Durante o tempo em que morei em São Leopoldo, por três anos, sonhava todo o dia em caminhar na praia, passear pela orla à noite, agora que os balneários da nossa querida ilha estão iluminados e a cada momento nos oferecem paisagens e situações diferentes. Às vezes, marés alta ou baixa, no último domingo a bela e assustadora ressaca, o sol, as ondas, os pescadores, os barcos, as gaivotas, a lua cheia que nos presenteia com o mar prateado, as corujas atentas aos seus ninhos... São tantas belezas que poderíamos escrever páginas e páginas.
Desde que mudei para o Balneário de Ubatuba, gosto de caminhar diariamente em diferentes lugares. Dia destes, feliz da vida, colocando as minhas caraminholas em seus devidos lugares, praia quase deserta, encontrei um jovem casal com um cachorro daqueles pequeninos e barulhentos. Era um pintcher. Bem cuidado, de banho tomado, quem sabe até perfumado, vacinado segundo seus donos, mas era um cachorro na areia e na água da praia.
Fui ao encontro dos três e perguntei se eles eram daqui. Disseram que não. Perguntei se nao sabiam que é proibido andar com cachorros na praia. Em tom de deboche, responderam que o cachorro deles podia. Tinha todos os cuidados. Cachorro de rua é que transmite doenças, argumentaram.
Como não tenho paciência para quem subestima minha inteligência perguntei se o cachorro deles não fazia xixi nem cocô na praia. Disseram com a maior cara de pau que não. E foram saindo.
Fiquei indignada com a criação de mais uma infração com impunidade neste país: cachorro de madame pode andar, emporcalhar nossas praias, transmitir doenças para nós, nossos filhos e netos e tudo bem. Aliás estranhei que em toda a extensão da praia da Enseada não há uma placa proibindo o acesso de cachorros. Fica registrado o meu protesto e o meu direito de cidadã pela saúde pública.
Véra Regina Friederichs
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ResponderExcluirVamos, por favor, nos indignar pelas coisas certas e deixar os cães em paz.
ResponderExcluirQuem não tem educação merece ser esclarecido e não punido.
Eu caminho na praia com meus cães e com a minha bolsa cheia de sacolinhas e papel toalha, sim, eu junto os cocos deles com papel toalha sempre que possivel, é uma das formas que adoto de preservar o meio ambiente limitando meu uso de sacolas plásticas ao mínimo possivel.
Eles nunca defecam na praia, mas seja onde defequem eu vou e junto.
E quando vejo alguém com um cão, que o mesmo defeca e o dono não junta, eu chego educada e calmamente, faço um afago no animal, e dou uma das minha sacolinhas pra pessoa juntar as fezes do cachorro dela, e ainda previno que ande sempre com uma, pois uma hora ela vai encontrar alguém com raiva da vida, que não vai dizer a mesma coisa com tanta gentileza, então é melhor juntar, é o certo, vamos praticar, vamos ensinar e vamos fazer isso com doçura que é melhor.
Não pretendo ser a dona da verdade e dizer que a minha opinião é a certa, e a sua e a da lei, são as erradas, só estou defendendo meu direito de opinião e com base, porque se a base da proibição dos cães na praia é a transmissão do bicho geográfico, para mim não faz sentido, essa lei não serve, porque meus animais, como de muitas outras pessoas, é mais fácil eles pegarem uma micose na praia que transmitir algo para alguém e penso que quando uma lei não serve, ela deve ser reavaliada.