quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Capítulo 3 de Eclesiastes

Tudo tem um tempo próprio 

     Para tudo há uma ocasião certa;
     há um tempo certo para cada propósito
     debaixo do céu:

     Tempo de nascer e tempo de morrer,
     tempo de plantar
     e tempo de se arrancar o que plantou,


     tempo de matar e tempo de curar,
     tempo de derrubar e tempo de construir,


     tempo de chorar e  tempo de rir,
     tempo de prantear e tempo de dançar,

     tempo de espalhar pedras
     e tempo de ajuntá-las,
     tempo de abraçar e tempo de se conter,

     tempo de procurar e tempo de desistir,
     tempo de guardar 
     e tempo de jogar fora,

     tempo de rasgar e tempo de costurar, 
     tempo de calar e tempo de falar,

     tempo de amar e tempo de odiar, 
     tempo de lutar e tempo de viver em paz.

     O que ganha o trabalhador com todo o seu esforço?

     Tenho visto o fardo que Deus impôs aos homens.

     Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.

     Descobri  que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.

     Descobri também que poder comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho é um presente de Deus.

     Sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; a isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar. Deus assim faz para que os homens o temam.

     Aquilo que é, já foi,
     e o que será, já foi anteriormente;
     Deus investigará o passado.

     Descobri que também debaixo do sol:
     No lugar da justiça havia impiedade;
     no lugar da retidão,
     ainda mais impiedade.

     Fiquei pensando:
     O justo e o ímpio,
     Deus julgará ambos,
     pois há um tempo para todo propósito,
     um tempo para tudo o que acontece.

     Também pensei: Deus prova os homens para que vejam que são como os animais.

     O destino do homem é o mesmo do animal; o mesmo destino os aguarda. Assim como morre um, também morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego de vida; o homem não tem vantagem alguma sobre o animal. Nada faz sentido!

     Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão.

     Quem pode dizer se o fôlego do homem sobe às alturas e se o fôlego do animal desce para a terra?

     Por isso concluí que não há nada melhor para o homem do que desfrutar do seu trabalho, porque esta é a sua recompensa. Pois, quem poderá fazê-lo ver o que acontecerá depois de morto?

     Autor: Salomão

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