terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Eco da Phoenix

As mitologias grega, egípcia e oriental têm explicações diferentes para o mito da Phoenix. Os gregos contam que é uma ave muito rara, de plumagem avermelhada e brilhante que vive cerca de 500 anos e quando pressente que a sua morte está próxima, se isola e prepara um ninho com plantas e óleos aromáticos em uma árvore muito alta, ateia fogo e se joga. Das suas cinzas, depois de resfriadas, nasce um ovo, gerando uma ave muito mais bonita e mais forte.
Para os egípcios, a Fênix (aportuguesado mesmo), é uma divindade representada pelo Deus Sol, Rá, que morre a cada anoitecer e nasce a cada manhã. O Deus Rá jura que enquanto houver esperança no mundo, o ser humano terá a certeza de renovação como o exemplo da natureza, que renasce todos os dias.
Os orientais acreditam que a Fênix é uma ave que tem as cores do arco-íris e também está ligada ao renascimento.  É chamada de “Ave do Paraíso”.
A minha amiga Iara, de Joinville, que conheço há uns 20 anos, acompanhou parte da minha vida em SC e me chama de Phoenix, escrito assim mesmo. Este título, que eu considero um privilégio,  me foi concedido depois dos últimos acontecimentos que desencadearam na minha doença em 2007 e na minha recuperação. Para eu fazer jus ao carinhoso “apelido”, estou juntando os meus cacos e preparando uma grande fogueira, onde vou jogar tudo o que passou, para renascer mais forte e melhor.
O eco da Phoenix é também o reflexo do que pensamos e sentimos, com a resposta do Universo aos nossos anseios, desejos, sonhos, metas... Mesmo se levar nove meses e durante este tempo, como num parto, tenha que me preparar para receber as coisas boas e o merecimento pela minha semeadura. É a lei de ação e reação. O Universo conspira a nosso favor. Não tem erro.
Está na hora de eu parar de me sentir a coitadinha, a vítima, a que perdeu tudo e olhar para frente. Estou me reconstruindo, a partir da grande fogueira no alto da minha árvore. Vou caminhar com a Kika (minha cachorrinha e companheira)  e fechar a boca. É um bom começo.

Véra Regina Friederichs
08/10/2009

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