quarta-feira, 22 de março de 2023

A dança alimenta a alma

     Palco do Cine Teatro X de Novembro.

     São Francisco do Sul.

     Abrem-se as cortinas.

     Cine Teatro Lotado.

     Um arrepio gelado percorre o meu corpo.

     As pernas tremem.

     A boca seca.

     Dá um frio na barriga.

     Um medo toma conta de mim.

     Antes de me recuperar do susto, a música começa a tocar.

     É bem conhecida. De antigamente.

     Lacinhos Cor-de-Rosa, com Celly Campello.

     Enquanto o cérebro processava tudo isso,as minhas amigas da terceira idade e eu já estávamos dançando.

     É incrível como a música nos leva a lugares e tempos bem diferentes de onde e quando estamos vivendo, nos transportando  em um túnel do tempo, como agora, voltando aos anos 60.

     Conferindo com o figurino, não restava  a menor dúvida: estávamos de saia rodada godê preta, com bolinhas cor-de-rosa e sapatilhas pretas, ambas com lacinhos cor-de-rosa.

    O cenário confirmava que o tema do espetáculo era "Os Anos 60".

     Enquanto dançãvamos, uma sensação maravilhosa me invadia eu flutuava, sem alcançar o chão, Pra quem dançava num palco lotado pela primeira vez, estava me sentindo uma Ana Botafogo. Nem queria saber se ela só dançva música clássica.

     A dança é minha, o momento é meu e ela vai dançar o que eu quiser.

     Voltando ao encantamento, senti o meu corposeparar da ala e sair em viagem até o teto do teatro, por cima da cabeça dos espectadores.

     Foi então, que descobri que enquanto quem canta seus males espanta, quem dança eleva a sua alma.

     No final, saiu tudo bem.

     A apresentação foi um sucesso e teve uma missão filantrópica: estávamos em ouubro, quando se realizava a Campanha Da Rede Feminina De Combate ao Câncer, para prevenir o Câncer de Útero e de Mama.

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