sábado, 25 de março de 2023

Amor de Amigo

      Amor de amigo é coisa engraçada!

     É diferente de amor de pai, de mãe, de irmão, de namorado...

     Amor de amigo é amor que completa a gente...

     Um amigo não precisa estar com a gente o tempo todo, porque amigo vence a distância.

     Amigo que é amigo mesmo pode até ter outros amigos, porque amigo nunca se acaba. Ele se multiplica.

     Tem amigo de tudo quanto é jeito: de infância, da escola, do bairro, da igreja, da faculdade, da academia, da praia, do supermercado, amigo de amigo...

     Tem amigo que a gente nem lembra de onde veio.

     E temos também as amigas e os amigos da Associação dos Aposentados, que merecem um espaço maior em nossas vidas e são uma grande alegria, que finalmente volta às quartas-feiras, trazendo de volta os nossos abraços, as nossas conversas, os jogos, os binguinhos, os nossos bingões, os cafés, os passeios, os bailinhos, as brincadeiras, o nosso ombro amigo na hora dos desabafos e das  confidências, a participação do nosso grupo em eventos, onde sempre nos destacamos pela alegria, união e entrosamento e as nossas festas de aniversário.

     Os encontros das quartas-feiras merecem um destaque especial, pelo que representam, fazendo, muita falta na nossa vida, durante as últimas férias.

     Sabemos que todos precisam de férias, mas sinceramente estas foram longas demais. Já estavam na hora de acabarem, porque estávamos com saudades de tudo.

     Graças a Deus, estamos voltando.

     E desejamos a todos que conquistem cada vez mais amigos.

     Porque amor de amigo não cansa de amar.


Pedro Bial e Véra Regina Friederichs

26/03/23 


quarta-feira, 22 de março de 2023

A dança alimenta a alma

     Palco do Cine Teatro X de Novembro.

     São Francisco do Sul.

     Abrem-se as cortinas.

     Cine Teatro Lotado.

     Um arrepio gelado percorre o meu corpo.

     As pernas tremem.

     A boca seca.

     Dá um frio na barriga.

     Um medo toma conta de mim.

     Antes de me recuperar do susto, a música começa a tocar.

     É bem conhecida. De antigamente.

     Lacinhos Cor-de-Rosa, com Celly Campello.

     Enquanto o cérebro processava tudo isso,as minhas amigas da terceira idade e eu já estávamos dançando.

     É incrível como a música nos leva a lugares e tempos bem diferentes de onde e quando estamos vivendo, nos transportando  em um túnel do tempo, como agora, voltando aos anos 60.

     Conferindo com o figurino, não restava  a menor dúvida: estávamos de saia rodada godê preta, com bolinhas cor-de-rosa e sapatilhas pretas, ambas com lacinhos cor-de-rosa.

    O cenário confirmava que o tema do espetáculo era "Os Anos 60".

     Enquanto dançãvamos, uma sensação maravilhosa me invadia eu flutuava, sem alcançar o chão, Pra quem dançava num palco lotado pela primeira vez, estava me sentindo uma Ana Botafogo. Nem queria saber se ela só dançva música clássica.

     A dança é minha, o momento é meu e ela vai dançar o que eu quiser.

     Voltando ao encantamento, senti o meu corposeparar da ala e sair em viagem até o teto do teatro, por cima da cabeça dos espectadores.

     Foi então, que descobri que enquanto quem canta seus males espanta, quem dança eleva a sua alma.

     No final, saiu tudo bem.

     A apresentação foi um sucesso e teve uma missão filantrópica: estávamos em ouubro, quando se realizava a Campanha Da Rede Feminina De Combate ao Câncer, para prevenir o Câncer de Útero e de Mama.