sexta-feira, 23 de junho de 2023

A dança eleva a alma

      Palco do Cine Teatro X de Novembro.

     Abrem-se as cortinas.

     Cine lotado.

     Um arrepio gelado percorre o meu corpo.

     As pernas tremem.

     A boca seca.

     O medo toma conta de mim.

     Antes de me recuperar do susto, a música começa a tocar.

     É bem conhecida.

     De antigamente.

     Lacinhos Cor-de-rosa, com Celly Campello.

     Enquaanto o cérebro processava tudo isso, as minhas amigas da terceira idade e eu já estávamos dançando.

     É incrível como a música nos leva a lugares bem diferentes de onde estamos, nos transportando ni, túnel do tempo, como agora, que voltamos aos anos 60.

     conferindo com o figurino, fechou. Estávamos de saia rodada godê preta, com bolinhas cor-de-rosa e sapatilhas pretas com lacinhs cor-de-rosa em tearase nas sapatilhas.

     O cenário tirava qualquer dúvida., trabalhando o tema dos anos 60.

     Enquanto dançávamos, uma sensação maravilhosa me invadia e eu flutuava, sem alcançar o chão. Pra quem dançava num auditório lotado pela primeira vez, estava me sentindo uma Ana Botafogo. Nem queria saber se ela só dançava música clássica.

     A dança é minha, o momento é meu, e ela vaidançar o que eu quiser.

     Voltando ao encantamento da dança, senti o meu corpo separar da alma e sair em viagem até o teto do teatro, por cima da cabeça dos espectadores.

     Foi então que eu descobri que enquanto quem canta seus males espanta,quem dança eleva a sua alma.


     Texto: Vera Regina Friederichs

     Jornalista e escritora - DRT SC 0777

     Rua Cláudio Matias de Souza 243 , Ubatuba - São Francisco do Sul

     Para Concurso da Academia de Letras de São Francisco do Sul

    Tema: Dança

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