filha! Sê fiel!” Então, possuída de força sobre-humana, a viúva de Cuza contemplou a primeira vítima ensangüentada e, fixando no jovem um olhar profundo e inexprimível, na sua dor e na sua ternura, exclamou firmemente:
– Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus!
A esse tempo, com os, aplausos delirantes do povo, os verdugos incendiavam, em derredor, achas de lenha embebidas em resina inflamável. Em poucos instantes, as labaredas lamberam-lhe o corpo envelhecido. Joana de Cuza contemplou, com serenidade, a massa de povo que lhe não entendia o sacrifício. Os gemidos de dor lhe morriam abafados no peito opresso. Os algozes da mártir cercaram-lhe de impropérios a fogueira:
– O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? – Perguntou um dos verdugos.
A velha discípula, concentrando a sua capacidade de resistência, teve ainda forças para murmurar:
– Não apenas a morrer, mas também a vos amar!...
Nesse instante, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava suavemente os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível:
– Joana, tem bom ânimo!... Eu aqui estou! ...

 
pelo Espírito Humberto de Campos (Irmão X) - Do livro: Boa Nova, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Palavra de mulher

Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar.
Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos  a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter. 
Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial  da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano.  E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes.
- isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala.  Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso)  e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.
E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu  vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:  pausa e silêncio.
Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.
Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão  de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.
Quanto à palavra dieta, cuidado:  mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar.  Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa  do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.
Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.  
Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde rabalha, em casa, no supermercado, na academia.
E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Brad Pitt ... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça.
E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.
E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam,  bumbum que encara qualquer biquíni.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas.E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem  (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.
Leila Ferreira
Enviado por Iara Dippold – Joinville -SC