sexta-feira, 5 de julho de 2013

E o semeador saiu a semear...

E O SEMEADOR SAIU A SEMEAR...

No Evangelho de Mateus, capítulo XIII, versículos 1 a 9, encontramos o relato de um belo e profundo ensinamento de Jesus. 
O Apóstolo conta que "Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar... Em torno Dele logo reuniu-se grande multidão. Jesus entrou numa barca e sentou-se, e todo o povo permaneceu na margem. Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim: 'Aquele que semeia saiu a semear...'"
Ficamos, então, a imaginar como seria um semeador. Seria um santo, um profeta, alguém especialmente escolhido? Não. Um semeador é alguém que arregaça as mangas, toma as sementes e sai para o plantio. Feita a sua parte, o semeador confia no solo fértil que favorecerá a germinação, a floração e a frutificação. Ele sabe que muitas sementes poderão se perder, mesmo assim ele semeia.
A história da Humanidade teve muitos semeadores, que espalharam as sementes de idéias nobres. Mas, por descuido, indolência ou má-vontade daqueles que as receberam, muitas não germinaram. Outras, todavia, nasceram e deram bons frutos, possibilitando a muitas
pessoas a oportunidade de receber novas e promissoras sementes.
Descobrimos um desses semeadores nos dias atuais.
Que religião ele professa? A que nível social pertence? Qual é seu grau de escolaridade? Bem, isso tudo não importa.
Ele é apenas um semeador. Entre as sementes que espalha estão o amor ao próximo, a bondade, o perdão, a paciência, a generosidade, a paz,e a alegria.
Seria lícito o silêncio, em nome da humildade, da confiança em Deus, transferindo aos céus a tarefa? Depois de refletir, aprendemos que a proposta do Cristo é desafiadora, não conformista, não hipócrita, com fala mansa para parecer elevado, nem com hipocrisia para
disfarçar inferioridade. Recordando-nos de Jesus, nas praças públicas, temos procurado levar as lições que Ele nos ensinou principalmente aos jovens. Este semeador sabe que a conquista da paz é um desafio que requer urgência e mãos operosas.
E o semeador saiu a semear...
Seu instrumento de trabalho é a sua voz, clara e suave como a brisa da primavera que leva as sementes e as deposita no solo, sem alarde.
Seu alforje é seu coração terno e compassivo, fonte viva  de sementeira inesgotável.
Seu ideal é o amor sem fronteiras... O amor incondicional que, semelhante a um botão de rosa, se abre e exala seu perfume para toda a gente. Seu nome? Ele não faz questão, mas é justo que seja dito: Reginaldo.
Quando você ouvir esse nome, saiba que se trata de um incansável semeador da paz.
E se estamos aqui reunidos hoje é para comemorar muitas sementes que ele lança, há 58 anos. Junto com as sementes que vai lançando em solo fértil, temos o seu exemplo. O seu amor aliado à sua dedicação o transforma em marido correto, em pai e avô presente, dedicado e cuidadoso com os limites e disciplina tão esquecidos e necessários nos dias atuais e em amigo e companheiro sincero, honesto e leal.
Na família, no trabalho, na igreja e entre amigos, onde temos a sorte e o privilégio de tê-lo entre nós, nos transformamos em amigos e irmãos, partindo para a vivência do Evangelho na prática, como Cristo nos ensinou.
O aconchego desta amizade nos alivia, trazendo-nos a sensação de nos sentir valorizados e úteis e elevam a nossa auto-estima. Procuramos seguir à risca as lições do Reginaldo, transfomando-nos em multiplicadores das sementeiras de amor.
Hoje nos reunimos em clima de alegria, respeito e descontração. O espírito de solidariedade continua. É comum vermos um ensinando ao outro o que sabe fazer. Quando temos problemas, sabemos onde encontrar o ombro e o ouvido amigos. Alegrias também são compartilhadas, como a comemoração de aniversário de hoje.
E como ninguém é de ferro também temos os nossos momentos de lazer.  Levamos uma vida boa. Uma vida agradável. Onde temos muito que agradecer ao nosso Pai e tão pouco a pedir.
Lá fora a chuva pode cair, mas aqui dentro sentimos o calor. O calor humano. Aos estranhos, não parece, mas desfrutamos dos sentimentos de uma verdadeira família. Podemos dizer com muito orgulho que vivemos como irmãos e entre irmãos. Com muito respeito, consideração e amor, preenchendo em alguns casos uma lacuna e ajudando a superar carências. Quando a tristeza nos abate, temos o apoio psicológico da amizade, que tudo compensa.
Pode ser que um dia deixemos de nos falar, mas enquanto houver amizade, faremos as pazes. Pode ser que um dia o tempo passe. Mas se a amizade permanecer, um do outro há de se lembrar. Pode ser que um dia nos afastemos. Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará. Pode ser que um dia tudo acabe, mas com amizade reconstruiremos tudo.
Que Deus continue nos iluminando. E que Maria de Nazaré nos cubra com o seu manto. Que este manto cresça até proteger também os nossos familiares e as pessoas que amamos, principalmente o aniversariante e a sua família, por estes 58 anos de união, saúde, amor e paz e por muitos outros que virão. Que assim seja.

Véra Regina Friederichs


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