quarta-feira, 22 de março de 2017

Tentações e Virtudes

Quando a criatura retém enorme fortuna, podendo claramente desmandar-se na avareza, aplicando-se tão-só ao gozo pessoal, e procura utiliza-la no progresso e no bem-estar dos semelhantes...

Quando a pessoa dispõe de autoridade para manejar, em seu exclusivo proveito, a influência de que desfruta, mas, ao invés disso, busca emprega-la no auxílio aos outros...

Quando um homem ofendido se vê com meios suficientes para vingar-se, pela forma que julgue mais razoável, e perdoa de coração a ofensa recebida, reconhecendo-se igualmente passível de errar...

Quando alguém já fez por outrem todos os benefícios que se lhe faziam possíveis, recolhendo invariavelmente a incompreensão por resposta, e prossegue amparando esse alguém, na medida de seus recursos, sem exigência e sem queixa...

Em verdade, semelhantes companheiros terão vencido as maiores tentações que lhes assediavam a vida.

Todos nós – espíritos ainda em evolução regate – somos experimentados nos temas do caminho terrestre, em cuja vivência temos caído de outras vezes...

Isso acontece, porque, em muitas circunstâncias, as nossas provações assumem na escola humana a forma de testes indispensáveis.

Há quem renasça ostentando atrações físicas para superar a inclinação para o desregramento; portando um cérebro privilegiado para vencer a vaidade da inteligência;

retendo múltiplas titulações acadêmicas para subjugar a propensão para o abuso;

exercendo encargos difíceis, em causas nobres da Humanidade, para extinguir o impulso de traição ou deslealdade.

Cada um de nós, onde esteja, é examinado pela Vida Superior, nas tendências inferiores nas quais já faliu em existências passadas, e apenas conseguiremos a vitória sobre nós mesmos, quando repetirmos as operações do bem sobre o mal que nos procure, tantas vezes quantas sejam necessárias, mesmo além do débito pago ou da mancha extinta.

Fácil, por isso, reconhecer que sem o toque da tentação a virtude realmente não aparece, e assim será sempre, de vez que toda inocência será levada, hoje, amanhã ou depois, ao cadinho da luta, a fim de que não permaneça na condição de flor improdutiva no vaso lindo, mas inútil, da ingenuidade. .
Pelo Espírito:

EMMANUEL

Do livro: Rumo Certo, Médium: Francisco Cândido Xavier.
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sexta-feira, 17 de março de 2017

Homenagem às Mulheres

No Evangelho de Mateus, capítulo  XIII, versículos 1 a 9, encontramos o relato de um belo e profundo ensinamento de Jesus.
O Apóstolo conta que "Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar... Em torno Dele logo se reuniu grande multidão. Jesus entrou numa barca e sentou-se, e todo o povo permaneceu na margem. Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim: 'Aquele que semeia saiu a semear...”
Ficamos, então, a imaginar como seria um semeador.  Seria um santo, um profeta, alguém especialmente escolhido? Não. Um semeador é alguém que arregaça as mangas, toma as sementes e sai para o plantio. Feita a sua parte, o semeador confia no solo fértil, que favorecerá a germinação, a floração e a frutificação. Ele sabe que muitas sementes poderão se perder, mesmo assim ele semeia.

A história da Humanidade teve muitos semeadores, que espalharam as sementes de idéias nobres. Mas, por descuido, indolência ou má-vontade daqueles que as receberam, muitas não germinaram. Outras nasceram e deram bons frutos.
Descobrimos que as mulheres estão entre esses semeadores nos dias atuais.
Que religião elas professam? A que nível social pertencem? Qual é o seu grau de escolaridade? Bem, isso tudo não importa.
Elas são apenas semeadoras. Entre as sementes que espalham estão o amor ao próximo, a bondade, o perdão, a paciência, a generosidade, a paz, e a alegria.
 Recordando-nos de Jesus, nas praças públicas, temos procurado levar as lições que Ele nos ensinou,  principalmente aos jovens. Estas semeadoras sabem que a conquista da paz é um desafio, que requer urgência e mãos operosas.
E as semeadoras saíram a semear...
Seu ideal é o amor sem fronteiras... O amor incondicional que, semelhante a um botão de rosa, se abre e exala seu perfume para toda a gente.
E se estamos aqui reunidos hoje é para comemorar muitas sementes que ela lança. Junto com as sementes que vai lançando em solo fértil, temos o seu exemplo. O seu amor aliado à sua dedicação a transforma em esposa amorosa e correta, em mãe, avó e bisavó presente, dedicada, cuidadosa e em amiga e companheira sincera, honesta e leal.
Na família, no trabalho, na igreja e entre amigos, onde temos a sorte e o privilégio de tê-las entre nós, nos transformamos em amigos e irmãos, partindo para a vivência do Evangelho na prática, como Cristo nos ensinou.
O aconchego desta amizade nos alivia, trazendo-nos a sensação de nos sentir valorizados e úteis e elevam a nossa autoestima. Procuramos seguir à risca as lições da mulher, transformando-nos em multiplicadores das sementeiras de amor.
Lá fora a chuva pode cair, mas aqui dentro sentimos o calor. O calor das mulheres.  Aos estranhos, não parece, mas desfrutamos dos sentimentos de uma verdadeira família. Podemos dizer com muito orgulho que vivemos como irmãos e entre irmãos. Com muito respeito, consideração e amor, preenchendo em alguns casos uma lacuna e ajudando a superar carências. Quando a tristeza nos abate, temos o apoio da amizade das mulheres,  que tudo compensa.
Que Deus ilumine as mulheres e a nós todos.  E que Maria de Nazaré nos cubra com o seu manto. Que este manto cresça até proteger também os nossos familiares, as pessoas que amamos e principalmente as mulheres pelos seus exemplos de amor, união e paz. Que assim seja.