domingo, 31 de julho de 2011

Insônia

Uma das consequências mais problemáticas da ansiedade - e da depressão frequentemente asociada a ela - é a insônia. Algumas pessoas experimentam dificuldades para dormir (insônia geralmente ligada à ansiedade), ao passo que outras tendem a acordar prematuramente (insônia da madrugada, geralmente ligada tanto à ansiedade quanto à depressão). Geralmente, quando a ansiedade e a depressão somem com o tratamento, a insônia diminui e o sono torna-se cada vez mais tranquilo.

Como superar sua insônia

1. Durma em horários regulares.

2. Evite cochilos.

3. Use a cama  somente para dormir.

4. Evite o surgimento da ansiedade durante a hora anterior ao momento de ir dormir.

5. Faça mais cedo seus exercícios da "hora das preocupações" ou da sua lista do que fazer no dia seguinte.

6. Descarregue seus sentimentos.

7. Reduza ou elimine a ingestão de líquidos à noite.

8. Levante da cama se não estiver dormindo.

9. Não tente se forçar a dormir.

10. Pratique repetir seus pensamentos ansiosos.

11. Elimine os comportamentos de segurança.

12. Desafie seus pensamentos negativos.

Fonte: Livre da Ansiedade  Robert L. Leahy      Editora - Artmed

Enviado por Anaracy Cabral - Psicóloga - CRP 12/07010

terça-feira, 26 de julho de 2011

Crenças Irracionais

1. A ideia de que existe uma extrema necessidade para qualquer ser humano adulto ser amado ou aprovado por qualquer outra pessoa significativa em sua comunidade.

2. A ideia de que se deve ser extremamete competene, adequado e realizador em todos os aspectos possíveis para se considerar como tendo valor.

3. A ideia de que é terrível e catastrófica quando as coisas não são do jeito que gostaríamos que fossem.

4. A ideia de que certas pessoas são más, perversas e velhacas e de que elas deveriam ser  responsáveis  e punicas por sua maldade.

5. A ideia de que a infelicidade humana é extremamente causada e de que as pessoas tem pouca e nnhuma habilidade para controlar seus inortúnios e distúrbios.

6. A ideia de que, se alguma coisa é perigosa ou assustadora, deve-se ficar terrivelmente preocupado e ficar ruminando sobre sua possível ocorrência.

7. A ideia de que é mais fácil evitar do que enfrentar certas dificuldades ou responsabilidades da vida.

8. A ideia de que se deve ser dependente dos outros e de que se necessite de alguém mais forte em quem se apoiar.

9. A ideia de que a história passada de alguém é um determinante definitivo do seu comportament presente e, se algo afetou uma vez fortemente a sua vida, isso continuará tendo indeinidamente um efeito similar.

10. A ideia de que se deva ficar muito transtornado com os problemas e as preocupações de outras pessoas.

11. A ideia de que há invariavelmente uma solução certa, precisa e perfeita para os problemas humanos e de que é catastrófico se essa solução perfeita não for econtrada.
Fonte: Adaptado de Albert Ellis por Bernard Rangé

Enviado por Anaracy Cabral - Psicóloga CRP 12/07010
Especializanda em Terapia Cognitiva Comportamental

"A Psicologia é a Ciência da Mudança"

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lacuna no tradicionalismo

Soube hoje ao ler o ND que o Programa Chão Farrapo está se despedindo depois de seis anos de bons serviços prestados ao tradicionalismo gaúcho. Confesso que ainda estou sem palavras para definir o que estou sentindo... Não sei mais como serão as minhas manhãs de domingo. Vou procurar uma companhia para o café da manhã, ou vou sair de casa em busca do que não vou encontrar?
Já conheço o Lima de longa data. A Lena e a equipe do programa entraram na minha vida aos poucos, ao longo de uma convivência, que foi se transformando em amizade e admiração ao longo de viagens e eventos que cobrimos na época do Alma de Galpão e Desgarrados da Querência.
Assim como eu devem estar os telespectadores e os tradicionalistas sérios que lutam pela preservação dos nossos costumes e valores, que andam esquecidos nos dias de hoje. Há pouco lia um texto escrito por Ademir Canabarro no sítio Bombacha Larga, sobre este assunto com o título: "Não vamos matar os avós para ficarmos com os netos".
Os CTGs, rodeios, festivais de música nativista, eventos e escolas de dança gaúcha não só devem ser preservados, como também ampliados com investimentos em novos espaços. É que nestes locais a mulher é amada, respeitada e chamada de prenda, que significa presente, jóia, algo de muito valor. Os avós são respeitados pelos netos, os flhos respeitam os pais e cumprimentam os mais velhos, sem ter vergonha deles. Nos locais de tradicionalismo a família é o início de tudo. A verdade, honestidade,  cumprimento da palavra, sinceridade, lealdade, amizade, disciplina, limites e tantos outros valores campeiam soltos. As crianças e jovens são bem educados.
A pilcha representa a tradição e os nossos antepassados, que nos legaram tudo isto. Em bailes gaúchos, o maxixe não entra, nem as bandas modernizadas ou tchê music, que vem deturpando e tentam descaracterizar o tradicionalismo.
O Chão Farrapo tem história e mostrou o verdadeiro tradicionalismo em vários rincões, extrapolando os limites de SC e do Brasil. É com profunda tristeza que faço esta homenagem. Entendo que os apresentadores e a equipe, que tanto se dedicaram, precisam dar um tempo, voltar às suas atividades profissionais, mas a lacuna aí está e de certa forma muda o conceito de que ninguém é insubstituível. O Chão Farrapo é.

Véra Regina Friederichs

domingo, 24 de julho de 2011

As Poderosas

Tudo começou com uma ligação, que a Rosana (Rô) recebeu quando veio junto com a Mari passar um fim-de-semana na minha casa em Ubatuba, São Francisco do Sul. À provocação de um amigo com a pergunta: o que fazer na praia fora de temporada, a Rosana indignou-se e respondeu:
- Como? Não sabe o que fazer na praia? Saiba que estou muito bem acompanhada. Somos três poderosas. A terceira era eu, que caí na risada, mas ela continuou:
Lindas, maravilhosas, independentes, bem-resolvidas financeiramente, inteligentes, cultas, viajadas, líderes, com presença de palco e a lista de adjetivos não acabava mais.
A pobre da criatura que estava do outro lado, com certeza, não aguentava mais. E nem eu. Desde que conheço a Rô (faz bem uns 20 anos), nunca a vi ter um ataque destes.
Mas ela continuava:
Que perda de tempo, que nada. Estamos aqui num "papo cabeça". Uma é jornalista e escritora, a outra já foi candidata a vereadora e presidente da Associação dos Servidores Públicos. Aqui tem café no bule.
A Mari dormia no quarto e eu, ao lado da Rô na sala, me matava de rir. Quanto mais eu ria, mais ela cozinhava o galo (tradução: lhe dava um cansaço).
Quando a Mari acordou e contamos a história, rimos muito. Desde então, a Mari é a Poderosa 1, eu, a Poderosa 2 e a Rô, a Poderosa 3. Com toda esta farra nós só esquecemos de uma qualidade, que foi para baixo do tapete: a humildade (rs).

Véra Regina Friederichs

sábado, 23 de julho de 2011

Você ja ouviu falar em Psicofisiognomia?

“A maior dor que um homem e uma mulher podem ter aqui na Terra é a dor de consciência.”

Psicofisiognomia foi o asssunto  que o Dr. Rogério Fagundes tratou com a repórter Véra Regina Friederichs, em 14/10/2002. Um dos mais conceituados médicos homeopatas do país, professor universitário da Unisul, professor da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná, coordenador do programa “Saúde com as Mãos” e membro da Associação de Fitoterapia Abraphito – São Paulo, explicou o que é Psicofisiognomia e como pode ser utilizada na prática.  O texto é inédito. Confira.

O que é Psicofisiognomia?
Este nome comprido e difícil de ser pronunciado, tem um significado interessante. Psico significa a estrutura psicológica, fisio é a estrutura física, gnomia é o conhecimento anatômico dos  traços faciais e comportamentais, que estão impressos na nossa face. O adágio popular que diz:  “quem vê cara não vê coração” está equivocado. Quem vê cara, vê o coração impresso e vê  as marcas físicas e de caráter no rosto. O nosso rosto fala.

Que técnicas podem ser utilizadas para as marcas dos ancestrais serem avaliadas no rosto das pessoas?
O nosso rosto apresenta três rostos, que se mesclam de acordo com a nossa evolução. Um é o ancestral, relacionado aos nossos antepassados e apresenta não só as enfermidades mórbidas, mas também as marcas atávicas dos antepassados (reaparecimento, em um descendente, de um caráter não presente em seus ascendentes imediatos, mas sim em remotos” – Fonte: Novo dicionário Aurélio) . O segundo rosto é o familiar, que mostra a influência dos nossos pais e avós na nossa vida e as marcas que imprimem. Temos também o rosto individual, o mais difícil, porque é o da responsabilidade. A partir do momento em que o ser humano começa a se desenvolver e esclarecer, ele passa a esculpir esse rosto.

Como esses tipos de rosto podem ser localizados e avaliados?
Os três rostos estão juntos, Por exemplo, você tem o nariz ancestral, o nariz familiar e o nariz individual. O único ser vivo que tem nariz é o humano,  e também é o único indivíduo do Planeta Terra com livre arbítrio. Alguns animais têm lapsos de inteligência. Mas, uma inteligência com livre arbítrio, só o homem. O cavalo tem fossas nasais, o crocodilo tem orifícios, o cachorro, focinho. Se nós analisarmos, este  conhecimento está impresso no inconsciente coletivo. Exemplo: Nós temos o maravilhoso Gepeto, que descreve Pinóquio e as suas mentiras com o crescimento do nariz. O que isto significa? Significa que o nariz está relacionado ao nosso livre arbítrio, à nossa faculdade de mentir ou de dizer a verdade. Isso não quer dizer que toda a pessoa nariguda é mentirosa. Não é neste sentido. Aí tem a arte desta técnica, para que não se faça da Psicofisiognomia uma tábua de julgamento das pessoas, mas que nos utilizemos deste recurso com sabedoria para compreender o ser humano. Quando fizermos as nossas avaliações,  elas devem nos conduzir para a sabedoria, paz, saúde e harmonia.
Quando se desenha uma bruxa, o que a caracteriza? Um nariz grande com uma verruga. O nariz grande significa conhecimento, porque toda a bruxa ou bruxo tem conhecimento, senão ele não seria bruxo.
Aquela verruga representa um trauma, uma situação que aconteceu no passado. Quando ela identificar quando foi, porque foi e como foi , ela deixa de fazer bruxaria e passa a fazer o bem. Às vezes, tem pessoas que acham que a bruxa mora lá longe e nós aqui, estamos distantes e somos maravilhosos. De verdade, dentro de nós tem um bruxo e uma parte boa. O que eu quero é desmistificar o bruxo interno e ficar com o servil verdadeiro. Quero ser uma pessoa equilibrada e que eu possa me comprometer com o bem. Aí muda o nariz. 

A Psicofisiognomia existe há quanto tempo?
Desde Adão e Eva, porque nós estamos tratando de uma ciência ancestral, que não foi descoberta, mas é uma evidência universal. Cada civilização, cada povo desenvolveu estas observações de acordo com as suas possibilidades. Por exemplo, os chineses faziam a sua leitura facial, os egípcios, os incas e também para o mundo ocidental quem desenvolveu esta ciência foi Lavater, mas os gregos já a tinham desenvolvido antes.

Em que época?
Há aproximadamente 200 anos atrás.

Que tipo de bibliografia o senhor recomenda para as pessoas que não conheciam a Psicofisiognomia e que agora querem aprofundar-se mais no seu conteúdo?
Boa pergunta, muito boa mesmo. Na verdade, existe uma colcha de retalhos. Eu não conheço um livro que possa conter os conteúdos da Psicofisiognomia. Até este momento, não conheço.

Não está no hora do senhor lançar este livro?
(Risos)  - É, quem sabe. Boa idéia a sua.

A Psicofisiognomia pode ajudar a minorar a dor de pacientes oncológicos e com outras  doenças caracterizadas por dor crônica?
Com certeza, porque a verdade liberta. Jesus disse: “conheça a verdade e ela  vos libertará”. Eu tenho comigo que a palavra liberta. A palavra é o remédio, na proporção que essa palavra seja a expressão de um conhecimento. Quando a pessoa sabe porque sofre, ela deixa de sofrer. O conforto e o consolo que uma pessoa tem, é a partir do conhecimento. Eu considero que as enfermidades terminais são duras provas para alguns dos nosso irmãos aqui na Terra, mas também quero dizer que existem sofrimentos ocultos, que talvez doam e corroam mais, porque o câncer, por exemplo, embora difícil, marca a matéria e  é objetivo. Mas existem sofrimentos mais subjetivos, como o martírio mental, as crises do coração, o medo, a culpa, o remorso, que muitas vezes corroem muito mais diuturnamente. A maior dor que um homem e uma mulher podem ter na Terra é a dor de consciência: a consciência de que errou e a consciência de que deixou de fazer por omissão. Me parece que esta é a dor maior.

Em que áreas o senhor atua?
Em toda a dor. Eu sou um curador. Atendo qualquer dor: física, real, imaginária, dentro dos recursos que conheço, que são recursos da natureza, eu procuro atender.

O senhor atende em Curitiba?
Sim, muito embora eu seja um cidadão catarinense. Nasci em Joaçaba. Tenho tido meu trabalho basicamente em Curitiba, mas eu viajo pelo Brasil todo, fazendo palestras, cursos e atendimentos.

Véra Regina Friederichs



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Resistência à Corrupção


Foto: Célia Azevedo        Agência Senado

Pedro Simon (PMDB/RS) pronunciou o seguinte discurso, no Senado Federal, no último dia 12:
Prezado Presidente, obrigado pela gentileza de V. Exª ; Srs. Senadores, no dia 22 de junho, eu subi a esta mesma tribuna, para fazer um apelo diretamente à Senhora Presidenta Dilma Rousseff. A palavra-chave do meu pronunciamento, que eu chamei de carta aberta foi : resistência. Tomei a liberdade de conjugar o verbo resistir no imperativo. Não foi uma ordem, evidentemente. Não me cabe, direta ou indiretamente, ditar procedimentos a uma ilustre Presidente, com uma história tão extraordinária e com um número de votos legítimos que a conduziu ao mais alto cargo da República. Foi, na verdade, um misto de sugestão, eu diria quase um misto de sugestão e de súplica. Mais súplica do que sugestão.
Resista, Srª Presidenta, eu repeti diversas vezes. Resista à corrupção; resista às negociações de coxias; resista à indicação de nomes para ocupar cargos sem a devida chancela da moralidade; resista àqueles que se protegem sob o manto da impunidade. Resista, portanto, a qualquer tipo de desvio, desvio de conduta no uso do sagrado dinheiro público.
Por sugestão do meu irmão e amigo Senador Cristovam Buarque, eu providenciei a publicação do meu texto: Presidenta Dilma: resistir é preciso. Mandei-o, como ele mesmo sugeriu, a muitas pessoas, inclusive à própria Presidente Dilma. Encaminhei o documento aos parlamentares e para parte significativa do Poder Judiciário. Não tinha lhe visto, Senador, mas foi ideia sua e eu obedeci e aos diversos escalões do Poder Executivo.
Espero não ter desperdiçado o meu papel e ter cumprido a minha responsabilidade.
Que bom se consegui, pelo menos, reavivar o debate que, a meu ver, deveria ser desnecessário, se o discurso e a prática não tivessem tomado caminho tão distinto, quando o assunto é a moralidade no tratamento dos recursos públicos.
Até aquele momento da minha pregação pela resistência da nossa Presidenta, não havia, ainda, circulado pela imprensa o caso do Ministério dos Transportes. Se bem que, não raras vezes, a mesma imprensa tem dado conta de que aquele Ministério é useiro e vezeiro no trânsito por estradas políticas sinuosas e com muitos desvios e vários atalhos.
Pois bem, o caso do Ministério dos Transportes parece ter vindo numa sequência metodológica da elaboração da minha tese. A parte prática. O estudo de cada caso.
Quem sabe eu possa considerar aquele pronunciamento como uma espécie de pré-defesa de tese. Hoje, eu vim para defendê-la, depois dos últimos acontecimentos. Para confirmar as minhas hipóteses. Para me submeter à banca de examinadores. Como presidente desta mesma banca a própria Presidenta da República.
O caso do Ministério dos Transportes foi a confirmação de como se deve e, principalmente, como não se deve fazer política. De como se devem e também de como não se devem gerir recursos públicos recolhidos do suor do trabalhador brasileiro e que, cada vez mais, são subtraídos nos gabinetes refrigerados do poder.
Tão logo surgiram as evidências de desvios de conduta, a Presidente determinou o imediato afastamento dos gestores públicos. E que eles se submetam a processos de investigação, para que não paire a impunidade alimentadora da corrupção.
A Presidente da República deve ser, como em poucos outros momentos, senhora da História. Cabe-lhe a escolha da melhor estrada. A estrada dos melhores destinos. Neste momento histórico em que nos encontramos, ela se encontra em uma bifurcação política.
E a minha tese vem exatamente no sentido de que não há dúvida na escolha do melhor caminho. Não pode haver indecisão entre a imoralidade e a moralidade; entre a dor e o remédio; entre o analfabetismo e a mágica das letras; entre o joio e o trigo; entre as trevas e a luz.
A Presidenta Dilma Rousseff, tendo como exemplo prático o Ministério dos Transportes, tem que providenciar a melhor de todas as inaugurações de seu governo: a de um novo modo de fazer política, sob pena de ela própria alterar a sua história.
Não ouso me bater contra indicações políticas de um cenário de administração compartilhada. As indicações políticas são naturais. De poderes independentes, mas harmônicos. Eu sei que não se executa à revelia de quem constrói os caminhos legais, nem de quem os faz percorrer. Não se retira a legitimidade de quem foi eleito para falar em nome do povo. O que eu defendo é que quem manipula o sagrado dinheiro público tem necessariamente de se vestir tão-somente da moralidade incondicional e do conhecimento pleno sobre a questão sobre a qual tem responsabilidade.
A Administração Pública não pode ser loteada. Pior: não pode ser invadida. Pior: não pode ser  usucapião de determinados espaços desta Administração. Não se pode apoderar desses espaços e neles edificar obras irregulares, repletas de porões e de coxias.
A Presidente Dilma Rousseff tem, neste momento de sua história e do País, a grande oportunidade de alterar as manchetes que têm atualmente desfilado pelos jornais. Tristes manchetes como "É pegar ou largar", "A via da corrupção", "Crise expõe modelo de troca de cargos e recurso por apoio no Congresso".
A Presidenta deve imaginar, como eu, como será o Brasil sem corrupção. E a corrupção nada mais é do que o fruto da relação promíscua entre o corruptor e o corrupto, concebida e nascida nos gabinetes do poder.
O Brasil sem corrupção não teria os 14 milhões de jovens, adultos e idosos que ainda vivem na escuridão e no analfabetismo. O equivalente a mais de quatro vezes a população do Uruguai. É o correspondente a todos os gaúchos, mais toda a população do Distrito Federal ainda sem combinar tão poucas letras para soletrar uma única palavra!
O Brasil sem corrupção não teria o calvário dos hospitais públicos, onde faltam os mais básicos dos equipamentos e dos materiais cirúrgicos para curetar a dor. Não teria a volta das doenças e das epidemias que imaginávamos apenas nos prontuários de outros idos tempos.
O Brasil sem corrupção não teria a fome que, apesar dos reconhecidos avanços alcançados através de programas tipo o Bolsa-Família e na concepção atual de que um país rico é um país sem pobreza, ainda é o Herodes dos nossos tempos, na poética, mas triste, constatação do "morrer de fome, um pouco a cada dia".
O Brasil sem corrupção não teria tanta emboscada antes dos vinte, na insegurança das grandes cidades, onde, ao sair para o trabalho, não se sabe se a despedida é um tchau ou um adeus definitivo.
O Brasil sem corrupção deixaria de ser tão-somente essa síntese do projeto do Criador e se transformaria, de fato, em uma das mais prósperas nações do universo, sem as nossas imensas disparidades de distribuição pessoais, regimentais, regionais, da renda no nosso País.
É este o País que se coloca agora no horizonte da nossa estrada. Uma estrada sem os desvios da corrupção. É esse o papel mais que relevante da Presidenta Dilma Rousseff, neste seu momento histórico: com o cajado de sua caneta, debelar a corrupção, e apenas nomear gente sobre a qual não paire qualquer dúvida sobre os desvios de conduta. Gente na qual a própria sociedade investiu, através das escolas, das universidades, para que adquirisse conhecimento relativo a todos os segmentos da Administração Pública.
E, como já disse nos pronunciamentos anteriores, se as luzes do poder ofuscarem a ética do escolhido, que ele não continue se protegendo com o `remédio caseiro da impunidade'.
Simples assim: a nomeação é confirmada, só e somente só, se o nomeado tem currículo para melhor desempenhar as suas funções e se não paira sobre ele qualquer dúvida sobre o seu comportamento ético.
Se o nomeado não demonstrar capacidade de execução do que lhe foi atribuído, ou se o poder lhe contaminar na sua conduta moral, que ele seja exonerado de pronto.
Não há que ter impunidade, principalmente no serviço público, onde se trabalha com o recurso gerado pelo suor do cidadão, o mesmo recurso que falta no analfabetismo, na dor, na insegurança, na falta de infraestrutura para gerar emprego, renda e, consequentemente, cidadania.
A atitude da Presidente Dilma Rousseff, ao capitanear uma nova relação com o Congresso Nacional, fará eco nos corredores, nos plenários e, principalmente, nos gabinetes do Senado e da Câmara dos Deputados. Está aí, eu tenho certeza, a melhor semente para cultivarmos, aqui, a necessária reforma política. Uma reforma a partir de um novo modo de fazer política. Não a política dos conchavos, das conveniências, das trocas de favores, da distância entre o discurso e a prática.
Não haverá reforma política, pelo menos a que se imagina necessária, se vingar a relação promíscua onde a moeda é a nomeação do apadrinhado ou a liberação da emenda orçamentária. Se continuar o tal loteamento irregular do poder, repito o que disse naquele dia: o parlamentar, em qualquer nível, tem que votar segundo a sua consciência, e não por conveniência.
Eu tenho consciência de que não se trata de algo de execução fácil para a Presidente Dilma ou por qualquer outro presidente que viesse ou que venha a alcançar essa altitude. Eu sei da força política dos defensores da tal usucapião do poder. Eles montaram verdadeiros  latifúndios políticos e cercaram seus domínios com a cerca da chantagem política.
É preciso, portanto, aí, derrubar essa mesma cerca. Trata-se, no caso, de uma invasão de espaço público. Todo o poder emana do povo, como manda a Constituição. E este mesmo poder é exercido por meio de representantes eleitos diretamente na sequência deste parágrafo único do primeiro capítulo constitucional, que fundamenta o Estado democrático, através da soberania, da cidadania, da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e do pluralismo político.
À medida que forem resgatados esses espaços públicos, usurpados por aqueles que teimam em se autointitular líderes, ou de propensos interlocutores, não haveria a sanha por fatias do poder e, consequentemente, as nossas discussões também não se moverão, tão somente, por temas específicos, sem uma preocupação com o verdadeiro plano de desenvolvimento nacional.
As grandes questões nacionais não podem ser discutidas no Congresso como se fossem estanques, sem um elo e sem uma lógica. Via de regra, dependendo dos interesses, essas mesmas questões são apropriadas pelos respectivos donos delas próprias.
É preciso destituir, portanto, esses mesmos donos do poder e ligar cada questão aqui discutida à lógica do tal plano de desenvolvimento nacional. Não importa se possamos selecionar, para aprofundar o debate, algumas questões de mais ou menos preocupação com o momento. A reforma tributária, a reforma política, por exemplo. Mas elas não podem ser capturadas por este ou aquele interlocutor ou por um grupo de interesses específicos. As próprias discussões da Assembleia Nacional Constituinte de 1988 são o melhor exemplo de como melhor exercer o nosso papel de representantes do povo. Nunca se viu tamanha e tão legítima participação popular como naquele tempo da Constituinte. Não é à toa que a nossa Constituição é chamada de Constituição Cidadã.
Se as matérias legislativas forem aprovadas ou rejeitadas pelo Congresso, que seja, apenas e tão somente, por orientação da consciência de cada um de nós. Cada um de nós deverá responder pelas respectivas decisões. Eu tenho certeza de que a imprensa continuará sendo os olhos do cidadão em todos os níveis do poder. E que mudarão, significativamente, as manchetes. E a nossa legitimidade. Para melhor.
Com a palavra, ou com a caneta, a Presidente Dilma Rousseff. E a palavra continua sendo: resistir. Ou, depois das suas últimas decisões, eu diria insistir. Resista às pressões e insista na sua atitude de afastar de seus cargos aqueles sobre quem pairem dúvidas sobre o comportamento ético. Quem sabe seja o melhor dos passos para o Legislativo efetivamente, e legitimamente, legislar. E que o Judiciário, também, efetivamente, faça cumprir as suas leis. Daí, sim, o Executivo vai executar a pavimentação desta estrada, sem desvios, e que nos levará ao País com que tanto sonhamos.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, me referindo a um momento tão grave e tão sério, quando se esperava um terremoto, quando se estava na interrogação do que ia acontecer.
Mas Sua Excelência teve a coragem de agir e de fazer. Pela segunda vez, tirou o que tinha que tirar, e tirou no momento exato. Fez aquilo que, infelizmente, os seus antecessores, o Sr. Lula e o Sr. Fernando Henrique, não souberam fazer em seus respectivos governos.
Ela foi firme, correta, até agora. Praticou? Fez o deslize? Fez o deslize, cai fora! Um era o homem do Lula, homem da confiança. O Sr. Lula veio aqui e disse: Ele não pode sair, ele tem que ficar. Ela tirou.
O outro é agora. Felizmente, eu felicito, primeiro, o nosso Senador Maggi. Teve categoria, muita categoria! Realmente, pelo argumento lógico, pelo bom senso, ele não podia aceitar.
Se é um homem importante, um homem de negócios e tem ligações diretas com a Pasta, se suas empresas estão diretamente ligadas, é evidente que ele, por ser um homem correto, não poderia aceitar.
E a Presidente fez o quê? Indicou o nome que tinha que indicar.

Joinvilles

Joinville é serra.
Joinville é mar.
Joinville é a conhecida loira de olhos azuis.
É o feitiço da pele morena.
É a sensualidade da mulher, que tem no contraste da pele clara, cabelos e olhos escuros, o seu misterioso fascínio...
É o Centreventos Cau Hansen, que abriga o painel O Circo, criado por um dos seus filhos mais brilhantes e ilustres: Juarez Machado.
É Joinville  vibração. É o Festival de Dança,   que transforma a cidade num imenso palco, onde bailarinos, turistas, joinvilenses, anfitriões, estudantes e operários confundem-se em astros, estrelas e platéia. É a Joinville da Escola Bolshoi, única fora da Rússia, que vem nos ensinar a técnica mais aprimorada do mundo.
É Joinville tradição. É  a Festa das Flores, vitrine das mais belas e raras orquídeas e plantas, cultivadas há mais de 60 anos com muito amor, esmero e cuidado pela Associação Joinvilense de Amadores de Orquídeas.
É Joinville festeira. Principalmente em outubro,  quando entra no roteiro das festas de Santa Catarina, alegrando joinvilenses e turistas com muito chope, comidas típicas e bailes que vão até o amanhecer. É a Fenachopp.
É a Joinville da Feira Têxtil, Expoverão, Expoinverno , Festa da Solidariedade, Intercon e Intermach,  que despertou para as grandes feiras e eventos.
É a Joinville que oferece uma das melhores e mais variadas redes hoteleiras do Sul do país.
Joinville é a saudade constante dos que a conhecem e saem daqui...
É a Joinville que recebe todos de braços abertos, onde as mais diferentes etnias e culturas convivem pacificamente.
É a Joinville do amor ao trabalho
E das grandes oportunidades.
É a maior cidade do Estado, que se torna pequena diante da amizade, solidariedade e do charme de “cidade do interior”.
Joinville não é só a alta tecnologia dos parques industriais mais modernos e competentes do mundo, mas é também o empresário responsável, que investe pesado em recursos humanos e nas mais belas recreativas do Estado.
É a Joinville dos boêmios, onde os que gostam da noite têm várias opções de bares,restaurantes, shows, bons espetáculos e boates. Liberados de um dia de trabalho, é onde se reúnem para discutir o indiscutível... jogar conversa fora... passar horas e horas filosofando...  inspirados  pelo melhor chope do mundo... considerado o chope dos deuses para uns e o chope dos anjos para outros.
É a Joinville da saudade... Mestre Bera, que com  seu imortal e inesquecível  “choro” nos faz rir e chorar.
É a Joinville do bombeiro voluntário, que é operário, escriturário, médico, solidário a quem está passando por um momento difícil.
É a “happy-hour” diferente que a sinfonia dos pássaros nos oferece num dia ensolarado de setembro, outubro e novembro, quando lírios, ipês amarelos e boganvilles dão um colorido todo especial à nossa cidade, nos emocionando e encantando.
Joinville é a confraria antiga que se reúne às segundas, terças, quartas, quintas e sextas-feiras, sempre dos mesmos companheiros, sempre solidários.
É a Joinville dos grupos de voluntários, que têm nos seus líderes uma grande dedicação, que poderiam se chamar: “amor maior”.
É a Joinville da “schwarzsauer” (sopa preta”), do “einsbein”(joelho de porco), do chucrute com salsicha, do marreco recheado com repolho roxo e de tantas outras iguarias que nos deixam com água na boca. São as sociedades e clubes da  cidade e interior, com seus tradicionais bailes, festas e jantares típicos.
É a Joinville da famosa “República Independente do Itaum”, do Mirante do Boa Vista, dos Estados Unidos do Iririú, dos Atiradores, do cuba do Bucarein e tantos outros lugares tradicionais.
É a Joinville dos cantos, encantos e recantos do Piraí, Quiriri, Estrada do Pico, Vila Nova e Pirabeiraba, onde montanhas, rios, corredeiras, cascatas, casas de enxaimel com lindos e bem cuidados jardins são os astros e estrelas de um show que nunca se acaba.
A Joinville da gente que vem de fora, mas se acultura e vai ficando...
É a Joinville das casas com  cortina e floreiras nas janelas.
É a Joinville que povoa nossa infância, transformando os contos de fadas de príncipes e princesas em realidade próxima...
É a Joinville dos ciclistas se acotovelando nas saídas das fábricas.
É a “Cidade das Bicicletas”.
“Cidade das Flores”, continua cuidadosa com as suas casas, os seus jardins, fazendo de Joinville uma cidade muito especial, colorida e perfumada
É a Joinville que serve de porta de entrada para Santa Catarina. Uma das mais belas e acolhedoras portas...
É a cidade que tem garra...
Alma...
Força cultural...
É a Joinville emoção.
É a Joinville das “Joinvilles,”
Dos museus,
Da chuva constante
E pontos turísticos,
Da baía de Babitonga e  dos barcos “Príncipe de Joinville”, I,II e III.
Que de tantas caras
E contrastes
É a única no mundo,
É a Joinville das “Joinvilles”.
Onde só falta você.

Véra Regina Friederichs
Texto escrito na  Assessoria de Imprensa da Secretaria de Turismo de Joinville nos anos 80
Bons tempos aqueles... Que saudade!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo III

Amigos e irmãos do Lar Espírta Francisco de Assis,

 “Houve tempos em que precisei chorar,
E vocês me consolaram.
Houve tempos, em que eu sorri.
E vocês sorriram comigo.
Houve tempos, em que briguei e questionei,
E vocês me apoiaram.
Houve tempos em que eu sonhei, lutei,
acreditei e vivi intensamente muitas emoções,
E vocês, com a sua amizade verdadeira, estiveram ao meu lado, enfrentando todos os obstáculos, acreditando em mim e em meus ideais.
Houve tempos em que me senti sozinha,
mas vocês como um presente maravilhoso de Deus, surgiram em minha vida, com seu jeito especial e sua amizade verdadeira,
E hoje não estou mais só, porque tenho a companhia de vocês."
(Hélio Marcos)


Queridos amigos

A vida nos dá presentes maravilhosos. Entre estes, um dos mais surpreendentes é a  amizade. Que o espírito de amor, solidariedade, paz e fraternidade deste dia tornem a nossa amizade cada vez mais estreita e estejam sempre presentes no seu dia-a-dia, transformando todos os seus sonhos, metas e aspirações em constante sucesso, prosperidade, paz , amor e alegria. E que Deus continue  iluminando-os.


Abraços

Véra

Dia do Amigo II

Procura-se um amigo

Não precisa ser mulher, basta ser humano.
Basta ter sentimento, e ter coração.
Precisa saber falar, calar, sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, do sol e da lua.
Dos cantos do vento e das canções da brisa.
Deve guardar os segredos, sem se sacrificar.
Não é preciso que seja puro
Nem que seja de todo impuro,
Mas não deve ser vulgar.
Deve ter ideal e medo de perdê-lo, e se isso acontecer,
Deve sentir o grande vácuo que isto deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas.
Seu principal objetivo deve ser o seu amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve ser o D. Quixote, sem, contudo desprezar Sancho.
Deve gostar de crianças.
Procura-se um amigo que saiba conversar de coisas simples,
De orvalhos, de grandes chuvas e de recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de pessoas, de chuva e de caminho molhado de beira de estrada. Do mato depois das chuvas e do mar.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver.
Não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de um amigo, para se ter consciência de que ainda se vive.

Edson, Maria, Roni e amigos do Centro de Convivência do Sandra Regina

Quem  encontrou vocês, não precisa mais procurar, porque já sabe que tem um amigo. No verdadeiro sentido da palavra. Que a amizade de vocês continue sendo tão grandiosa e tão linda. Que Deus ilumine os seus caminhos e que vocês sejam cada vez mais felizes. Estou torcendo muito para que os novos  desafios dêem certo. Sucesso e prosperidade. Com carinho
Da  amiga
Véra

Dia do Amigo I

O que um amigo pode

Eu não posso acabar com todos os seus problemas, dúvidas ou medos, mas eu posso ouvir você e juntos podemos procurar soluções.
Eu não posso apagar as mágoas e as dores do seu passado, nem posso decidir qual será o seu futuro, mas no presente eu posso estar com você, se precisar de mim.
Eu não posso impedir que você leve tombos, mas posso oferecer minha mão para você agarrar e levantar-se.
Suas alegrias, triunfos, sucessos e felicidades não me pertencem, mas seus risos e sorrisos fazem parte dos meus maiores bens.
Não é da minha alçada tomar decisões por você, nem posso julgar as decisões que você toma, mas eu posso apoiar, encorajar e ajudar se me pedir.
Eu não posso traçar ou impor-lhe limites, mas posso apontar-lhe caminhos alternativos, procurar com você medidas de crescimento, formas de encontrar-se, meios de ser você mesmo sem medo de rejeição.
Eu não posso salvar o seu coração de ser partido pela dor, pela mágoa, perda ou tristeza, mas posso chorar com você e ajudá-lo a juntar os pedaços.
Eu não posso dizer quem você é ou como deveria ser: eu só posso amar você e ser seu amigo!

Autor desconhecido

Queridos amigos,

Sou muito feliz por contar com a sua amizade. Que Deus proteja vocês e os ilumine, dando-lhes paz, saúde e alegria.  Abraços e muitas felicidades pelo dia de hoje e sempre

terça-feira, 19 de julho de 2011

Reacionários e Vanguardeiros

O velho hábito de dividir as pessoas politicamente entre esquerda e direita está ultrapassado. A classificação mais correta, além de útil em termos de análise da realidade, deve ser: reacionários ou vanguardeiros. Enquanto um reage às mudanças, tolhe iniciativas, bloqueia avanços, o outro as acolhe, incentiva, promove. O que difere um do outro é o medo do novo.
A história comprova que mudanças são sempre difíceis, pois o homem, por instinto de preservação, prefere o conforto daquilo que é conhecido ao desconforto representado pelo desconhecido. Mas, ao fim e ao cabo, elas acontecem, inexoravelmente. Pode-se reagir e tentar diminuir sua velocidade ou compreendê-las e dar um passo à frente.
O novo incomoda sempre, seja nas artes, na política, na economia, na ciência ou nos costumes.
No fim do século XIX, houve manifestações contra a pasteurização, que livraria o leite de micróbios e bactérias. Nas décadas de 1940 e 1950, consumidores norte-americanos protestaram contra a fluoretação da água, maior arma conhecida no combate às cáries.
Oswaldo Cruz foi o responsável pela primeira grande campanha de vacinação no Brasil, em 1904. A iniciativa acabou em pancadaria, deixando um saldo de 23 mortos e 67 feridos no episódio conhecido como a Revolta da Vacina (!!).
Nos primórdios da Revolução Industrial, a Inglaterra substituiu as rocas de fiar pelos teares mecânicos. Em 1813 já havia 2.000 teares a vapor em funcionamento e, vinte anos depois, esse parque industrial já era cinqüenta vezes maior. As reações vieram em forma de ataques às fábricas e destruição dos teares.
Mas se há tantos exemplos de reacionarismo, há uma pletora de outros de vanguardismo.
Em 1882, o escritor, filósofo, filólogo e historiador francês Ernest Renan profetizou: “As nações não são eternas; elas começaram, elas terminarão. A Confederação Européia, provavelmente, as substituirá”. Um vanguardeiro que anteviu o futuro com precisão cirúrgica! Já imaginaram a dificuldade de aceitar a mudança da sua moeda? Da sua bandeira? Do seu hino nacional? Foram necessários 110 anos, mas, em 1992, o Tratado de Maastricht estabelecia a União Européia, cuja moeda é cada mais referência negocial, cuja bandeira é cada vez mais apreciada e cujo hino, a Ode à Alegria, de Beethoven, que conclama à fraternidade universal, é cada vez mais executado.
Aldous Huxley, o admirável autor do profético “Admirável Mundo Novo”, sintetiza o reacionarismo com maestria: “Toda mudança ameaça a estabilidade. É outra razão porque relutamos tanto em por em prática novas invenções. Toda descoberta e ciência pura são potencialmente subversivas”. (!!!)
O que caracteriza a distinção entre mudar e manter é que as pessoas beneficiárias pelas mudanças, inconscientes dos seus benefícios, são desarticuladas na sua defesa, enquanto as pessoas afetadas pelo “perigo” mudancista defendem, com, unhas e dentes, o status quo.
Essa reação em cadeia torna-se tão articulada, maciça e violenta que se transforma em verdade repressora. Ao longo da história da humanidade, essa “verdade” impôs a Sócrates a cicuta, à Joana D´Arc a fogueira, a Tiradentes a forca, ao nosso Barão de Batovi o fuzilamento.
Envenenados, queimados vivos, enforcados ou fuzilados, os arautos da mudança acabam triunfando com seus exemplos.

LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA- Senador

O Livro dos Espíritos

O Livro dos Espíritos surgiu em 18 de abril de 1857, representando um verdadeiro marco de luz que anunciava o início de uma nova era: a Era do Espírito.
Nele se cumpre a promessa do Consolador, anunciado por Jesus.
Até esta data, identificamos um espiritualismo com bases superficiais. Desde então, vivemos um espiritualismo científico, baseado nas leis da natureza, à luz da lógica, que tem poder de renovação do ser humano.
Como nos esclarece o professor Herculano Pires, quando o mundo se preparava para sair do caos das civilizações primitivas, apareceu Moisés, e de suas mãos surgiu a primeira revelação; mais tarde, quando a influência bíblica já havia modelado um povo e quando esse povo já se dispersava pelo mundo, espalhando a nova lei, apareceu Jesus, e de suas palavras e exemplos surgiu o Evangelho, a segunda revelação.
Assim como na Bíblia já se anunciava o Evangelho, também aparecia um novo código, o Espírito da Verdade; e o novo código surgiu pelas mãos de Allan Kardec, sob orientação do Espírito da Verdade, no momento exato em que o mundo se preparava para entrar numa fase superior do seu desenvolvimento.
O Evangelho é a codificação que brilha no centro das três revelações, tendo na figura do Cristo o sol que ilumina as duas outras e lança a sua luz sobre o passado e o futuro.
O Livro dos Espíritos se divide em quatro livros:

Livro primeiro – que se refere a Deus, à criação e aos elementos gerais do universo.

Livro segundo – fala sobre os espíritos, as reencarnações, “as existências”, a vida espírita, a emancipação da alma e assuntos semelhantes.

Livro terceiro – aborda as leis morais.

Livro quarto – focaliza o tema esperanças e consolações.

Codificação Espírita

“O  Livro dos Espíritos”  - 1857
“O Livro dos Médiuns” – 1861
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” – 1864
“O Céu e o Inferno” – 1865
“A Gênese” – 1868

Ao analisarmos a codificação espírita – que é composta por cinco livros (Pentateuco Kardequiano), concluímos que “O Livro dos Espíritos” é a espinha dorsal do Espiritismo. Nele se encerra toda a doutrina, e nos demais temos esclarecimentos, elucidações, lições complementares que facilitam a compreensão.
Há uma análise do professor Herculano Pires, demonstrando que todos os livros da codificação podem ser identificados em “O Livro dos Espíritos”:

“Assim como na Bíblia há o núcleo central do Pentateuco, e no Evangelho o do ensino moral do Cristo, em “O Livro dos Espíritos”, podemos encontrar uma parte que se refere a ele mesmo, ao seu próprio conteúdo: é o constante dos Livros I e II, até o capítulo V. Esse núcleo representa, dentro da esquematização geral da codificação, que encontramos no livro, a parte que a ele corresponde. Quanto aos demais, verificamos o seguinte:

1º) O Livro dos Médiuns trata especialmente da parte experimental da doutrina, tem a sua fonte no Livro II de O Livro dos Espíritos,  a partir do capítulo 6º até o final. Toda a matéria contida nesta parte é reorganizada e ampliada principalmente a que se refere ao capítulo 9º: Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo. Aborda os espíritos, as reencarnações, ‘as existências’, a vida espírita, a emancipação da alma e assuntos semelhantes.

2º) O Evangelho Segundo o Espiritismo é uma decorrência natural do Livro III, em que são estudadas as leis morais, tratando-se especialmente da aplicação dos princípios da moral evangélica, bem como dos problemas religiosos da prece e da prática da caridade. Nesta parte o leitor encontrará, inclusive, as primeiras formas de Instruções dos Espíritos, comuns àquele livro (O Livro dos Espíritos), com a transcrição de comunicações por extenso e assinadas, sobre questões evangélicas.

3º) O Céu e o Inferno decorre do livro IV, Esperanças e Consolações, em que são estudados os problemas referentes às penas e aos gozos terrenos e futuros, inclusive com a discussão do dogma das penas eternas e a análise de outros dogmas, como  o da ressurreição da carne  os do paraíso, inferno e purgatório.

4º) A Gênese, os milagres e as predições, relaciona-se aos capítulos II, III e IV do Livro I, e capítulos IX, X e XI do Livro II, assim como as  partes do capítulo III que tratam dos problemas genésicos e da evolução física da Terra. Por seu sentido amplo, que abrange ao mesmo tempo as questões de formação e do desenvolvimento do globo terreno e as referentes a passagens evangélicas e das escrituras, esse livro da Codificação se ramifica de maneira mais difusa que os outros, na estrutura da obra-mãe.

5º) Os pequenos livros introdutórios ao estudo da doutrina, O Principiante Espírita e O que é o Espiritismo, que não se incluem na Codificação, também estão diretamente relacionados  com O Livro dos Espíritos, decorrendo da Introdução e dos Prolegômenos.

A Codificação se apresenta, pois, como um todo homogêneo e consequente. “À luz desse estudo, caem por terra as tentativas de separar um ou outro livro do bloco da Codificação, como possível expressão de uma forma diferente de pensamento.”

Sendo, portanto, O Livro dos Espíritos, um livro básico, deve ser lido, estudado, meditado e relido constantemente. Deve estar sempre à nossa vista, como fonte de consulta permanente.

sábado, 16 de julho de 2011

Festas Juninas e Julinas II

Quando crescer, quero ter 60 anos...


Mal acabou uma das festas juninas no Arraial dos Machado, já começou outra. Eta gente festeira, sô. A Mari, o Iveraldo, a Mara Rúbia, o Jr. e o Gabriel abriram as portas da sua casa e do seu coração para eu receber os  amigos de Joinville, em comemoração aos meus 60 anos. Para aquecer a noite gelada, macarronada, queijo, muito vinho, muita conversa cabeça e também jogada fora e muitas risadas. Mais parecia uma festa italiana, mas era junina mesmo. Desta vez não foi a caráter. Foi preciso muita roupa quente e até chapéus.
Para quem estava longe de Joinville há quatro anos como eu, foi uma festa e tanto. Regada a muito amor, amizade, carinho, alegria e descontração. Assim como o Iveraldo também tive o meu momento de glória e de energização com a Dança Circular, ao som de "Gracias a la vita", com Violeta Parra. A escolha foi da Mara Rúbia, justificando que a música tem a minha cara.
Ter 60 anos muda muito a nossa vida. É o começo de um ciclo, que chamo de segunda maioridade. As limitações físicas vão aumentando e temos que aceitar esta condição, para não ficarmos amargas e rabugentas.
Em compensação não esperamos mais em filas, pagamos meia entrada em cinemas, espetáculos, shows, teatro etc. Os anos nos trazem também sabedoria, calma, tranquilidade, paz interior, tolerância e se soubermos levar, podemos dizer que estamos não só na melhor idade, mas também na mais feliz. Aprendemos a nos amar, nos respeitar e perdoar, para depois termos a mesma atitude com os outros. Fazemos só o que queremos e gostamos e vamos ficando cada vez mais seletivas e exigentes. Não é egoísmo. É a nossa valorização e também do nosso tempo. Eu estou sozinha por opção, morando no lugar que quero e me divertindo a valer. Estou feliz. A cada dia agradeço pela dádiva da vida e o importante é dar um passo de cada vez, ou seja, viver o presente da melhor  maneira possível.
Agradeço aos Machado pela acolhida e pela gentil recepção. Aos meus amigos também o muito obrigada por irem me abraçar. À minha família e aos amigos que estão a 700 km de distância os meu agradecimentos por terem lembrado de uma data tão especial. À Silviane também agradeço e lamento que não pôde ficar para a festança, nem para as fotos. Quem manda ser poderosa...

Texto:Véra Regina Friederichs
Fotos: Os Machados























Festas Juninas e Julinas I

Origem da Festa Junina 

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
 Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.  




Festas Juninas no Nordeste 

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas. 

Comidas típicas 
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais. 




Tradições 


As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

Fonte: Sua Pesquisa.com



O Arraial dos Machado




Super animada a festa que comemorou os 41 anos de Iveraldo Carlos Machado, na rua Ágata, bairro Saguaçu em Joinville com muitos convidados vestidos a caráter, dança da quadrilha e dança circular. O ambiente bem caracterizado e descontraído criou o clima de brincadeiras entre compadres, comadres, crianças e jovens. O título de Caipira mais Bonita foi conquistado pela bela e meiga Helena. A clã dos Machado reuniu também muitos amigos. O artista plástico Moa marcou presença. Disse que sua vida está dividida entre Porto Alegre e Joinville. Moa está muito feliz porque um dos seus trabalhos faz parte do Festival de Dança de Joinville, que começa na semana que vem. Iveraldo Carlos Jr. homenageou o pai com um texto, resgatando os acontecimentos da época em que ele nasceu, relacionando-os com as suas qualidades. A leitura da homenagem emocionou a todos.


























Texto: Véra Regina Friederichs

Fotos: Iveraldo, Mara Rúbia e Júnior (Os Machado)