sexta-feira, 13 de julho de 2012

A Água da Paz

Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama
Em torno da mediunidade, improvisam-se, ao redor do Chico, acesas discussões.
É, não é. Viu, não viu.
E o médium sofria, por vezes, longas irritações, a fim de explicar sem ser compreendido.
Por isso, à hora da prece, achava-se quase sempre, desanimado e aflito.
Certa feita, o Espírito de Dona Maria João de Deus compareceu e aconselhou-lhe: - Meu filho, para curar essas inquietações você deve usar a Água da Paz.
O médium, satisfeito, procurou o medicamento em todas as farmácias de Pedro Leopoldo. Não o encontrou. Recorreu a Belo Horizonte. Nada.
Ao fim de duas semanas, comunicou à progenitora desencarnada o fracasso da busca.
Dona Maria sorriu e informou:
- Não precisa viajar em semelhante procura.
Você poderá obter o remédio em casa mesmo.
A Água da Paz pode ser a água do pote.
Quando alguém lhe trouxer provocações com a palavra, beba um pouco de água pura e conserve-a na boca. Não a lance fora, nem a engula. Enquanto perdurar a tentação de responder, guarde a Água da Paz, banhando a língua.
O Médium baixou, então, os olhos, desapontado.
Compreendera que a mãezinha lhe chamava o espírito à lição da humildade e do silêncio.
Depois do conselho de Dona Maria João de Deus com respeito à Água da Paz, Chico sentiu o braço visitado pela influência de um novo amigo invisível.
Tomou o lápis e o visitante escreveu para ele em caracteres bem traçados e firmes:
Meu amigo, se desejas
Paz crescente e guerra pouca,
Ajuda sem reclamar
E aprende a calar a boca.
Quem seria o comunicante?
Depois de alguns momentos, o amigo espiritual identificou-se, assinando: CASIMIRO CUNHA.
Foi este o primeiro contacto entre o Médium e a mavioso Poeta vassourense.




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