quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Arte de Envelhecer

Conta um jovem universitário que no seu primeiro dia de aula o professor se apresentou e pediu que todos procurassem conhecer alguém que ainda não conheciam.
Ele ficou de pé e olhou ao re
dor, quando uma mão lhe tocou suavemente o ombro. Deu meia volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.
Ela lhe falou sorrindo: Oi, gato. M
eu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso lhe dar um abraço?
O moço riu e respond
eu com entusiasmo: claro que pode!
Ela lhe d
eu um abraço muito forte.
Por que a senhora está na Universidade numa idade tão jovem, tão inocente? Perguntou-lhe o rapaz.
Rindo, ela respond
eu: estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos e, logo me aposentar e viajar.
Eu falo sério, disse s
eu jovem colega. Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua idade.
Rose respond
eu gentil: sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter.
Depois da aula ambos caminharam juntos por longo tempo e se tornaram bons amigos.
Todos os dias durante os três meses seguintes saíam juntos da
classe e conversavam sem parar.
O jovem universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do tempo". Ela compartilhava com ele sua sabe
doria e experiência.
Durante o curso, Rose se fez muito popular na universidade. Fazia amizades onde quer que fosse.
Gostava de se vestir
bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes.
Ao término do últ
imo semestre, Rose foi convidada para falar na festa de confraternização. Naquele dia ela deu a todos uma lição inesquecível.
Logo que a apresentaram ela subiu ao palco e começou a pronunciar o
discurso que havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões onde estavam seus apontamentos.
Frustrada e um pouco envergonhada se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar m
eu discurso em ordem. Assim, permitam-me, simplesmente, dizer-lhes o que sei.
Enquanto todos riam, ela limpou a garganta e começou:
Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar.
Há alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar.
Temos que rir e encontrar o
bom humor todos os dias.
Temos que ter um
ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.
Há tantas
pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem sequer sabem!
Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam um ano inteiro sem fazer
nada produtivo se converterão em pessoas de vinte anos.
Se
eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de útil, completarei oitenta e oito anos.
Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecer encontrando sempre a oportunidade na mudança.
Não me arrependo de
nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos arrependemos do que fizemos mas do que não fizemos.
E, por fim, os únicos que temem a
morte são os que têm remorso.
Terminou s
eu discurso cantando 'A rosa'. Pediu a todos que estudassem a letra da canção e a colocassem em prática em suas vidas.
Rose terminou s
eus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranqüilamente enquanto dormia.
Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com s
eu exemplo, que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser.
Pense nisso!
O importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabe
doria em todos os momentos que os anos nos oferecem.
Afinal, envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.
Pense nisso!

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