quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Nossas árvores - o resgate do sagrado


Plantar,
cuidar e
amar


As árvores oxigenam o ar e sustentam a terra da vida, na qual tudo se relaciona.
Guardam uma riqueza incalculável... Nos frutos, na medicina das flores, folhas, raízes e cascas...
Purificam o ar, estão ligadas às nascentes e às águas, ao ritmo das chuvas. Protegem o solo contra erosões e enchentes, abrigam e sustentam uma infinidade de seres, exalam vapor d´água reduzindo o aquecimento global e criam lugares de beleza que vitalizam, inspiram e curam as feridas da alma...
Por tudo isso, elas representam a regeneração da Terra.
Ficam todos convidados a amar, a plantar, a cuidar das árvores e a conhecer um caminho positivo de ação: a campanha "Vamos plantar 1.000.000 de árvores". Pequenas ações tornam-se muito grandes, quando realizadas por milhares de pessoas.
Plante a sua árvore e, depois, entre no site http://www.ummilhaodearvores.org.br/, registrando no contador o número de árvores plantadas, deixando um depoimento  e/ou enviando uma foto.
As árvores esperam, no amor, pelo nosso amor.

"Sou um só, mas ainda assim sou um,
Não posso fazer tudo,
mas posso fazer alguma coisa.
E, por não poder fazer tudo,
não me recusarei a fazer o pouco que posso."


Madre Teresa de Calcutá

Este calendário é uma realização: http://www.ummilhaodearvores.org.br/

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Velho e Idoso

Idoso é quem tem o privilégio de viver uma vida longa...
Velho é quem perdeu a jovialidade.

A idade causa degenerescência das células...
A velhice causa a degenerescência do Espírito.

Você é idoso quando sonha...
Você é velho quando apenas dorme.

Você é idoso quando ainda aprende...
Você é velho quando já não ensina.

Você é idoso  quando se exercita...
Você é velho quando somente descansa.

Você é idoso quando tem planos...
Você é velho quando só tem saudades.

Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa...
Para o velho a vida se acaba a cada noite que termina.

Para o idoso o dia de hoje é o primeiro do resto da vida...
Para os velhos todos os dias parecem o último de uma longa jornada.

Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs...
Para os velhos o calendário só tem ontens.

Que você, quando idoso,
Viva uma vida longa, mas que nunca fique velho.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Alameda Cultural

Juarez Machado
Artista plástico

Joinvilense por toda minha vida, e em qualquer lugar do mundo , percebo com a desagradável surpresa da cidadania traída a heresia que estão pretendendo fazer agora com um marco da nossa hitória, a Rua das Palmeiras.
No ano de 1976, convidado pela inteligente e culta administração da Prefeitura na época, com total apoio da população, juntos idealizamos o projeto de revitalização daquele espaço . Desenhei com precisão histórica, talento profissional e orgulho nacional a mais humana e democrática  rua do nosso país. Coloquei em escala de valor o Palácio dos Príncipes e suas nobres palmeiras imperiais, menosprezando poluidoras e barulhentas passagens de automóveis, mas permitindo acesso pleno aos veículos dos moradores, aos ciclistas e transeuntes visitantes. Projetei um gigantesco tapete verde transformando a estreita rua em ampla praça tanto sob o ponto de vista da rua dos Príncipes quanto do Museu Nacional da Imigração e Colonização.
É permitido pisar na rama, era o lema para ser praticado com liberdade pelas crianças em suas alegres brincadeiras, pelos adultos animados por serenatas musicais e espetáculos teatrais ao ar livre, pelos idosos em busca do sol, ar puro e boa conversa. Inspirei-me na distante, mas sempre presente infância em Joinville, quando deitávamos no úmido gramado para mirar o céu azul ou até mesmo seus tons de cinza entre as silhuetas rendadas ds folhas das árvores. Como hoje ainda é hábito no Cental Park, em Nova York; no Hyde Park, em Londres; La Grad Place, de Bruxelas, Piazza San Marco, de Veneza; ou os Jardins des Tuleries e Place de Tertes, em Paris.
Nesta semana, antes de retornar a Paris, onde resido e mantenho atelier, voltei à Alameda Brustlein. Com profunda tristeza e extrema indignação , registrei a degradação que todos já conhecem. Até intrusos canteiros lembrando obscuros túmulos fazem parte da atual paisagem.
A responsabilidade certamente  recai sobre o omisso poder público  e boa parte da população, no que diz respeito à sujeira, à falta de segurança, à desordenada invasão, à ausência de senso de urbanidade, estética, mobilidade urbana e qualidade de vida. Ainda sinto orgulho e quero  o melhor para minha e nossa Joinville. A Rua das Palmeiras não é apenas via igual às outras, estacionamento depredador ou esconderijo de desocupados. Deve e pode ser ponto de encontro do consciente cidadão, com muitas lojas promovendo e comercializando os bons produtos catarinenses . Lojas equipadas com obras de arte, réplicas das peças dos museus, gravuras de artistas, múltiplos de design e esculturas, muitos livros, discos e feiras de artesanato de qualidade. Grife custa caro.
Devo confessar um segredo. Minha vida é viajar pelo mundo e dentro da minha mala carrego sempre uma bandeira de Joinville que penduro no quarto dos hotéis.

Jornal Notícias do Dia, 23 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Introdução

O Porquê do Desenvolvimento Comportamental

Antonio Roberto Soares
Psicólogo


As pessoas estão, de uma maneira geral, insatisfeitas em maior ou menor grau e em frustração com a vida que têm levado, e possuem pouca habilidade para transformar a sua vida em algo mais significativo e mais expressivo. Temos percebido, cada vez mais, uma onda crescente de frustração invadindo as pessoas. De uma maneira especial, elas se queixam de sua maneira de viver, do seu corre-corre diário, do vazio que sentem, do tédio que as acomete. Ainda quando grandes esforços são feitos para parecerem felizes, as pessoas não conseguem esconder um grau excessivo de tensões, de fadiga, de cansaço e de ansiedade. Já não escondemos as nossas angústias, nossas depressões, nossas ansiedades, nossos problemas conjugais, nossos problemas de relacionamento afetivo e nossos problemas profissionais. Isto significa que começamos a não aceitar, como natural, este estado crônico de desgaste, começamos a não achar  natural todo esse processo avassalador do nosso interior. Cada vez mais, um número maior de pessoas começa a entender a necessidade de alguma mudança que permita uma vida mais satisfatória e mais significativa. Se, por um lado, nossa época é, caracterizadamente, uma era de ansiedade, de pressa, e corre-corre, por outro lado, é também uma época em que as pessoas estão tomando  consciência de quanto lhes é penoso viver desta forma. Muitas são as perguntas que, mais cedo ou mais tarde, formulamos a nós mesmos: Será que vale a pena? Será que o preço que estamos pagando vale realmente o que recebemos em troca? Será essa a melhor forma de viver? O que há de errado comigo? Serei somente eu que estou passando por estes problemas?

De qualquer forma, tudo isso acontece ao homem moderno em decorrência de uma grave crise que atravessa o mundo de hoje. Somente os cegos não veem acontecer nas suas vidas os sintomas claros daquilo que o americano Alvin Toffler chamou de Choque do Futuro. Nunca, em época alguma, o mundo passou por transformações tão rápidas e tão profundas.
Há uma impetuosa corrente de mudanças, uma corrente atual tão poderosa, que desagrega as instituições, sacode e altera os nossos valores básicos e faz secar as nossas raízes, os nossos fundamentos. A aceleração da mudança no mundo, em nossa época, é uma força elementar, é uma força fundamental – o nosso mundo se baseia num violento processo de mudança. E esse impulso de aceleração, em todos os lugares e de todas as formas, oferece evidentemente conseqüências organizacionais, sociológicas e, sobretudo, consequências psicológicas.

Os problemas energéticos hoje emergentes, a devastação dos recursos naturais não renováveis, são apenas sintomas de uma devastação de outra energia, que é a energia humana. Nós também estamos diante de um processo de escassez de energia  humana, dado o corre-corre, o estresse, a estafa, as contradições internas, os conflitos íntimos. Talvez mais sério do que a crise  energética, da falta de energia em termos de petróleo e combustível, seja o fato de que estamos chegando ao limite de um processo de utilização da energia humana. A sociedade tecnológica de um lado, desviculada dos valores naturais, começa evidentemente a se esvair, tais os reclames de toda ordem e de todas as partes. Sentimos uma grande transformação acontecendo no Mundo. Todavia, quando falamos em crise mundial, enchemo-nos de um profundo sentimento de esperança.

O desabrochar de uma nova era é prenunciado por todos os lados. Nunca se falou tanto em defesa e preservação da natureza. Os processos místicos e religiosos aumentam em número cada vez maior. A procura do desenvolvimento psicológico, das mudanças de vida, nos é mostrada através do número crescente daqueles que procuram os consultórios de psicólogos e psiquiatras e os cursos de crescimento pessoal. Pelo mundo afora, é cada vez maior a criação de comunidades auto-sustentadas por uma filosofia básica de contato com a natureza. As pesquisas e revistas parapsicológicas, os programas de televisão sobre assuntos místicos e fenômenos paranormais, tratando de como viver melhor, são inúmeros.

Tudo isso atesta, por um lado, a necessidade que já sentimos do desenvolvimento da nossa potencialidade e, por outro, o desabrochar de uma nova era, mis voltada para os aspectos humanos. À semelhança da semente que morre antes de nascer, no meio da confusão econômica e social do mundo de hoje, no meio de um mundo onde o homem se transformou em escravo do que criou, nós vislumbramos já os primeiros reflexos de uma era mis humanizada, mais livre, mais voltada para a espontaneidade e a naturalidade.

Nossos filhos já atestam uma nova percepção da vida e do mundo. Já são mais adaptáveis e revelam maior individualidade. Eles, provavelmente, questionarão mais o funcionamento do sistema social do eu nós fizemos antes. Naturalmente, eles desejarão ter dinheiro e trabalharão para obtê-lo, mas a não ser em condições de extrema privação, deverão resistir à idéia de trabalhar só pelo dinheiro e resistirão a entregar sua vida em troca de sucesso, de prestígio e do status. Acima de tudo, é provável que desejem atingir o equilíbrio em sua vida. Equilíbrio entre o trabalho e o divertimento, entre a produção e o consumo, entre o trabalho intelectual e o trabalho manual, entre a ciência e a religião, entre a vida social e a vida pessoal, entre o avanço tecnológico e o desenvolvimento dos valores naturais, até mesmo entre seus pensamentos e seus sentimentos.

Sentimos o Mundo à beira de um fato histórico nos últimos momentos da evolução industrial e do nascimento da revolução humana. Contudo, as pessoas não percebem esse processo, os apelos para uma mudança de vida, e são envolvidas por ele sem consciência, ou então percebem e ficam paralisadas, sem saber o que fazer ou como fazer. Torna-se cada vez mais claro para nós que somente através de programas individuais de crescimento, programas de desenvolvimento das próprias atitudes, será possível reequipar as pessoas para lidar com essas forças críticas.

As pessoas, regra geral, não aprendem isso e para o seu crescimento são necessários programas que lhes ensinem a viver mais adequadamente sua vida como pessoas humanas. Todos os problemas de relacionamento humano, no mundo de hoje, decorrem de uma paralisação no crescimento das pessoas.

Quando as coisas não vão bem no relacionamento das pessoas, inevitavelmente vamos encontrar pessoas acomodadas, desesperançadas, e sem mobilizar o mínimo de energia para o auto-desenvolvimento. São, em geral, pessoas que já se julgam perfeitas, que não percebem que fazem parte de um mundo em transformação ou não compreendem que a lei da vida é a lei da mudança, a lei da renovação. E quem quiser ser sempre o meso, não procurando o caminho do crescimento individual, é semelhante àquele que morreu, ou àquele que desperdiçou na vida o que ele tinha de mais intrínseco, que é a sua própria transformação, porque enquanto o homem permanece entre os vivos há crescimento e, portanto, há esperança.

Daí a nossa crença na importância de um processo que chamamos de Desenvolvimento Comportamental. Desenvolvimento Comportamental é procurar respostas para algumas dessas perguntas: Quais são ainda nossos objetivos vitais? Quais são os nossos objetivos na vida? Qual é agora a nossa concepção de felicidade? O que entendemos por ser feliz? Quais são as nossas necessidades naturais e quais são as necessidades que criamos?

O desenvolvimento comportamental é uma tarefa individual, inalienável e pessoal. Consiste em nos reaparelharmos individualmente para lidarmos com as forças contraditórias de uma sociedade em crise, e ainda é nos ajudarmos a nos tornar mais disponíveis para a felicidade. É também acreditarmos na possibilidade de um modo de viver melhor e de um modo diferente de viver melhor. É, sobretudo, nos reaparelharmos para lidar com os processos que hoje nos impedem de conquistar maior energia vital. Entre os processos que envenenam o nosso acontecer existencial, destacam-se os seguintes: o medo de perder; a obsessão do primeiro lugar; o compromisso com o sucesso; a competição crônica, refletida no sistemático cultivo da inveja, a loucura por controle, a depressão e a culpa.

Estas mensagens objetivam, pois, ajudá-los na reflexão e na mudança quanto a esses processos, mas isto vai exigir-lhes um compromisso pessoal, íntimo e total para com sua própria vida. Você é o único responsável pelo seu próprio aprendizado.
·        
Mestre é aquele que aprende, não aquele que ensina, porque o maior ensino, o mais difícil, é o de ensinar a si mesmo, e ensinar a si mesmo é aprender.

Estas mensagens são um meio e tão-somente um meio. Assim como qualquer outro instrumento, jamais poderão substituir  vontade e a paciência de cada um na senda específica e privativa do auto-crescimento.





 

Curso de Desenvolvimento Comportamental

Temas desenvolvidos:

· Introdução
· A Vítima
· A Culpa
· A Depressão
· O Herói
· A Alegria
· O Medo de Perder
· A Inveja
· Eu te Compreendo
· Crenças e Convicções Vitais (Resumo)
Este é o Curso de Desenvolvimento Comportamental que, como o nome indica, visa aprimorar o comportamento das pessoas, ajudando-as na procura da Felicidade.
A leitura e a reflexão sobre seus textos há de beneficiá-los, tornando-os mais harmoniosos perante a vida, mais produtivos e felizes. Foram as mensagens mais belas que já li em toda a minha vida, e que tocam profundamente as emoções e a mente de quem as lê.

Alvaro T. Dippold Jr (In Memorian)

Estes textos foram cedidos gentilmente por Giovanni R. Martins gmartins@nitnet.com.br e encontram-se em sua página http://geocites.com/Athens/4882, juntamente com outros temas inspiradores.

31/12/1996

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Fora da caridade não há salvação



Bezerra de Menezes, o Apóstolo da Caridade

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti

Caso do Abraço em nome de Nossa Senhora:

Um homem procurou Bezerra, dizendo estar desempregado e doente, como os seus. Ele olhou nos bolsos e nada encontrou, perguntou então se ele acreditava em Nossa Senhora. Ele respondeu que sim, então lhe deu um abraço dizendo que era em nome dela, e disse para repetir o gesto em casa. Na semana seguinte voltou para agradecer, pois ficou curado e arranjara emprego.

- Nascimento: 29 de agosto de 1831 – Riacho do Sangue – Ceará (180 anos)

- Desencarne: 16 de abril de 1900    Rio de Janeiro (111 anos)

- Médico, político, jornalista, escritor e espírita

Bezerra de Menezes – Médico

Com 25 anos, concluiu brilhantemente o Curso de Medicina. Associou-se a outro colega de turma e instalaram-se no centro da cidade. Sem nome  feito, durante meses, o consultório não recebeu nenhum cliente. Mas, o mesmo não acontecia na sua casa. Viu-se, em pouco tempo, rodeado de numerosa clientela. Só que não lhe rendia coisa alguma. Sua clientela era formada por famílias absolutamente pobres. Começava a esboçar-se o Apóstolo do Bem e da Caridade. Pela extrema dedicação aos mais necessitados, teve no seu nome o complemento de “O Médico dos Pobres”. Este título foi o mais glorioso em sua vida, conforme sua própria confissão.

Bezerra de Menezes – O Espírita

Enviuvou em 1863, ficando com a guarda dos seus dois filhos: um com três e outro com apenas um ano. Foi um golpe “cruel” para ele.
Venceu, porém, as dificuldades, após muito esforço e resignação. A viuvez levou Bezerra a ler a Bíblia e esta lhe deu espetacular entusiasmo pela religião. O Dr. Travassos fazia parte do grupo Confúcios e assim que as obras de Kardec foram traduzidas para o português, ele procurou Bezerra e lhe ofertou um exemplar de O Livro dos Espíritos. Ora, disse Bezerra – “só por ler isto, não irei para o inferno”. À medida que avançava na leitura, uma perplexidade o invadia. Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para o seu espírito. “Eu já tinha lido ou ouvido o que se achava naquela obra”.
Casou-se de novo por amor com a irmã da sua esposa e teve outros filhos.
No dia 16 de agosto de 1886, 2 mil pessoas da melhor sociedade, atônitas e emocionadas, ouviram do eminente Bezerra de Menezes, sua proclamação aos quatro ventos, de adesão ao Espiritismo.
O Movimento Espírita Brasileiro recebia em suas fileiras aquele que mais tarde teria, também, mais um acréscimo em seu nome: O Kardec Brasileiro.
Bezerra inicia um trabalho de união e disciplina junto aos vários núcleos e grupos que disputavam na época, através de lutas, dissenções, represálias e até perseguições o “comando do Movimento Espírita. Dizia Bezerra: “Unidos seremos força, separados, meros pontos de vista”.
No Brasil, nenhum outro espírita ainda se destacou mais que Bezerra. Consolidou definitivamente a Federação Espírita Brasileira;  foi seu vice-presidente desde 1890 até sua desencarnação em 11/04/1900.
Sofreu injúrias, críticas ferinas e incompreensões; mas soube manter-se passivo e equilibrado, fraterno e cristão, diante dos seus ofensores.
Amou intensamente a todos. Trabalhou incansavelmente na Seara do Cristo.

Bezerra de Menezes – Lindos casos

1.    Anel de formatura

Ao atender uma mulher, prescreveu os remédios e lhe disse que poderia comprá-los ali mesmo, ao que esta respondeu que não tinha nem para dar o que comer, quanto mais comprar remédios, Bezerra procurou nos bolsos e nada encontrou, olhou em volta e nada viu, reparou então em seu anel de formatura, e deu-o, sem pestanejar.

2.    Caso da filha doente

Certa vez sua esposa foi procurá-lo,  pois sua filha estava muito doente, ao sair foi chamado por outra mulher, pedindo ajuda para o filho que também adoecera, disse que não pode deixar de atender a quem chama, de modo que entrega a filha a Jesus, e vai até o outro enfermo, ao retornar à casa esperava encontrar a filha morta, mas a doença passara completamente, conclui que Jesus é melhor médico que ele.

Conclusão

Bezerra de Menezes não fundava hospitais, nem escolas ou asilos, albergues, farmácias, mas ele sozinho, por si mesmo, era tudo isto:  hospitalava, esclarecia, asilava, albergava, medicava e salvava irmãos,  encaminhando-os ao roteiro de Jesus.
Seus últimos momentos nos dão lições comovedoras. Em 11 de abril de 1900 sua voz era pastosa e lenta. Apenas o olhar era vivo e sereno, bom e puro. Sua casa, cheia de irmãos e amigos agradecidos e sinceros. Alguns esperando ainda por uma receita.  Bezerra agonizava imóvel em seu leito. Seus olhos transmitiam aos familiares, aos irmãos sofredores e aos amigos sua fé, seu amor e sua resignação. Balbuciava de quando em quando: “ – coitados, são tantos à minha espera! A Mãe do Céu há de atendê-los. Pediu que o ajudassem a levantar-se um pouco e com os olhos cheios de lágrimas orou baixinho, pedindo a Nossa Senhora que não o livrasse da dor, mas que assistisse a todos os que foram buscar nele uma migalha de conforto e de amor, e que lhes desse Paz.
E para tristeza dos encarnados, desencarnou!
Duas assembléias ali se achavam; a da Terra dizia: “Não partas bom velhinho, fica conosco para nosso consolo e nossa alegria!”; - a do
Céu exclamava: - “Vem, alma boa, buscar o prêmio do teu esforço, na vitória de tua missão cristã”.
E ambas diziam em uma só voz:
“Bendito sejas Bezerra de Menezes! Louvado seja Deus!
O enterro do corpo de Bezerra de Menezes foi uma apoteose. Gente de toda a cidade do Rio. Dos morros, das favelas, gente humilde, descalça, maltrapilha: os pobres de espírito e os humildes se misturavam com outra gente rica e poderosa, pertencente ao mundo oficial do Governo e entidades culturais.
Todos choravam como se tivessem se apartado de um querido Pai. Foi amigo, irmão, verdadeiro Médico dos Pobres, Kardec Brasileiro, Apóstolo do Espiritismo e da Caridade. Foi grande Missionário e Unificador do Movimento Espírita no Brasil.
Em 1950, no Plano Espiritual, Maria de Nazaré chamou-o para zonas superiores, mas ele preferiu ficar aqui, junto de seus pobres e doentes.
Sua vida é um exemplo de amor ao próximo, em que ele ganhou 50 encarnações em apenas uma. Não precisamos fazer tanto, mas podemos ganhar uma ou duas apenas tentando um pouco.

Outros casos

Empréstimo do alfaiate

Quando precisou de dinheiro, pensou em procurar o amigo alfaiate que sempre lhe valeu com pequenas quantias, mas desta vez era um valor grande, 50.000 réis, vacilando, ao chegar não o encontrou, pois estava viajando, afinal sentiu-se aliviado, pois se não poderia ter o dinheiro, pelo menos não teria a dívida também.

Fé incipiente: caso do estudante de matemática

Noutra ocasião, precisava do dinheiro para pagar o aluguel e a escola, como não tinha a quem recorrer, pela primeira vez rezou, mais tarde bateu-lhe à porta um estudante que queria que lhe ensinasse matemática, mesmo sem saber a matéria aceitou, e este lhe pagou adiantado, o que deu certinho para suas despesas, correu para a biblioteca para estudar, mas ele nunca mais voltou, disse que foi a única vez que estudou a matéria a fundo.

Caso do amigo que perdeu o filho e ele lhe deu tudo o que tinha

Quando comandava a empresa de trens, ao findar o expediente, um conhecido chegou até ele dizendo que seu filho havia morrido, não deixou ele continuar, chamou a um canto, tirou a carteira e nem olhou o quanto tinha, deu-lhe tudo, percorreu os bolsos e deu até as moedas que possuía. Não esperou agradecimentos e foi embora, só então percebeu que não tinha nem para o bonde, de modo que foi obrigado a pedir a amigos a passagem.

Caso da filha doente que ele deixou de ajudar para visitar um enfermo pobre como exemplo de fé

Certa vez sua esposa foi procurá-lo, pois sua filha estava muito doente, ao sair foi chamado por outra mulher, pedindo ajuda para o filho que também adoecera, disse que não pode deixar de atender a quem chama, de modo que entrega a filha a Jesus, e vai até o outro enfermo, ao retornar à casa esperava encontrar a filha morta, mas a doença passara completamente, conclui que Jesus é melhor médico que ele.

Desobssessão I

Nos trabalhos de desobssessão na FEB, um espírito não queria aceitar a Deus, dizendo que este não existia como nada mais lhe restava a dizer, decidiu orar, foi o que fez, mas tão sentidamente que convenceu o espírito reticente: "Basta, para que vocês orem desse modo, é preciso que um Deus exista".

Desobssessão II

Também na desobssessão, após convencer um espírito obssessor, este lhe disse: "Bom velhinho, não foram suas palavras que me convenceram, mas os seus sentimentos".

Caso do Dinheiro das Consultas

Muitas vezes, comovido com o pesar das pessoas, ia até o amigo farmacêutico e pegava tudo o que ele tinha recebido e distribuía aos necessitados que o procuravam.

Caso da Carroça de Alimentos

Em certa ocasião a situação estava muito ruim, a mulher lhe disse que não teriam o que comer à noite, e ele respondeu que confiasse em Jesus, ao voltar de noite ela reclamou do seu exagero, o que ele estranhou, então ela mostrou uma enorme quantidade de alimentos que lhe foi entregue de manhã, cuja origem jamais souberam.

Palestra proferida por Véra Regina Friederichs, no Centro de Estudos Espíritas André Luiz, em Ubatuba, São Francisco do Sul



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Festa à Fantasia

Despedida da Rafaela Carleto Piva antes de embarcar para a Alemanha
Local: Joinville

















































Fotos: Véra Regina Friederichs