quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O ócio criativo

Quando estamos sobrecarregados, com muito tabalho e outras atividades, chegamos ao fim do dia com a sensação de que sobraram atividades e faltaram horas. Muitas pessoas não pensam em tirar férias nem se dão ao direito de ficar sem fazer nada. Eu já fui assim. Trabalhei vários anos sem tirar férias, mas aprendi que 30/40 dias por ano são sagrados. Desde então, trabalhava um ano e fazia uma poupança, estendendo os 30 dias para 40. Viajei muito. Conheci a Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Espanha, Áustria, Suíça e Alemanha. Foram férias inesquecíveis e de muito aprendizado, sem contar com as amizades que deixei nos lugares visitados.
A filósofa Dulce Magalhães teve uma experiência muito interessante. Ficou um mês em casa sem fazer nada, a não ser o que ela queria em horários imprevistos. Foi ótimo e ela descobriu que tinha talento para o "dolce far niente", que é muito bom "esvaziar a mente e que mente vazia nos faz viajar, nos leva à grande idéia, ao inimaginável, ao ilimitado, ao infinito... Porém, se ficarmos muito tempo desligados da agenda, do celular e da internet e não estivermos preparados podemos nos deprimir. Alguns, mais evoluídos, podem chegar ao "nirvana".
O brilhante poeta gaúcho Mário Quintana nos ensinou que viajar é preciso, nem que seja na nossa própria rua. Conhecer novos lugares, ou passar por lugares conhecidos com os olhos da primeira vez. Para viajar, não há a necessidade de sairmos da nossa casa. Neste caso, a viagem é um estado de espírito.
Já sabemos que quem trabalha muito, não tem tempo de ganhar dinheiro, então antes do estresse bater à nossa porta, é melhor recorrermos ao ócio, que poderá ns levar à grande idéia, quem sabe aquela que estamos esperando há tanto tempo e trabalhando prá ela chegar... 

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