Tudo começou com uma ligação, que a Rosana (Rô) recebeu quando veio junto com a Mari passar um fim-de-semana na minha casa em Ubatuba, São Francisco do Sul. À provocação de um amigo com a pergunta: o que fazer na praia fora de temporada, a Rosana indignou-se e respondeu:
- Como? Não sabe o que fazer na praia? Saiba que estou muito bem acompanhada. Somos três poderosas. A terceira era eu, que caí na risada, mas ela continuou:
Lindas, maravilhosas, independentes, bem-resolvidas financeiramente, inteligentes, cultas, viajadas, líderes, com presença de palco e a lista de adjetivos não acabava mais.
A pobre da criatura que estava do outro lado, com certeza, não aguentava mais. E nem eu. Desde que conheço a Rô (faz bem uns 20 anos), nunca a vi ter um ataque destes.
Mas ela continuava:
Que perda de tempo, que nada. Estamos aqui num "papo cabeça". Uma é jornalista e escritora, a outra já foi candidata a vereadora e presidente da Associação dos Servidores Públicos. Aqui tem café no bule.
A Mari dormia no quarto e eu, ao lado da Rô na sala, me matava de rir. Quanto mais eu ria, mais ela cozinhava o galo (tradução: lhe dava um cansaço).
Quando a Mari acordou e contamos a história, rimos muito. Desde então, a Mari é a Poderosa 1, eu, a Poderosa 2 e a Rô, a Poderosa 3. Com toda esta farra nós só esquecemos de uma qualidade, que foi para baixo do tapete: a humildade (rs).
Véra Regina Friederichs
Véra Regina Friederichs
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