quinta-feira, 27 de junho de 2013

Não sei


Cora Coralina


Não sei 
Não sei se a vida é curta
Não sei, não sei
Se a vida é curta ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos têm sentido se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo.
É o que dá sentido à vida
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais.
Mas que seja intensa, verdadeira e pura
Enquanto durar.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Palestra em Joinville

Primeira pessoa com deficiência auditiva a alcançar título de doutor em linguística no Brasil fará palestra em Joinville

O professor, Deonísio Schmitt, natural de Florianópolis, estará em Joinville nesta sexta-feira, 28, para ministrar a palestra “A Cultura Surda”. O evento acontecerá no auditório do bloco F da Udesc, a partir das 13h.
Schmitt é a primeira pessoa com deficiência auditiva do país a alcançar o título de doutor em linguística. Aluno da primeira turma do curso de Pedagogia para surdos da América Latina, é atualmente professor do Centro de Educação a Distância da Udesc (CEAD.
O professor conta que enfrentou muitas barreiras no ensino fundamental, devido às dificuldades de aprendizagem da língua portuguesa por falta de intérprete em sala de aula. “Fui incluído numa turma de alunos ouvintes e só consegui adquirir conhecimento através da leitura labial”, afirma.
Schmitt também é coautor do Caderno Pedagógico de Língua Brasileira de Sinais para educação a distância da Udesc e do Caderno Introdução à Língua Brasileira de Sinais na modalidade a distância da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). 
Após a palestra, o professor fará parte da banca do trabalho de conclusão de curso da aluna Susana Huller, do curso de Licenciatura em Matemática, cujo título é “Aluno Surdo, Professor de Matemática e Intérprete de Libras: O Estudo de um Cenário da Cultura Surda”.

Ambos os eventos são abertos à comunidade.

Espiritismo e Política

Espiritismo e Política
A transformação íntima só se torna efetiva e verdadeira quando ela é irradiada para a coletividade em que estamos inseridos. O Espiritismo nos fala da realidade do espírito e do seu processo evolutivo, ensinando-nos que a felicidade é uma construção individual e coletiva. Ninguém conseguirá ser feliz com o seu entorno emitindo gritos de carências e lágrimas de dores. Ninguém será feliz sozinho ou rodeado de poucos.
O tema escolhido para esta exposição é um convite aberto para todos nós espíritas, para que possamos fazer uma reflexão corajosa sobre o nosso atual estágio de cidadania .
A questão não é deixar de fazer algo que esteja sendo feito, mas sim, analisarmos se não estamos deixando de fazer algo que já deveríamos estar fazendo.
A Título de Reflexão
Deve o espírita esforçar-se para cumprir os seus deveres de cidadão e exercer os seus direitos políticos? - A Doutrina Espírita conscientiza a criatura humana, levando-a a tornar-se um "homem de bem" no sentido global? - Que têm feito as Instituições Espíritas para favorecer o processo de conscientização sócio política dos seus frequentadores?
Em Torno do Conceito de Política
Algumas pessoas, no meio espírita, reagem de maneira negativa e, às vezes, até assustadas quando se fala em política, demonstrando desinformação e preconceito. Existe até um tabu de que Política entra em confronto com o zelo doutrinário. Na realidade a Política é bem mais abrangente e está presente em tudo que o homem realiza. Todos nós somos políticos.
Há mais de 2000 anos o filósofo grego Aristóteles escreveu que o homem é um "animal político" e não estava brincando. Estava dizendo uma coisa seriíssima, que permanece válida até hoje. Política é toda atividade que as pessoas praticam com o objetivo de influenciar os acontecimentos, o pensamento e, sobretudo as decisões da sociedade em que vivem. No quotidiano confirma-se a natureza política do homem, uma vez que a vida em comum e as formas de coexistência são ordenadas segundo os sistemas de governo e, nessas condições, querendo ou não participar, podendo ou não atuar na vida política, o homem recebe direta ou indiretamente os efeitos desses sistemas e paga pelas consequências.
Os líderes religiosos têm forte papel político. E mesmo nós, cidadãos comuns, fazemos política com muita frequência, mesmo não tendo consciência disso. No supermercado, quando falamos mal do governo, ou nas reuniões sociais, quando falamos mal ou bem do partido tal ou do ministro tal, estamos tentando fazer a cabeça dos outros, que por sua vez tentarão fazer a de outros. Ou seja, estamos contribuindo para formar a "opinião pública". Mesmo se o peso desses atos é pequeno, o fato é que, ao praticá-los, estamos participando do processo político.
O Evangelho apresenta, igualmente, a mais elevada fórmula de vida político-administrativa aos povos da Terra: O Reino do Amor. O Espiritismo em seus aspectos científico, filosófico e religioso tem muito a ver com a compreensão e organização da sociedade, a fim de que ela seja mais justa e amorosa e, através de seus adeptos, atue na realização do Reino de Jesus --- Reino da Verdade, do Amor e da Justiça --- sobre a face da Terra.
Um Ensaio Sobre Espiritismo e Política
"Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos e nesse princípio nos firmaremos". Deputado Dr. Adolfo Bezerra de Menezes
Reflexão
Haverá alguma relação entre Espiritismo e Política? Sobre o aspecto filosófico, o Espiritismo tem a ver e muito com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa. Consequentemente, o espírita não pode declinar da sua cidadania e deve vivenciá-la de forma consciente e responsável.
O Brasil sempre foi alvo de muitas esperanças. Falava-se em país do futuro, em berço da nova civilização e, nos meios espíritas, em "Coração do Mundo e Pátria do Evangelho." O grande problema é que nós, brasileiros nunca demonstramos grande empenho para alcançar concretamente esses títulos. Boa parte dos trabalhos de ciência política no Brasil trazem uma característica marcante: a constatação de que a sociedade brasileira é dependente do Estado e que não tem apego a valores como democracia, liberdade e igualdade. Não temos tradição de participação, de reivindicar nossos  direitos. A sociedade é uma das maiores responsáveis pelos males que a atingem. Somos um País que não se conscientizou de que depende da sociedade colaborar na resolução de muitos problemas dos quais o Estado não consegue dar conta.
- Manifestações
 O Brasil só vai poder dizer-se Pátria do Evangelho quando der os primeiros passos na construção de uma sociedade realmente democrática, justa e fraterna. Quando, enfim, nós brasileiros olharmos para a sociedade e percebermos que fazemos parte dela. Se uma pessoa está sofrendo, em um determinado local, todos sofremos, pois os problemas dela acabam nos atingindo de uma maneira ou de outra, seja por meio da violência ou dos mecanismos econômicos mais complexos.
 E o que tem a ver o Espiritismo com isso? O espírita tem em suas mãos instrumentos poderosos de participação (e de transformação) da sociedade: as federativas, os centros espíritas, as instituições específicas, os órgãos de comunicação. Podemos, no mínimo, auxiliar na mudança de mentalidade de seus adeptos.
Sabemos que Kardec recomendou aos centros que deixassem de lado as questões políticas. Mas essa afirmação significa que não devemos trazer para o centro espírita as campanhas e militâncias partidárias, pois o lugar para o seu exercício é nas agremiações e locais respectivos. Assim, jamais o Espiritismo, como Doutrina, e o Movimento Espírita, como prática, poderão dar guarida a um partido político  como por exemplo: Partido Social Espírita, Partido Espírita Cristão, etc.
As questões políticas decorrem dos próprios princípios do Espiritismo. A partir do momento em que se fala em reforma moral, em mudança de visão do mundo, em desapego dos bens materiais, prática da caridade, etc. fala-se sobre política. Principalmente, quando se fala em transformação da sociedade, como aparece a todo momento na Codificação (particularmente no capítulo final da Gênese), estamos falando de política. "Em que consiste a missão dos Espíritos Encarnados? - Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais". (Questão n º 573 de O Livro dos Espíritos).
 Qual o posicionamento de um espírita frente a questões como violência, menores abandonados, educação, desemprego, racismo, discriminação social. O que podemos fazer em nosso meio para combater esses problemas? Não adianta querer ser espírita no plano espiritual. Podemos e devemos estudar a moral espírita em sua teoria. Mas não há como fugir: a sua aplicação prática será, quer queiramos ou não, na realidade concreta, enfrentando esses problemas do cotidiano.
- Joaquim Barbosa candidato a Presidente da República
Segundo J. Herculano Pires, em “O Centro Espírita”,  "O Espiritismo se liga a todos os campos das atividades humanas, não para entranhar-se neles, mas para iluminá-los com as luzes do Espírito. Servir o mundo através de Deus é a sua função e não servir a Deus através do mundo (...)." Por tudo isso, devemos entender que são fundamentais o Espiritismo e a Política para a construção de Uma Nova Sociedade.
Como o espírita não deve atuar na Política:
1.   Levar a política partidária para dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Espírita;
2.   Utilizar-se de médiuns e dirigentes espíritas para apoiar políticos partidários a cargos eletivos aos Poderes Executivo e Legislativo;
3.   Catar votos para políticos que, às vezes, dão alguma "verbinha" para asilos, creches e hospitais, mas cuja conduta política não se afina com os princípios éticos ou morais do Espiritismo;
4.   Apoiar políticos que se dizem espíritas ou cristãos, mas aprovam as injustiças, as barganhas, a "politicagem" (usar a política partidária para interesses egoístas pessoais ou de grupos a que se ligam);
5.   Participar da política partidária apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida e de sua família, divorciado em sua militância político-partidária dos princípios e normas da Filosofia Espírita.
Como o espírita deve atuar na Política:
1.   O espírita pode e deve estudar e refletir sobre os princípios político-filosófico-espíritas no Centro Espírita, pois eles estão contidos em O Livro dos Espíritos, Parte Terceira, Das Leis Morais;
2.   Através da análise, do estudo e da reflexão das normas e princípios acima referidos, o espírita deve identificar o egoísmo, o orgulho e a injustiça nas instituições humanas, denunciando-as e agindo para que elas desapareçam da sociedade.
3.   Confrontar os fundamentos morais e objetivos do Espiritismo com os fundamentos morais e objetivos dos partidos políticos, verificando de forma coerente qual ou quais deve apoiar e até mesmo participar como membro atuante, se tiver vocação para tal, sabendo, no entanto, da responsabilidade que assume nesse campo, já que sua militância deve sempre estar voltada para o interesse do ser humano, em seus aspectos social e espiritual. Para isso, sua ação política deverá estar em harmonia com os valores éticos (morais) do Espiritismo que, em última análise, são fundamentalmente os mesmos do Cristianismo;
4.   Participar de organizações e movimentos que lutem pela Justiça, pelo Amor, pelo progresso intelectual, moral e físico das pessoas. Exemplos: clubes de serviços, sindicatos, associações de classe, diretórios acadêmicos, movimentos de respeito e defesa dos direitos humanos, etc.;
5.   Fazer do voto um elevado testemunho de amor ao próximo; Considerando que a sociedade humana é dirigida por políticos que saem das agremiações partidárias e suas influências podem ajudar ou atrasar a evolução intelecto-moral da humanidade, o voto, realmente, é uma forma de exprimir o amor ao próximo e à coletividade. Deve, pois, analisar se a conduta do candidato político-partidário tem maior ou menor relação com os princípios morais e políticos (aspecto filosófico) do Espiritismo;
6.   Participar conscientemente da ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do Espiritismo a plano secundário. Pelo contrário, o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão levá-lo à permanente participação, objetivando a aplicação concreta do Amor e da Justiça ao ser humano, seja individual ou coletivamente.
Conclusão
"E quem governa seja como quem serve". Jesus - (Lucas, 22:26) O advento da Nova Era passará, inevitavelmente, pela renovação política. Nada muda se os políticos não mudarem. "A força das coisas possibilita a mudança, mas não se construirá uma sociedade mais justa, mais livre, mais feliz, sem que cada família, cada grupo, cada cidade, cada nação elabore seu projeto e organize sua ação para chegar a essa sociedade melhor". (Questões nºs  860 e 1019 de O Livro dos Espíritos).
Cristo ensinou a paciência e a tolerância, mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordos com os erros que infelicitam o mundo. Em face dessa decisão foi à cruz e legou o último testemunho de não-violência, mas também de não-acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas.
Para o aprimoramento da sociedade deve-se trabalhar a fim de aumentar o número de pessoas esclarecidas, justas e amorosas de maneira que suas ações preponderem sobre a dos maus. Como diz J. Herculano Pires (O Reino. p.137) "O chamado de uma nova ordem social está clamando no coração do mundo. E o mundo não pode deixar de atendê-lo, porque é um imperativo do progresso terreno, uma lei maior do que as leis transitórias dos homens é a expressão da própria vontade de Deus".
Se, na realidade, o cristão ficasse apenas na fé, orando e contemplando o mundo à grande distância, sem participar do trabalho de transformação do homem e da sociedade, jamais a palavra do Cristo teria influência. “O verdadeiro cristão, o que tem o Evangelho dentro de si, e não apenas o que repete versículos e sentenças, não pode cruzar os braços dentro de um mundo arruinado e poluído pelos vícios, pela imoralidade e pelo egoísmo”.  (Questão nº 573 de O Livro dos Espíritos). Alterar essa estrutura social que fomenta o egoísmo em todos os grupos sociais é providência urgente.
Precisamos aproveitar a força das coisas, que está criando possibilidades de mudanças. Isso só pode ser feito, como diz Allan Kardec, combatendo todas essas causas, senão ao mesmo tempo, pelo menos por parte. Notemos a palavra por parte e não uma de cada vez. Ao interferirmos em um sistema, diz-nos a teoria que não podemos interferir para mudar, sem agir em uma série de coisas. Atuar em uma coisa de cada vez é inútil, pois o próprio sistema se defenderá eliminando o que o ameaça. No entanto, o caminho parece ser colocar novos princípios em prática nas famílias, instituições, escolas, igrejas, em todos os grupos sociais, de forma que muitos movimentos sociais comecem a demonstrar a viabilidade de novas soluções. (Questões nºs 791 a 793 e 797 de O Livro dos Espíritos).
- Passeatas
A polêmica idéia de que o Brasil está destinado a cumprir o papel de "Coração do Mundo e Pátria do Evangelho" sempre foi acompanhada de reflexões muito entusiastas. Se ele realmente tem uma missão histórica a realizar, então é preciso começar a pensar o Brasil de um ponto de vista mais realista. Só assim poderemos cumpri-la.
A grande questão é encontrar o elemento humano disposto à execução das mudanças. Quase todos os homens se atiram à conquista dos postos de autoridade e evidência, mas geralmente se encontram excessivamente interessados com as suas próprias vantagens no imediatismo do mundo.
 O grande desafio do espírita consciente é participar ativamente desse movimento de transformação social, alicerçado no conhecimento das Leis Morais contidas em O Livro dos Espíritos, buscando: - Politizar-se para escolher melhor; - Esclarecer amigos e familiares sobre o voto consciente; - Participar de grupos de ação comunitária, além do centro espírita; - Votar com amor, para eleger os mais moralizados.
Preponderar sobre os maus, como já vimos, é apenas uma questão de vontade. Foi a esta conclusão que chegou Martin Luther King (Os Grandes Líderes), ao afirmar: "Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não fazê-lo. Não posso ficar no meio de todas essas maldades sem tomar uma atitude." Toda a estrutura da Doutrina Social Espírita está calcada na Codificação e esta deve ser a base para a construção de Uma Nova Sociedade. Assim, a implantação da Política da Fraternidade deve ser para todo espírita consciente um ideal a ser atingido.
Ensaio elaborado a partir de transcrições do Livro O Espiritismo e a Política para a Nova Sociedade – Aylton Paiva - Lins. Casa dos Espíritas.
Outras obras consultadas:
  • Rumos para Uma Nova Sociedade – O Espiritismo e as Ciências Sociais – Autores Diversos - Edições USE.
  • Estudos de Filosofia Social Espírita – Ney Lobo – FEB
  • Alma e Luz – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – Instituto de Difusão Espírita.
  • Jornal Opinião E. de Maio de 1997 – Especial – Eduardo Fernandes.
  • O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
  • A Gênese – Allan Kardec.
  • Obras Póstumas – Allan Kardec.
  • O Reino – J. H. Pires/Irmão Saulo – São Paulo. Editora Edicel.
  • O Espiritismo e Os Problemas Humanos – D. Amorim & H. C.Miranda – São Paulo: Editora USE.
  • Caminho, Verdade e Vida – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – FEB.
  • Os Grandes Líderes – Martin Luther King - Nova Cultural.
  • Como Não Ser Enganado nas Eleições – Gilberto Dimenstein – Editora Ática.
  • Elementos da Engenharia Social – Décio Silva Barros – Editora do Escritor – SP.

Exposição feita na segunda-feira, 24 de junho, no Centro de Estudos Espíritas Allan Kardec, em Ubatuba, São Francisco do Sul, SC por Véra Regina Friederichs

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Idosos da Oficina de Dança realizam 1ª Semana Voluntária

Desde o momento em que tornou realidade, a Oficina de Dança do Centro de Convivência do Idoso vem mostrando as atividades desenvolvidas que contribuem no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social.
Neste sentido, a partir de um desejo pessoal dos idosos da oficina de dança, de fazer mais atividades em benefício de nossa comunidade, resolveu-se realizar do dia 24 a 28 de junho a 1ª Semana Voluntária, levando a Arte da Dança (Quadrilha, Paquera de Caipira e outras danças juninas) e lembrancinhas doadas pelos próprios idosos em alguns espaços de nossa comunidade, como: Lar dos Idosos, APAE, e Centros de Educação Infantil.
“Esta semana de voluntariado será uma experiência espontânea, alegre, prazerosa e gratificante. Os idosos voluntários doam suas energias e criatividade, mas ganham contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprendem coisas novas e têm a satisfação de se sentir úteis. O bem que cada um faz pode contribuir para a felicidade de alguém, o que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil, e assim, esta ação contribui no combate à indiferença, à discriminação e à exclusão social, fortalecendo a solidariedade e a cidadania, reforçando a integração de todos na sociedade”, ressaltam os educadores da oficina, Edison Sales e Maria Marli Kühl.
 Agenda da 1ª Semana Voluntária:
 - 24/06 (Segunda-feira) Visita ao Lar dos Idosos no Bairro Paulas
-  25/06 (Terça-feira) Visita ao CEMEI Sonho Feliz na Reta
- 26/06 (Quarta-feira) Visita à APAE no Bairro Acarai
- 27/06 (Quinta-feira) Visita ao CEMEI Pedacinho do Céu no Bairro Ubatuba
- 28/06 (Sexta-feira) Visita ao CEMEI Pantera Cor de Rosa no Bairro Iperoba

 Horários: 14:00h em todos as entidades.
Informações: Educadores Edison Sales/ Maria Marli Kühl – (47)9198-7776

 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifestações Políticas no Brasil

Quais foram as manifestações políticas que reuniram as maiores multidões no Brasil?
Esta é uma resposta difícil! A falta de critérios objetivos para avaliar o número de participantes em manifestações de rua, principalmente antes da década de 1960, torna bem arriscado fazer algum ranking sobre o assunto. Outro problema é que os números, quando existem, costumam ser manipulados por simpatizantes ou adversários de tais manifestações, uns tentando aumentá-los, outros diminuí-los. "É bem difícil estabelecer uma hierarquia de movimentos populares no Brasil, sem situá-los em suas conjunturas e compreendê-los em seus processos históricos", diz o historiador Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Assis (SP). Mesmo com todos esses poréns, é possível listar pelo menos cinco grandes manifestações populares que marcaram a história do Brasil.
Revolta da Vacina (1904)

Para combater epidemias no Rio de Janeiro, o sanitarista Osvaldo Cruz conseguiu que a vacinação contra a varíola virasse obrigatória. Em novembro de 1904, a população se revoltou contra a medida e milhares de pessoas protestaram nas ruas. Não há estimativas precisas do número de manifestantes.
Suicídio de Getúlio Vargas (1954)

Em meio a uma crise política, o presidente Getúlio Vargas se suicidou em agosto de 1954. Sua "carta-testamento", com críticas aos seus opositores, agravou o clima de comoção e revolta. Manifestações populares ocorreram em várias cidades nos dias seguintes. Algumas estimativas apontavam para até 3 milhões de pessoas nas ruas do país.
Marcha da Família e Marcha da Vitória (1964)

Em 19 de março de 1964, reuniram-se em São Paulo quase 500 mil pessoas na "Marcha da Família", um protesto contra o presidente João Goulart. Poucos dias depois ele foi deposto e, em 2 de abril, cerca de 1 milhão de pessoas participaram, no Rio, da "Marcha da Vitória" para saudar a queda de Goulart
Comícios das Diretas Já (1984)

Entre janeiro e abril de 1984, grandes comícios foram realizados no país pedindo a volta das eleições diretas para presidente, abolidas desde 1964. Os dois maiores foram em abril: na Candelária, no Rio, cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram no dia 10; no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, o número estimado chegou a 1,5 milhão, no dia 16.
Impeachment de Collor (1992)

Denúncias de corrupção que atingiam o presidente Fernando Collor pipocaram na imprensa em 1992. Passeatas ocorreram em vários Estados para exigir o impeachment de Collor, ou seja, seu afastamento da presidência. Uma das principais foi em São Paulo, no dia 18 de setembro, reunindo cerca de 750 mil pessoas.
Contra aumento nas tarifas de ônibus, trem, metrô, corrupção, gastos excessivos em estádios de futebol, pela qualidade dos serviços públicos, como saúde, educação, segurança, reformas política e tributária (2013)
Estão acontecendo em todo o Brasil e exterior.



quinta-feira, 13 de junho de 2013

O delegado e o roubo das rosas


Depois de homenagear as mulheres presentes à reunião do Rotary 500 Anos, com uma rosa, pela passagem do Dia Internacional da Mulher, na última semana, o delegado Ivan Brandt, percebeu que sobraram 14 botões.
De imediato, uma brilhante idéia lhe passou pela cabeça, que tratou logo de colocar em prática. Literalmente “roubou” as flores e saiu de fininho, praticamente sem ser percebido.
Nem mesmo Sherlock Holmes ou qualquer outro detetive do seu quilate poderia imaginar o destino das flores. Quem sabe, você, que está lendo esta crônica agora, dê  um palpite...
Onde um delegado que roubou 14 rosas, numa terça-feira, às 9 e meia da noite poderia levá-las?
Quem imagina que o trabalho do “Dr. Ivan”, como é conhecido carinhosamente em São Francisco do Sul, o “embruteceu”, está completamente enganado. Lidar com a violência e com pessoas que praticam atos que ferem outras pessoas ou dilapidam o patrimônio alheio, torna-o cada vez mais humano, gentil, sensível e carinhoso.
Querem um entre tantos exemplos? Voltemos então às rosas. O dr. Ivan esteve no Lar dos Idosos. Com medo que houvesse mais senhoras do que rosas, largou a cesta no portão e ia saindo do mesmo jeito que do Rotary. De fininho....
Mas não conseguiu o anonimato que pretendia. Surpreendido pelo segurança, a contragosto, teve que entrar. O coração acelerado, a adrenalina a mil, preocupado com o número de rosas e o número de senhoras.
Quando contou, tranqüilizou-se. Eram 14 rosas e 14 senhoras. A reação, os abraços, risos, lágrimas,  a  felicidade e a alegria que proporcionou a 14 senhoras ficam por conta da imaginação de cada um.
A minha me leva a viagens sem fim. Fico pensando em “Dona Maricota”, que já passou dos 80 anos e tem poucas lembranças boas para contar. Dos sonhos quase nem lembra. Um, porém, continuava vivo como o brilho dos seus olhos. Ela queria ganhar uma rosa.
Poderíamos aqui imaginar tantas e tantas histórias que misturam ficção e realidade. Só um delegado com coração de menino e com tanta sensibilidade poderia dar uma alegria deste tamanho a algumas pessoas que deram toda a sua vida, o seu amor, a sua dedicação a alguém e hoje convivem apenas com a solidão em um asilo.
Obrigada Dr. Ivan, por existir, por viver em São Francisco do Sul e por nos dar exemplos tão belos e tão simples. Como diz o meu amigo Gonzalez: “Não dá prá vê-lo como delegado. Você é um educador”.
Aproveitando o seu exemplo, deixo um desafio para mim mesma e para todos os leitores: “que tal uma visita ao asilo ou tentar ajudar alguém a ser mais feliz hoje?”

Véra Regina Friederichs


Texto publicado no Jornal Gazeta das Praias em Março de 2005
http://img2.blogblog.com/img/icon18_edit_allbkg.gif



Cirurgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é a saúde e outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é a dieta. Fé, só na estética. Ritual é a malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo e sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de policia. Celulite é falta de educação e Filho da Puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, imagem, estática, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber na roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
“CUIDE BEM DO SEU AMOR, SEJA ELE QUEM FOR.”

Herbert Vianna

Cantor e compositor

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Magia do Amor


Um executivo foi a uma palestra e ouviu um grande tribuno falar sobre o maior bem da vida que é a paz interior. Podemos tê-la em qualquer lugar, sozinhos ou acompanhados.
Pois o executivo resolveu fazer uma experiência. Pegou cinco belas flores e saiu com elas pela rua, em plena cidade de São Francisco, na Califórnia. Logo notou que as cabeças se viravam e os sorrisos se abriam para ele.
Chegou ao estacionamento e a funcionária do caixa elogiou o seu pequeno buquê. Ela quase caiu da cadeira quando ele lhe disse que podia escolher uma flor.
Segundos depois ele se aproximou de outra mulher, que não assistira à cena anterior, e ela falou do perfume que ele trazia ao ambiente. Ele lhe ofereceu uma flor.
Espantada e feliz com o inesperado, saiu dali quase a flutuar, afinal, quem distribui flores perfumadas numa garagem pública quase deserta, num domingo, perto das vinte e duas horas?
Completamente embriagado pela magia daqueles momentos, ele entrou num restaurante. Uma garçonete, com ar de preocupação, foi atendê-lo. Ele percebeu que as flores mexeram com ela.
Como se sentia com poderes especiais para fazer os outros felizes, depois das duas experiências anteriores, ele deu a ela uma flor e um botão por abrir e lhe disse que cuidasse bem dele, pois, ao desabrochar, lhe traria uma mensagem de amor.
Dias depois ele voltou ao restaurante. A garçonete sorriu para ele com ar de quem tinha encontrado a fórmula da felicidade e falou: A flor abriu. A mensagem era linda. Muito obrigada.
O executivo sorriu também. Sentia-se um mágico: com flores, amor no coração e uma mensagem positiva, inventada ao sabor do momento, produzia alegria. Tão simples que até parecia irreal.
Na manhã seguinte, ele precisava abrir um portão para passar com o carro. Surgida nem se sabe de onde, uma sorridente mulher desconhecida, que passava correndo, o abriu e fechou para ele, espontaneamente.
Ele compreendeu que havia uma harmonia universal ao seu dispor. Bastava que a buscasse. E passou a recomendar: Tente você também, desinteressadamente. Dá certo e a recompensa é doce!
*   *   *
Se você é daquelas pessoas que vive correndo, com pressa, pense um momento: Por que a pressa? Vai salvar o mundo?
Salve este momento vivendo-o com amor ao próximo e a si mesmo. Seja mensageiro da luz, distribuindo flores em vez de espinhos.
Pense em algo diferente, surpreendente que você possa fazer para melhorar o ambiente do seu lar, do seu local de trabalho.
Já pensou em colocar sua mesa mais perto da janela, para ser beijado pelo sol, enquanto você trabalha? Isso é amor a você mesmo.
Já pensou em levar flores para sua casa e as colocar na sala, perfumando o ambiente, alegrando a todos? Isso é amor ao próximo.
Um e outro nos dão felicidade. A felicidade desde agora, não mais tarde, amanhã ou depois da morte. A felicidade de nos sentir e fazer os outros felizes.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo A magia
amorosa de Divaldo Pereira Franco, de José Luiz Emerim