Por Carlos Roberto Fernandes | carlosfernandes@ceunes.ufes.br
"...O vento sopra onde quer e lhe ouves a voz mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que nasceu do Espírito..." (Jesus, João 3:8)
Isabel de Aragão (1271-1336), a Rainha Santa Isabel ou A Rainha Santa, casou-se em 1288 com o rei Dinis I de Portugal (1261-1325). O casal teve dois filhos: Constança (1290-1313) e Afonso IV (1291-1357).
Após a morte do esposo, Isabel de Aragão recolheu-se no Convento de Santa Clara (a Velha), em Coimbra; embora tenha vestido o hábito das irmãs Clarissas não fez os votos.
Isabel faleceu de peste no castelo Estremoz e o corpo foi encontrado incorrupto e está em túmulo de prata e cristal.
Beatificada pelo papa Leão X em 1516 e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1625, Isabel de Aragão é padroeira da cidade de Coimbra e sua festa acontece em 4 de julho.
Em Pedro Leopoldo - Minas Gerais é aquele espírito que na noite de 10 de julho de 1927 se materializa ou aparece à visão espiritualizada do jovem Francisco Cândido Xavier: o jovem tinha, então, 17 anos de idade.
A visita daquele espírito de alta hierarquia espiritual era exclusiva para o jovem Chico Xavier: essa alta hierarquia não é inferida pelo título de santa para os católicos mas pelas circunstâncias em que se apresenta ao jovem, segundo o seu próprio relato.
Chico Xavier estava de joelhos e em prece no seu quarto, segundo seus hábitos católicos, fazendo as orações da noite.
Em determinado momento, as paredes do quarto refletiram uma luz prateada-lilás: diante de tal claridade percebida (possivelmente em sua visão espiritual), o jovem abriu os olhos para tentar compreender o que estava acontecendo.
Perto de Chico Xavier apresenta-se uma senhora irradiando uma luz que inundava todo o quarto.
Na tentativa de demonstrar respeito e consideração, o jovem tentou levantar-se; não conseguiu ficar de pé.
Sem esforço consciente, ajoelhou-se diante daquela admirável e iluminada senhora.
O adolescente percebeu uma cena de alta espiritualidade: a senhora iluminada fixava o seu olhar numa imagem de Maria Santíssima - invocada como Nossa Senhora do Pilar. Essa imagem era a imagem de devoção de Chico Xavier à Maria de Nazaré, Mãe de Jesus.
Após esse olhar de Santa Isabel de Aragão, ela começou a conversar com Chico, em castelhano. E o rapaz compreendeu a mensagem falada em castelhano, embora ignorasse, na existência terrena de agora, tal idioma.
De forma pausada, a iluminada Isabel de Aragão falou a Chico: Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio em favor dos pobres, nossos irmãos.
Difícil imaginar a elevação daqueles espíritos em conversação e o clima de sublimidade espiritual daquele momento: uma alma iluminada solicitando um favor a outra alma iluminada. E isto em nome de Jesus - o criador da Terra sob as ordens de Deus.
Apesar das lágrimas do jovem diante de tão iluminado espírito, Chico, em seus dezessete anos de idade, perguntou:
- Senhora, quem sois vós?
- No momento, você não se lembra de mim, mas eu sou Isabel - Isabel de Aragão.
Pois bem: ambos se conheciam; o jovem, nas vestes de carne, não lhe lembraria da identidade daquele espírito, mas ela o conhecia e o reconhecia. E, por tais laços, vinha até Chico Xavier.
O rapaz, forçosamente obnubilado pelo esquecimento do passado através da reencarnação, pensou: não conheço nem conheci nenhuma senhora com esse nome.
Quis falar algo mas a força espiritual do momento o mantinha mudo para expressar aquele desconhecimento.
Chico conseguiu dizer à senhora: sou pobre, nada posso dar a ninguém. Como ajudarei pobres mais pobres que eu mesmo?
A iluminada senhora afirmou:
-Você será nosso ajudante na repartição de pães com os pobres.
E o jovem respondeu, pesaroso:
-Senhora, quase rotineiramente não tenho pão para mim mesmo. De que modo repartirei com os outros o que não tenho?
- Os tempos chegarão e você terá os recursos necessários; escreverá para a nossa gente peninsular, trabalhará por Jesus sem receber vantagens materiais pelas páginas que escreverá e nós providenciaremos para que a Espiritualidade Superior lhe dê recursos para começar o trabalho.
Vamos confiar na bondade de Deus.
Após essas palavras, a iluminada senhora afastou-se e o quarto voltou a ser escuro como antes.
Desse momento até o amanhecer, o jovem Chico Xavier chorou pela emoção daquele (re)encontro.
O (re)encontro de Chico Xavier e de santa Isabel de Aragão atesta a grandeza espiritual do médium de Pedro Leopoldo e o milagre do esquecimento pela lei da reencarnação.
Uma simples leitura de O LIVRO DOS MÉDIUNS, de Allan Kardec, atesta o fato de que uma pessoa encarnada para ver e ouvir um espírito iluminado precisa estar na mesma sintonia espiritual, tem que haver simpatia, identidade espiritual entre ambos sem o que a comunicação torna-se impossível em sua tangibilidade visual e auditiva. Um espírito encarnado débil, hierarquicamente inferior, não tem condições espirituais para perceber tangivelmente um espírito iluminado.
___________________________
BIBLIOGRAFIA:
BACCELLI, Carlos A. O Evangelho de Chico Xavier. 3. ed. Votuporanga: Didier. 2001; ps. 92-96
BÍBLIA SAGRADA. Petrópolis: Vozes. 1987; p.1275
"...O vento sopra onde quer e lhe ouves a voz mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que nasceu do Espírito..." (Jesus, João 3:8)
Isabel de Aragão (1271-1336), a Rainha Santa Isabel ou A Rainha Santa, casou-se em 1288 com o rei Dinis I de Portugal (1261-1325). O casal teve dois filhos: Constança (1290-1313) e Afonso IV (1291-1357).
Após a morte do esposo, Isabel de Aragão recolheu-se no Convento de Santa Clara (a Velha), em Coimbra; embora tenha vestido o hábito das irmãs Clarissas não fez os votos.
Isabel faleceu de peste no castelo Estremoz e o corpo foi encontrado incorrupto e está em túmulo de prata e cristal.
Beatificada pelo papa Leão X em 1516 e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1625, Isabel de Aragão é padroeira da cidade de Coimbra e sua festa acontece em 4 de julho.
Em Pedro Leopoldo - Minas Gerais é aquele espírito que na noite de 10 de julho de 1927 se materializa ou aparece à visão espiritualizada do jovem Francisco Cândido Xavier: o jovem tinha, então, 17 anos de idade.
A visita daquele espírito de alta hierarquia espiritual era exclusiva para o jovem Chico Xavier: essa alta hierarquia não é inferida pelo título de santa para os católicos mas pelas circunstâncias em que se apresenta ao jovem, segundo o seu próprio relato.
Chico Xavier estava de joelhos e em prece no seu quarto, segundo seus hábitos católicos, fazendo as orações da noite.
Em determinado momento, as paredes do quarto refletiram uma luz prateada-lilás: diante de tal claridade percebida (possivelmente em sua visão espiritual), o jovem abriu os olhos para tentar compreender o que estava acontecendo.
Perto de Chico Xavier apresenta-se uma senhora irradiando uma luz que inundava todo o quarto.
Na tentativa de demonstrar respeito e consideração, o jovem tentou levantar-se; não conseguiu ficar de pé.
Sem esforço consciente, ajoelhou-se diante daquela admirável e iluminada senhora.
O adolescente percebeu uma cena de alta espiritualidade: a senhora iluminada fixava o seu olhar numa imagem de Maria Santíssima - invocada como Nossa Senhora do Pilar. Essa imagem era a imagem de devoção de Chico Xavier à Maria de Nazaré, Mãe de Jesus.
Após esse olhar de Santa Isabel de Aragão, ela começou a conversar com Chico, em castelhano. E o rapaz compreendeu a mensagem falada em castelhano, embora ignorasse, na existência terrena de agora, tal idioma.
De forma pausada, a iluminada Isabel de Aragão falou a Chico: Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio em favor dos pobres, nossos irmãos.
Difícil imaginar a elevação daqueles espíritos em conversação e o clima de sublimidade espiritual daquele momento: uma alma iluminada solicitando um favor a outra alma iluminada. E isto em nome de Jesus - o criador da Terra sob as ordens de Deus.
Apesar das lágrimas do jovem diante de tão iluminado espírito, Chico, em seus dezessete anos de idade, perguntou:
- Senhora, quem sois vós?
- No momento, você não se lembra de mim, mas eu sou Isabel - Isabel de Aragão.
Pois bem: ambos se conheciam; o jovem, nas vestes de carne, não lhe lembraria da identidade daquele espírito, mas ela o conhecia e o reconhecia. E, por tais laços, vinha até Chico Xavier.
O rapaz, forçosamente obnubilado pelo esquecimento do passado através da reencarnação, pensou: não conheço nem conheci nenhuma senhora com esse nome.
Quis falar algo mas a força espiritual do momento o mantinha mudo para expressar aquele desconhecimento.
Chico conseguiu dizer à senhora: sou pobre, nada posso dar a ninguém. Como ajudarei pobres mais pobres que eu mesmo?
A iluminada senhora afirmou:
-Você será nosso ajudante na repartição de pães com os pobres.
E o jovem respondeu, pesaroso:
-Senhora, quase rotineiramente não tenho pão para mim mesmo. De que modo repartirei com os outros o que não tenho?
- Os tempos chegarão e você terá os recursos necessários; escreverá para a nossa gente peninsular, trabalhará por Jesus sem receber vantagens materiais pelas páginas que escreverá e nós providenciaremos para que a Espiritualidade Superior lhe dê recursos para começar o trabalho.
Vamos confiar na bondade de Deus.
Após essas palavras, a iluminada senhora afastou-se e o quarto voltou a ser escuro como antes.
Desse momento até o amanhecer, o jovem Chico Xavier chorou pela emoção daquele (re)encontro.
O (re)encontro de Chico Xavier e de santa Isabel de Aragão atesta a grandeza espiritual do médium de Pedro Leopoldo e o milagre do esquecimento pela lei da reencarnação.
Uma simples leitura de O LIVRO DOS MÉDIUNS, de Allan Kardec, atesta o fato de que uma pessoa encarnada para ver e ouvir um espírito iluminado precisa estar na mesma sintonia espiritual, tem que haver simpatia, identidade espiritual entre ambos sem o que a comunicação torna-se impossível em sua tangibilidade visual e auditiva. Um espírito encarnado débil, hierarquicamente inferior, não tem condições espirituais para perceber tangivelmente um espírito iluminado.
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BIBLIOGRAFIA:
BACCELLI, Carlos A. O Evangelho de Chico Xavier. 3. ed. Votuporanga: Didier. 2001; ps. 92-96
BÍBLIA SAGRADA. Petrópolis: Vozes. 1987; p.1275
Texto enviado por: André Zielasko, Sociedade Espírita Yvonne Pereira, São Leopoldo, RS
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