quinta-feira, 8 de abril de 2021

E o semeador saiu a semear

      No Evangelho de Mateus, capítulo XIII, versículos 1 a 9, encontramos o relato de um belo e profundo ensinamento de Jesus. O Apóstolo conta que "Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar... Em torno Dele logo se reuniu grande multidão. Jesus entrou numa barca e sentou-se,  e todo o povo permaneceu na margem. Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim: "Aquele que semeia saiu a semear..."

     Ficamos, então, a imaginar como seria um semeador. Seria um santo, um profeta, alguém especialmente escolhido? Não. Um semeador é alguém que arregaça as mangas, toma as sementes e sai para o plantio. Feita a sua parte, o semeador confia no solo fértil que favorecerá a germinação, a floração e a frutificação. Ele sabe que muitas sementes poderão se perder, mesmo assim ele semeia.

     A história da Humanidade teve muitos semeadores, que espalharam as sementes de ideias nobres. Mas, por descuido, indolência ou má vontade daqueles que as receberam, muitas não germinaram. Outras, todavia, nasceram e deram bons frutos, possibilitando a muitas pessoas a oportunidade de receber novas e  promissoras  sementes.

     Descobrimos uma dessas semeadoras nos dias atuais. Que religião ela professa? A que nível social pertence? Qual é o seu grau de escolaridade? Bem, tudo isso não importa. Ela é apenas uma semeadora. Entre as sementes que espalha estão o amor ao próximo, a bondade, o perdão, a paciência, a generosidade, a paz e a alegria.

     Recordando-nos de Jesus nas praças públicas, temos procurado levar as lições que Ele nos ensinou. Esta semeadora sabe que a conquista da paz é um desafio que requer urgência e mãos operosas.

     E a semeadora saiu a semear...

     Seu instrumento de trabalho é a Psicologia, que escolheu para confortar seus irmãos em Cristo, nos momentos mais difíceis que enfrentaram. Sua voz, clara e suave como a brisa da primavera, leva as sementes e as deposita no solo, sem alarde.

     Seu instrumento é seu coração terno, fonte viva de sementeira inesgotável.

     Seu ideal é o amor sem fronteiras... O amor incondicional que, semelhante a um botão de rosa, se abre e exala seu perfume para toda a gente. Seu nome? Ela não faz questão, mas é justo que seja dito: Silvana.

     Quando você ouvir este nome, saiba que se trata de uma incansável semeadora da paz.

    E se estamos aqui hoje reunidos é para comemorar muitas sementes que ela  lança, há 56 anos.  A nossa imã caçula, a nossa bebê do coração continua sendo muito amada, querida sempre pronta a nos ajudar e a nos socorrer, quando  precisamos. 

     Sua alegria e amor à vida são contagiantes. E espalha risos e alto astral por onde anda.

     Graças a ela, Deus nos presenteou com mais uma irmã, muito bem vinda à nossa família.

     Estou falando, é claro, da Marisa, a quem agradecemos por cuidar da Sil e por fazê-la tão feliz.

     Gratidão.

     Que Deus continue abençoando e protegendo-as com muita saúde e vida longa.

     O aconchego e o carinho desta amizade da Silvana nos alivia, trazendo-nos a sensação de nos sentir valorizados, amados e úteis e elevam a nossa auto- estima. Procuremos seguir à risca as lições da Silvana, transformando-nos em multiplicadores das sementeiras de amor.

     Hoje nos reunimos em clima de alegria e felicidade para homenagearmos a nossa irmã mesmo virtualmente e sem abraços e beijos presenciais. Mesmo em tempos de isolamento e muita saudade, a solidariedade está sempre  presente na nossa família. Quando temos problemas e vivemos situações tristes, sabemos que podemos contar uns com os outros, especialmente com a Silvana, que sempre tem um ombro amigo e disposição para os ouvir e consolar.

     Alegrias também são compartilhadas como a comemoração deste aniversário.

     Lá fora a chuva pode cair, mas aqui dentro sentimos o calor. O calor humano. O calor de uma verdadeira família. Para enfrentarmos as situações difíceis, encontramos no apoio da família força e coragem para preencher os momentos de solidão, saudade, carência, isolamento e vontade de abraçarmos e beijarmos os nossos entes queridos.

     Tudo passa e sabemos que isto também vai passar. Para suportarmos este ano, temos que ter fé e confiança em Deus e orarmos muito, vivendo um dia de cada vez. 

     Pode não ser o ideal e estar longe do que desejamos, mas é tudo o que temos para o momento.

     Quando a tristeza nos abate, temos o apoio psicológico dos familiares e a certeza de que mesmo distantes fisicamente, não estamos sozinhos. A família é o nosso porto seguro. É o apoio de que precisamos.

     Que Deus continue nos iluminando.  E que Maria de Nazaré nos cubra com o seu manto nos protegendo, principalmente a nossa querida aniversariante, por estes 56 anos e pelas sementes do bem, que vem espalhando ao longo do caminho. E que continue sendo este farol, trazendo luz, paz e alegria  para todos nós.

     Parabéns, muitas felicidades e a realização de todos os teus sonhos.

     Abraços

     Véra